— O que foi? Qual o problema? — O idioma lhupus não era algo bem compreendido pelos humanos e, por tanto, permitia qualquer grupo de lhycantropico conversar sem que seja entendido.
— Nada. — Responde em língua humana. O homem fecha os olhos em sinal de frustração e, em seguida ergue a lâmina a altura de seu rosto. Ele limpa sua adaga encurvada. Não é uma arma extravagante como a de seu Bhetta, mas o ajuda a lutar em sua forma humana. “Os pequenos detalhes fazem a diferença.” É o que acredita. — Esse é o problema. Está tudo muito quieto.
— Deseja o caos, irmão? — Zomba em seu idioma o lobisomem em cima de uma rocha afinando a lâmina de seu machado.
Os humanos locais os encaram tentando adivinhar o que falam, mas tudo que entendem são palavras sem sentido com uma difícil pronunciação. Sequer tentaria fazer tais palavras sair de seus lábios. Desconfortável com o olhar de tantos humanos sobre si, um dos lhycans que nada faz, rosna. Todos desviam rapidamente o olhar.
— Tomamos um império. Não acha que deveria haver mais movimentação? — Defende-se o homem ao chegar o brilho de sua faca. Quanto mais limpa, melhor. Poderá ver o reflexo inimigo e seu brilho caso queira encontrá-la depois de a lançar em combate.
— Então cheguei no momento certo. — Um homem faz-se presente.
Vestindo uma justa calça de couro escuro com um cinturão que tampa seu abdômen deixando visível — através de um corte bem detalhado — a linha em formato de “V” que liga sua cintura ao seu membro.
— Temos uma missão. — Os lhycans que antes não faziam nada sorriem com a informação e logo começam a preparar-se.
Não demora muito para os quatro homens partirem pelo grande portão da cidade e marcharem pela entrada principal assumindo a forma de sua fera interior. A viagem é de horas que pode ser diminuída em minutos com a velocidade de quatro enormes lobos com cores amareladas. São corredores que partem em direção a onde um de seus líderes aguarda.
Um uivo é suficiente para transmitir a mensagem através do ar. Estão a caminho.
Um grupo de homens permanece acima de um planalto. E assim que escuta o uivo, entram em ação.
Ocultando suas vestes, armas e desenhos tribais ao vestir uma capa de couro escuro — cujo capuz esconde boa parte de seus rostos — eles se dividem grupo de três e passam a andar em cinco direções diferentes.
O único grupo com quatro membros dirige-se a taverna que encontra-se um pouco mais afastada da cidade. Os cavalos do lado de fora são os primeiros a notarem a presença dos homens e agitam-se. Mesmo estando presos, eles afastam-se o máximo que pode. Sente o predador. Os homens ignoram seu comportamento instinto e segue adiante.
O interior do estabelecimento iria desapontar os lordes que buscam luxo. Contudo, conforto pode-se encontrar na presença de mulheres, bebida e comida em abundância desde que tenha dinheiro suficiente para ser protegido das confusões e discussões.
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Escravizada pelo Alpha - A Profecia
WerewolfSol e Lua... Humanos não são apenas daltônicos por não enchergar as mudanças da lua; Eles são orgulhosos, abusivos, destruidores e defeituosos por não sentir as mudanças do sol. Foi nesse mundo que ela nasceu... Sua avó costumava contar histórias an...