C A P Í T U L O 10

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     Três semanas…

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     Três semanas…

     Três semanas é o tempo que passou-se desde que Katharyna está recuperando-se. Sempre tomando o remédio para melhor mas nunca permitindo que a examinasse. Ela estava ficando rebelde e cada vez mais determinada.

     A paranóia de seu destino passou a consumi-la dia após dia de modo que sua convivência passou-se a ficar conturbada. Com o tempo, ela não mais desejou tomar nada sem resposta e contentava-se com a comida e água.

     Estava fechando-se cada vez mais e não tardou a perceber que ninguém daria-lhe resposta de nada. Parecia uma disputa de orgulho onde ela não iria ganhar recusando tudo que pretendem fazer com ela.

     Percebeu que quem deve ter interesse em sua saúde é unicamente ela. Ninguém irá falar nada. Ninguém irá responder suas perguntas.

     Não sabe se está como escrava. É provável. Foi levada acorrentada como escravas então por que permitir que ela se recupere. Mas não a  recuperar-se.

     Katharyna teria que buscar por respostas sozinha. Três dias havia se passado desde que a humana conseguisse dar seus primeiros passos. Foi obrigada a tentar quando a água e comida foi posta em um cômodo distante e não havia ninguém para trazer ou sequer ajudá-la.

     Ficou com raiva. Sabia que era alguma provocação. Gritou com as curandeiras afirmando que não precisa delas e nem de ninguém. E orgulhosa, Katharyna teria que levantar se desejasse comer e beber. Estava faminta.

     Conseguiu mover sua perna para fora da cama, contudo, suportar seu peso tornaria-se uma tarefa árdua mesmo não estando acima do peso. Pelo ao contrário, acha que está abaixo do peso ideal. Mas suas pernas tremeram. Doeram, deu cãibra e caiu. Gritou de dor. Não se moveu por vários minutos antes de rastejar e tentar a sorte novamente. Mas eficiente, ela conseguiu pegar a água e comida e levar ao chão onde comeu.

     Com a energia revigorada, Katharyna conseguiu engatinhar de volta para a cama. E por três dias ficou assim. Cada vez com as pernas mais fortes.

     Até que não mais aguentou ficar em um mesmo cômodo por tanto tempo e tentou algo ainda mais ousado. Saiu do quarto.

     Saiu durante o dia. Onde barulho é pouco devido aos lobisomens serem seres noturnos. Bom, ela é diurna. Enxerga sobre a luz e sente-se mais confiante.

     E assim ela saiu.

     Sentiu frio assim que a porta fechou-se em suas costas. Mas não o ar. É ela. Suas mãos estão suando. Suas pernas tremem e Katharyna avalia a possibilidade de retornar ao quarto.

     Ela deveria retornar. Mas não retorna. O corredor do castelo é largo. O centro do caminho é coberto com tapete. Os móveis de madeira fina seguem o tapete impecavelmente. Porém, não há quadros. Não algo que possa ser considerado quadro. Estão todos rasgados e destruídos como se vândalos tivessem passado pelas defesa do castelo.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora