C A P Í T U L O 47

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     Lobisomens são feras bestiais que representam um perigo mortal

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     Lobisomens são feras bestiais que representam um perigo mortal. Alimentam-se de carne humana e estraçalham crianças no útero da mãe. Katharyna conviveu com as histórias de dois ângulos diferentes.

     Mas ao se deparar com a beleza surreal de um lobisomem tão bem controlado, ela às vezes esquece o porquê aquele corpo é musculoso. O porquê há garras afiadas na ponta de cada um de seus dez dedos. E mais ainda… ela esquece o porquê são tão perigosos.

     O lobo é mais atento dormindo ou acordado? Difícil dizer. Mesmo no sono mais profundo, todos os seus sentidos estão em alerta máxima. Ele se acostuma com o ambiente a sua volta e relaxa. E desde que não haja a mínima alteração, do mínimo som, do mínimo cheiro, ele não desperta.

     E o som estava calmo. A alcateia em silêncio. O frio batendo em seu calor febril. Apenas o som da brisa. Então… um grito.

     Katharyna sequer terminou seu grito e a Alpha abriu os olhos e avançou contra ela agarrando seu pescoço. Se não fosse pelo cérebro extremamente rápido ao processar qualquer informação de seus sentidos, por instinto, a humana estaria com a garganta estraçalhada.

     E o mais assustador não é seu poder. Não é aqueles olhos vermelhos como o sangue e seus punhos quase sufocando seu pescoço. Não é a áurea pesada e nem o terror nos olhos da humana. O mais assustador é sua calma.

     Uma pequena gota de sangue escorrega de seus ouvidos. E ele não mostra sequer um sinal de dor. Sequer está ofegante. Ele tomou um susto? Não. Com certeza, não. Mas algo perturbou sua paz e ele acordou para matar. E mostra isso na expressão neutra e assassina.

     Até ver quem ele agarrava entre suas garras. Assustada, quase aterrorizada. Ofegante e assustada. Ele encarou e não soltou. O cheiro, a imagem, os sentidos. Tudo gritava companheira. Sua fêmea, sua companheira. Então ele a soltou e jogou-se ao lado na cama.

     E como se nada tivesse acontecido, aconchegou-se a mulher nua encontrando uma boa posição próximo a curva de seu pescoço. Até mesmo os cobriu e fechou os olhos para retomar seu sono.

     E Katharyna manteve-se paralisada ao ser rodeada pelos braços musculosos. Músculos duros, definidos, rápidos e rígido com uma força esmagadora para… matar

     Katharyna apenas recuperou-se do susto cinco minutos depois. E nesse tempo, o Alpha já estava novamente dormindo. Mas ela não sabia.

— S-Senhor? — Ele ouviu seu chamado e apenas apertou-a levemente. Queria que a humana dormisse ou, pelo menos, deixasse-o dormir. — Está a-acordado?

— Uhum… — Ouviu-o em seu ouvido. Agora estava entre o cochilo e consciência.

     Katharyna tentou sair. Ele não deixou. O fato de sua mulher querer sair de seus braços talvez seja o suficiente para que ele pense se vale a pena abrir os olhos e checar o que porque a fêmea não pode simplesmente virar-se e confortar-se em seu peito para dormir.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora