C A P Í T U L O 50

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     O inverno é peculiar nas mágicas terras de Hyfhyttus

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     O inverno é peculiar nas mágicas terras de Hyfhyttus.

     Vem geralmente após a Lua de Sangue. A neve branca inunda o verde da vegetação, escurecendo-a. No ápice de inverno e da hibernação, as folhas caem como pedras de gelo. Então, uma vegetação mais avermelhada surge. Similar ao vinho e o tom mais escuro de vermelho. A madeira congela como se fosse presa em casulo de cristal e a neve fica negra.

     Dava medo pisar naquele chão negro. Ver seu pé afundando no frio da neve como se ela fosse engoli-lo em um abismo sem fim. Katharyna, agasalhada em peles felpudas e igualmente negras, recua.

     O Supremo aproxima-se de suas costas. Um grande lobo negro de olhos vermelhos. É impressionante como o inverno combina com ele. Como a noite obscura o reconhece.

     Mais alto em forma humana, mais alto em forma de lobo. Com a cabeça grandiosa, ele empurra suas costas e a lança na neve. Katharyna afunda quase um metro no chão e arregala os olhos de medo.

      E salta para o céu como um gato assustado. Mas sem asas para voar, Katharyna torna a cair. É quando nota a diferença de temperatura e cor.

     A neve ficava mais avermelhada proximo ao chão negro. E era quente. Não frio. Lembrava água morna em estado estranhamente sólido. Mas quanto mais próximo da superfície, mais negra e fria. Tão feia que poderia deixar seu dedo roxo com apenas cinco minutos de exposição.

     O Alpha caminha pelo cobertor escuro de inverno e abaixa-se para que Katharyna suba. Ela suspirou soltando um vago vapor azulado pela boca. E agarrou os pelos negros do Alpha puxando-os até que o montasse.

     Então ele levantou-se. E Katharyna inclinou-se quando a caminhada começou em direção a floresta de cristal.

     Quando passou a primeira árvore, impressionou-se mais com seu estado congelado. Literalmente aprisionada em gelo transparente como um diamante. E então, folhas avermelhadas saltam em sua copa pesada com neve negra. E brilha…

     As rachaduras comuns de toda árvore brilha em cores quentes de laranja, amarelo e vermelho. E o gelo parece ampliar seu brilho como se fosse um cristal.

     E para sua maior surpresa… a vida dos insetos próspera. Conforme adentra as árvores congelada ela nota pequenos bolsões de ar entre a madeira e o gelo. Nele, insetos seguem suas vidas brilhando na cor azul, verde e branco.

     O Supremo salta da neve negra para uma elevação pedregosa completamente escorregadia e quem quase caí é a humana. Reparou ela que ficou mais frio longe do chão. E que a pedra, que ela tinha certeza ser negra no outono, estava branca como deveria ser a neve.

     Distraída com a beleza exótica de Hyfhyttus, ela não repara o Alpha passado perto de um galho. Talvez tenha sido proposital o balançar violento da orelha nas folhas e o ligeiro acelerar de seus passos. A neve acertou em cheio o rosto de Katharyna.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora