Querido.
Katharyna nunca havia chamado o Supremo de "querido".
Querido…
Nem um reles apelido carinhoso. Nunca. Jamais.
Ele encarou o humano. Um homem visivelmente mais velho. Um escravo extraído da própria aldeia onde Katharyna viveu.
"Querido"!
A Lua de Sangue está próxima. Cada dia, cada hora e cada segundo mais próxima. Tudo que pode desencadear a ira dos machos lhycantropicos é um rival.
Seus instintos mais primitivos chamam violência para provar seu valor a sua escolhida. E se conseguir, farão qualquer coisa para manter. Matariam pelo direito à acasalamento.
E diante do pedido de Katharyna, todos ficaram em silêncio. Se ela desejava sua atenção, conseguiu. O Supremo pode atacar para matar ao mínimo movimento errado da mulher sentada na cadeira ao seu lado até mesmo de seu rival.
Mas sua expressão é neutra. Nenhuma mudança. Nenhuma contração dos músculos, nenhuma veia saltando e nem sequer os punhos se fechando. Calmo e frio como sempre foi. O olhar estudando o homem é o único indício de aviso.
Um homem jamais ataca uma mulher que queira ou seja sua. Mas por elas, são violentos. E Katharyna parece não entender com precisão o perigo que desencadeou. O que aquele olhar inalterável fixo no humano significa.
Mas até o macho humano parece sentir. Perigo e ameaça. Seus instintos mais primitivos parece alertá-lo do perigo que é fazer um movimento errado. Mas a razão ignorante o leva a crer que são civilizados demais para isso. A aparência sofisticada e culta.
Katharyna sorri, arrogante. Tentava disfarçar sua raiva. Sua angústia e sua humilhação. E insistiu mais ousadamente:
— Tragam uma cadeira para Lúcios. — Os olhos do Alpha caíram sobre ela. E o perigo aumentou. Havia desprezo da parte dela. Ela estava preferido o humano a ele. O ambiente ficou mais pesado. O rival estava ganhando a fêmea. E seus instintos já gritavam para matá-lo quando Katharyna proferiu: — Ele sentará ao meu lado.
Foi o limite. O Alpha rosnou e, com a voz carregada de dominância e autoridade, disse:
— Basta, Katharyna!
Lhycans não são apenas selvagens e violentos. São inteligente e cultos também. Sabem internar e comunicar-se. Falar verbalmente não significa que estão se contendo. Pelo ao contrário. Eles aceitam quem são e passam a ter orgulho disso. E se recorreu a comunicação verbal a uma forma de aviso, as coisas tendem a ficar feias.
Tão feias que as gêmeas ao lado de Katharyna afastou-se discretamente. Relíquia permaneceu em alerta e pronto para defender Rdhā̶ɐn e as trigêmeas curandeiras buscavam rotas de fuga.
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Escravizada pelo Alpha - A Profecia
WerewolfSol e Lua... Humanos não são apenas daltônicos por não enchergar as mudanças da lua; Eles são orgulhosos, abusivos, destruidores e defeituosos por não sentir as mudanças do sol. Foi nesse mundo que ela nasceu... Sua avó costumava contar histórias an...