C A P Í T U L O 38

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     Não…

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     Não

     Pavor… é o que percorria seu corpo. Medo do desconhecida. Medo da morte.

     Está sem fôlego…

     Mas contínua!

     Precisa continuar. Mas suas malditas pernas estão falhando. Seus nervos mais e mais sensíveis.

     Corre desesperadamente pela densa floresta escura. Os galhos das árvores cortam e rasgam suas vestimentas. Seus músculos doem. Mas não para. Está cansada e ofegante. Escuta rugidos atrás de si, mas não atreve-se a olhar.

     Olhar significaria morte…

     Mas a dor persiste. Aquele lugar é familiar. A sensação.

     Não importa o fôlego, só queria correr. Mas seu corpo não irá aguentar para sempre. E mesmo assim, não conseguia deixar de perguntar-se; Por quê?

     Desde a adolescência sempre perguntava-se; Para onde realmente vão as almas após a morte? Qual o segredo escondido por trás da vida? Qual o seu propósito?

     Katharyna tropeça em uma raiz. A dor no tornozelo arranca um grito de sua garganta quando vai ao chão. Além de torcer-lo, cortou. O sangue escorrega pela carne branca e frágil e o cheiro vaga pela floresta até às narinas da fera.

     Qual o desconhecido que aguardava-lhe após sua morte? Sempre perguntava-se.

     E agora pergunta-se em seus devaneios olhando para trás. Não poderia olhar. Significaria morte. É o fim! Sua última visão do mundo seria daqueles ferozes dentes afiados da enorme fera pulando para abocanhá-la…

      Ela soltou ofegante de seu sono. Cada vez pior. Pesadelos cada vez pior…

      E naquele dia, temeu a floresta. Como se ela abrigace sua assassina. Se Katharyna estava certa ou errada, isso a apavorava.

     "Três dias". O Supremo disse que ficariam na floresta por três dias. E ficaram malditos cinco dias.

     Ele a levava cada vez mais para longe do covil. Passando por lindas cachoeiras traiçoeiras e lagos assustadores. Ela hesitou quando o lobo saltou sobre uma árvore caída que cortava um lago negro. Tão grande, mas tão calmo. Parecia um buraco negro prestes a engoli-la.

      Passaram também por vales floridos. "Flores de Inverno", disse o homem. As flores afloram cada vez mais com a chegada do inverno. Chamam pela neve. No momento, não passavam de rosas vermelhas com um degradê de vinho e terminava em negro onde deveria ser verde. Tamanho normal e simples.

     Até ela descobrir o que se tornam no ápice de inverno. Segundo o lobo, seus espinhos ficam avermelhados na ponta e produzem um veneno mortal para proteger a rosa que abriria suas pétalas até o tamanho do cova de uma árvore média em Terras Podres. Katharyna perguntou se eram carnívoras.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora