C A P Í T U L O 32

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     O jantar não poderia ficar mais estranho…

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     O jantar não poderia ficar mais estranho…

     O Trono entalhado na rocha, entre as patas perfeitamente desenhadas de um lobo, era maior do que Katharyna visualizou. Era largo, profundo e forrado de peles quentes de animais. Perfeito para um rei mostrar todo seu poder desde a maneira de se sentar até onde, exatamente, se senta.

     Prata e ouro desenham na rocha, como ondas do mar. Formam traços similares a lua, o mar e a fera. Lobisomens.

     Aquele é o trono do rei. O trono de um Alpha. Mas não de qualquer Alpha. Era alto, grande, majestoso como o lobo entalhado no pico da montanha, estufando o peito e erguendo a cabeça com total alteridade. Suas pastas ao redor do trono e os pelos cujo entalhe fazia questão de serem afiados caiam em duração ao acento. Aquele é o trono do Supremo Alpha.

     Então por que, diabos, Katharyna sentou-se nele?

     Ela só conseguiu notar toda a riqueza de poder que aquele lugar exalava. As garras do lobo eram de ouro. Os olhos de diamante vermelho como o sangue. E os contornos preciso brilhavam como prata refinada sobre a pedra branca. Tudo para o acento, revestido de couro e pele felpudas de animais negros.

     Ela foi guiada até o trono pelo próprio Alpha. E lá, sentou-se. No centro, entre as peles de animais. Demorou até suas costas encontrar o encosto. Mas encontrou. E então, encarou o verdadeiro senhor daquele trono, a sua frente, encarando-a.

      Os olhos azuis refletiam as jóias através do olhar gelado e sem emoções. A face passiva e calma de mais. Katharyna estremeceu sobre o poder que ele exalava e, então, virou-se para seu povo.

     O olhar da humana foi para suas costas. Sem desenhos, sem marca, sem nada. Apenas músculo e pele bronzeada de seu corpo alto e viril.

      Ela escutou sua voz pronunciar o que nem em sonho tentaria entender. Rouca, grossa e calma; firme e autoritário. Não elevou seu tom, não gritou para que todos ouvissem. Apenas falou, anunciou, rápido e preciso. Quando ele parou, seu povo rugiu em louvor, alegres e decididos.

      E para a surpresa de Katharyna, o Alpha sentou-se ao seu lado, quase empurrando-a para a lateral do trono. Ela teria afastado-se e dado mais espaço a ele. Tinha muito espaço sobrando, contudo, ele apenas abriu as perna, relaxou e passou os braços em torno dela prendendo-a contra ele.

      Katharyna ficou sem fôlego, firme e rígida. Mas o Alpha pouco importou-se. Olhou para seu povo, contemplou seu Império e, somente então, encarou a humana em seus braços.

      Bochechas vermelhas, olhos arregalados e boca entreabertas. Ela tremia como um cordeiro, talvez de frio ou medo. Então, o Alpha puxou as peles negras e cobriu seu ombro. Depois, roçou suas garras pelo rosto, ainda imperfeito da humana.

      Parte de seus cravos e espinhas se foram, mas nem todas. A pele permanecia levemente oleosa e um ou outro machucado de suas tentativas de livrar-se das espinhas permanecia. Katharyna ainda tinha olheiras marcando a face, consequências de noites mal dormidas e estresse. Mas ainda continuava belíssima com toda a pureza que havia nos olhos, expressivos de mais.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora