C A P Í T U L O 18

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     Predestinados…

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     Predestinados…

     Katharyna já ouviu falar sobre eles. Mas sempre foi vago. Apenas algumas palavras sem história. Sua avó não contava-lhe visto que no bando que viveu essa palavra era insignificante.

      Não havia predestinados em Alcateias da Sombra. Ela definia todos eles como livres. E, sendo assim, Kathe não contava muito do assunto que agora infecta a mente de sua neta.

      Assim como a voz dele…

     Grave e rouca. Sem exageros, mas máscula e marcante. O Alpha a afeta de diferentes maneiras possíveis, boas e ruins.

      Após o sono da tarde banhado em lágrimas, Katharyna foi despertada para o jantar. Ela esperava vê-lo. Estar diante dele e toda sua imponência que tornava a atmosfera mais pesada. Ela esperava estar diante de seus olhos azuis… mas apenas lembrava-se dos esverdeados inexpressivos. Mas não havia nada…

      Ele não poderia mostrar-lhe sua falta de empatia, o vácuo de seus sentimentos e expressões porque não havia nada a sua frente. Ele não estava na cadeira principal e tão pouco a mesa estava preparada para mais de uma pessoa.

      Ela aproximou-se hesitante. Estava sendo vigiada. Havia dois guardas na sala juntamente das mulheres que sempre a serve. Mas estava com medo de uma insignificante cadeira.

     É alta e comprida. O acento é forrado juntamente com o braço. Mas o encosto pura madeira de carvalho negro. Havia o brasão da família real juntamente com desenhos decorativo nas laterais.

     Katharyna só conseguia lembrar dele sentado nessa cadeira quando tocou-a.

     Diferente dela, ele não hesitou ou temeu o objeto. Foi confiante e objeto quando curvou-se e sentou-se. Katharyna lembra de sua postura relaxada mas não menos intimidadora. Ele abriu as pernas, encostou na madeira e apoiou seu cotovelo no braço da cadeira.

     E não desviou o olhar do seu. Ela não viu a cor de sua íris mas sentiu sua carne reagir a ele. Então ficou lá sem expressões, autoritário e poderoso saboreando a água de uma taça de prata enquanto assistia a sua boba da corte comer de modo extremamente errado.

     Mas agora, é ela quem senta em seu lugar. O lugar de um rei!

     O poder daquele gesto a afetou. Por um momento, sentiu-se poderosa e imponente. Sentiu-se no lugar dele e imaginou ter o mesmo poder e autoridade.

     Imaginou-se extremamente sábia ao ponto de saber até os segredos de quaisquer deus existente. Saber de onde vem a chuva e que abominações há no oceano. Saber o que irá acontecer no futuro de cada pessoa e ser completamente inexpressiva sem importar-se com nada. Pois tudo sabe.

     Imaginou-se tão poderosa quanto um grande rei. Não! Quanto as poderosas feras que existiram como aquele que eliminou os dragões do céu mágico de sua terra. Talvez tão poderosa quanto um deus. O mais poderoso entre eles. Homem algum diria-lhe o que fazer. Faria o que desejar e quando quiser sem importar-se se é errado ou certo. Pois ela tem o poder.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora