C A P Í T U L O 93

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— Katharyna?

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— Katharyna?

     Ela havia se esquecido do som da voz dele. E após tanto tempo sem ouvi-lo, parecia diferente sim como sua aparência física. Fedia ainda fedia como um humano, parece humano e é um macho humano.

     O árduo trabalho escravo o deixou mais robusto e também mais musculoso. Nada equivalente a um lobisomem, mas Lúcius ficou mais intimidante próximo a ela. E pela primeira vez, Katharyna sentiu-se incomodada com sua presença e também com seu olhar. Pois em seus braços, enrolado em mantas negras e bem confortável está seu doce filhote.

— Lúcios… — Sussurrou ela.

     Também fazia um bom tempo que o humano não ouvia a voz de Katharyna Demarttel. E agora que ouviu sua voz, parece a de um anjo de tão serena e calma que é. Ela está mais bela do que nunca. Suas curvas aumentaram, seu corpo ficou mais sedutor e ele percebe mesmo por baixo daquela capa vermelha que ela usa.

     Mas seus olhos não deixam de reparar no embrulho em seus braços. É o bebê.

     Mesmo não sendo um lhycan, humanos tem um raso instinto de rivalização e ciúmes. Quase nenhum macho humano é capaz de aceitar um "não" da mulher desejada. Lúcios queria Katharyna, todavia sua aldeia foi atacada e a mulher caiu nas garras de uma poderosa criatura que rebaixou o caçador a um reles escravo. Fez bem para sua aparência física mas não para o seu cheiro, infelizmente.

     Ela escolheu a criatura, e com ele teve um filho. Katharyna não deixou de se perguntar: será que aquele humano ainda a vê como uma mulher digna de um casamento ou uma bruxa que enfeitiça criaturas demoníacas vindas do inferno? Como lobos, por exemplo.

     Aquele humano é uma ameaça para ela e seu bebê. E a saída daquele corredor estava atrás dele.

     Mas Lúcius não deu passagem. Ele encarou a janela mais próxima onde dragões flutuavam na gravidade como enormes pássaros escamosos.

— O que está fazendo aqui? — O humano era proibido de chegar perto daquela área. E está lá.

— Parece que muita coisa mudou. — Disse ele. E suspirou. — Não para os escravos, em geral. Não sou mais proibido de vir até aqui.

— O que quer? — Ela está hostil e ele percebe. Katharyna está na defensiva.

— Onde ele está? — Questionou o humano. E encarou Katharyna. Mas precisamente o que ela carrega em seus braços. Ele se refere ao pai do bebê.

     Katharyna encolheu-se abraçando a criança. O gesto materno e delicado da mãe despertou um interesse no humano ao imaginá-la com um filho deles.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora