C A P Í T U L O 35

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     Impaciência

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     Impaciência. É o que ele tinha. Raiva instintiva e muita impaciência.

     Pontualidade é algo que deve ser respeitado com alguém superior em hierarquia. Katharyna jantaria com ele naquela noite. Ele aguardava sua presença e... a humana deixou-o esperando.

     Seu instinto dizia para ir atrás dela e averiguar por si mesmo o motivo do atraso. Logo, violência percorreu seus seu desejo. Se ela estava fugindo, ele a caçaria. Mas acima de tudo, mataria qualquer ser que estivesse fazendo-a adiar o encontro dela a ele.

     E a violência aumentou justamente com a impaciência. Quando se trata de relacionamentos amorosos, é quando a intolerância, ferocidade e violência aumentam.

     E quando ela apareceu em sua frente, seu instinto mais primitivo queria agarrá-la. Checar cada ponto de seu corpo e então tomá-la para si apenas para que cada célula de seu corpo saiba que não se deixa ele esperando.

     Mas ele tem razão e consciência. Não é um animal irracional. E, apenas a encarava com seus instintos a flor da pele cobrando uma explicação para não subir as malditas escadas e fazer um massacre que prejudicaria seus planos.

— H-Houve um... imprevisto no banho. — O Alpha virou-se completamente para ela, analisado a informação.

— Que imprevisto? — As bochechas de Katharyna ruborizaram e isso apenas aumentou a necessidade dele de saber o que ouve.

— Prefiro não...

— Responda o caralho da pergunta. — O Alpha não estava com muita paciência para repetir uma pergunta. Mas a humana simplesmente não tem uma comunicação tão ampla quanto a dele.

— Uma mulher me sujou acidentalmente. — Katharyna encarou o chão. — E tiveram que me banhar... de novo.

     Ela não escondia o descontentamento do segundo banho. E dado ao Alpha o que queria, escutou sua aproximação como um felino a sua presa. Só bastou encarar suas botas, o couro negro que chutou a cabeça de Relíquia após sua rendição.

     O Alpha estendeu-lhe a mão. Demorou até que Katharyna a encarasse e percebesse que ele não mais usava o anel. Ela pegou-a hesitante.

     E assim, o Alpha a levantou. Logo a ergueu nos braços e caminhou até a mesa mais próxima onde a colocou sentada. De imediato, apertou seu joelho exatamente onde um nervo mostrava-se sensível.

     Katharyna apenas observava seus olhos atentos e calmos de mais. Como se nada pudesse abala-lo. E não podia. Ele exala dominância em todas as suas formas de movimento.

     Ela queria iniciar um diálogo. Perguntar algo, qualquer coisa. Queria ouvir sua voz. Mas temeu parecer boba demais com qualquer coisa. Por fim, não precisou. Ele afastou-se e estendeu a mão para ajudá-la a sair da mesa.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora