O dia amanheceu com o presságio de chuva. A umidade estava alta e as nuvens impediram o sol de esquentar a região. Foi quando Katharyna despertou.
A cama estava confortável. As cobertas eram pesada em peles finas e escondida todo seu corpo. Encarou a janela entreaberta onde a corrente fria entrava e beijava seu rosto pálido.
E então a porta foi aberta atraindo a atenção de seus olhos para três mulheres. Trigêmeas idênticas portadoras de uma beleza deslumbrante. Katharyna sentiu seu sangue congelar e sua barriga contrair-se em uma angústia que conhecia muito bem. Medo.
Ela sentiu medo. Não poderia dizer como. As mulheres aparentavam delicadeza e fragilidade pela aparência calma e bela. Como um anjo sem asas. Mas o olhar cinza — como um negro chegado ao branco — é como encarar um predador. Três predadoras que encara uma humana doente e fraca em romance com o conforto que aquela cama.
Katharyna nunca viu ninguém como elas e seu instinto de sobrevivência alerta sobre o perigo que representam. Já elas, por outro lado, só viam uma humana fraca e doente que mal alimentaria mais do que três filhotes.
E assim aproximaram-se dela.
— Q-Quem são vocês?! — Katharyna conseguia escutar seu próprio coração nervoso. Seus nervos impedia seu corpo de relaxar mesmo que desejasse. Sentou na cama em uma posição menos exposta. E as mulheres continuaram a aproximar-se. — O q-que querem?
Katharyna queria afastar-se, mas jamais conseguiria atravessar a parede. Quanto mais correria quando sequer consegue ficar em pé sem ajuda. Está assustada sem saber o porquê. É seu instinto de sobrevivência que vê-se encurralado por três predadores naturais.
— Não faremos nada a você. — Afirmou uma das mulheres. Katharyna atentou-se a essa em especial. A única coisa que a diferenciava das demais é um colar firme em sua garganta. Não é de ferro refinado. É prata pura que segura uma presa de quatro centímetros na garganta. A postura mais autoritária dava a ideia de ser a líder das mulheres. — Somos curandeiras a mando do Supremo.
— S-Supremo?
— Seu rei. — Katharyna se calou.
Sentia-se mais aliviada. Por quê? Talvez pelo fato de saber que são curandeiras e ela está doente. Sente-se desconfortável com a aproximação delas, mas permaneceu quieta enquanto é supervisionada pelo cinza esbranquiçado das trigêmeas — como a brasa fria de uma grande fogueira.
Mas no primeiro toque, Katharyna recuou. A mulher mostrou sua impaciência em uma respiração profunda buscando calma no ar gelado. Mas nem ao menos o frio parece mais incomodar a humana mais do que elas.
Katharyna não confia nelas. Isso é óbvio pelo olhar desconfiado. Se sua mente fosse o de uma criança, poderia facilmente chamá-la de monstro em forma humana que veio ao quarto apenas para avaliá-la de modo gastronômico a mando do rei. Aquele rei audacioso que aproveitou-se de sua condição física para tocá-la.
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Escravizada pelo Alpha - A Profecia
LobisomemSol e Lua... Humanos não são apenas daltônicos por não enchergar as mudanças da lua; Eles são orgulhosos, abusivos, destruidores e defeituosos por não sentir as mudanças do sol. Foi nesse mundo que ela nasceu... Sua avó costumava contar histórias an...