C A P Í T U L O 30

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     Magia

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     Magia. Tudo poderia ser magia. Como a noite brilhava ou como sua pele coçava.

     Katharyna estava no alto de uma torre que sobressaia os espetos da enorme elevação rochosa ao centro da floresta. Havia banhado-se a pouco tempo e permanecia enrolada sobre um moinho de tecido branco.

     Sua avó havia saído em busca de serviçais que pudessem trazer vestimentas apropriada e a deixou apreciando o entardecer. Nunca vira algo tão belo quando a paisagem a frente.

      Ela consegue ver as elevações de terra a distância. A vegetação é como um tapete sobre a terra que, no horizonte, mescla com luzes suaves do vermelho e o laranja. Acima dela, as estrelas brilham com louvor.

      É tão encantador quanto assustador. Na floresta mais e mais escura, criaturas de seu pior pesadelo estão prestes a despertar. Seres que buscarão sua carne atraída pelo cheiro humano como um dia os lhycans chegaram em seu vilarejo.

     A porta abriu-se e cinco mulheres adentraram o lugar. Sua avó não estava entre elas.

— O Supremo disponibilizou essas vestimentas para você. — Uma da mulheres, uma de cabelos tão castanhos quanto o madeira de carvalho encarou Katharyna com seus claros olhos mel esbranquiçado e dourado. Analisou a humana de cima a baixo. — Acredito serem apropriado para você.

— É, talvez. — A mulher ao seu lado era sua irmã gêmea. Mais uma, pensou Katharyna. Já estava farta de verem tanto gêmeos. Teve a impressão de ver cinco homens idênticos mais cedo. Mas, ao menos, as outras três mulheres não eram iguais. Cabeça abaixada e uma beleza modesta. Provavelmente humanas as ordens daquela que se aproximou, rodopiando em torno de Katharyna como uma felina graciosa. Observava a humana atentamente. — Vai dar pro gasto. — Ela estendeu a mão para as humanas. — Vamos, traga a vestimenta! Essa coisinha precisa se vestir.

— E quem seria você? — Katharyna virou-se para mulher. O nariz fino e perfeito permaneceu empinado. Os olhos não apresentaram humor, mas ela sorriu graciosamente para a humana.

      E então, a reverenciou.

     Katharyna arqueou uma sobrancelha. Seria deboche aquilo? Parecia. Mas também estava levemente formal.

— Meu nome é Mhorg, primeira primogênita mulher da linhagem do antigo e grande Bhetta de Fenrir, Fhęnrz! — A mulher que aparentava não ter muito além do que 20 anos desfez graciosamente a reverência e sorriu para a humana. Fileiras de dentes brancos e belo, cheia de beleza. — E meu trabalho aqui é deixar coisinhas como você em uma gostosa como eu. Então vamos, vamos, vamos!

     Bateu as palmas em intenção clara de fazer barulho e assim as escravas se mobilizaram. A segunda mulher lhycan, irmã gêmea de Mhorg pousou os dedos sobre o queixo e analisou Katharyna em toda sua atitude e jeito, quieta, escondida no canto que pouco a pouco tomava pela escuridão.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora