C A P Í T U L O 60

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    Lhycans são observadores

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    Lhycans são observadores. Orgulham-se de quem são. Orgulham-se da honra ao ponto do respeito ser extremamente forte por quem o possui.

     São desconfiados. Não costumam simplesmente serem seguros sobre o que uma pessoa parece ou aparenta. Mas quando estão certos da honra… respeito.

     Sejam com eles ou seja com outros povos. Honra é respeitada.

     Mas o quão honrado pode ser um indivíduo?

     O que um fracassado sem oportunidade pode tornar-se com apenas um incentivo?

     Os lhycans vem muito mais do que a honra e os ideais. Eles vem o potencial. Um reles mendigo pode tornar-se um imperador muito mais nobre do que aqueles de sangue real. Isso, se são realmente de sangue puro. Sangue é sangue, afinal.

     Katharyna é uma humana que nasceu em Terras Podres. Conviveu com humanos. E tudo que ela sabia dos lhycans são histórias.

     Nunca conviveu ou teve oportunidade de usar na prática as histórias.

     Chegou apenas a uma estação, completamente ignorante, analfabeta e lerda. O que esperar que ela evolua em tão pouco tempo? Nada. Mas Katharyna excedeu as expectativas aprendendo mais do que a maioria dos humanos em um semestre.

     Ela é inteligente. Tem uma mente aberta comparada a toda sua convivência. Tem sede de conhecimento e exigência de liberdade. Não é nem submissa e nem dominate. Katharyna é apenas Katharyna.

     E se aprender a respeitar seu próprio tempo, entender que não irá evoluir de um mês para o outro é quando ela mais chegará perto de quem o Supremo acredita que ela será. E quanto mais convive com a humana, mais está certo de quem ela irá torna-se.

     Muito mais rápido do que o imaginado.

     E ela precisa dessa certeza. Precisa disso para confiar em si mesmo.

— Tenho orgulho de você. — As palavras arrancam sorrisos de Katharyna.

     E assim, ela mostrou um incomum interesse pelas adagas. O Supremo levantava e já tinha uma fêmea despertando e encarando-o timidamente antes de perguntar "hoje você vai treinar?"

     Então ele sentava-se ao seu lado na cama, acariciava seu rosto e beijava sua testa. Logo depois informava um momento para ir procurá-lo.

     E Katharyna saltitante corria para falar com suas amigas com uma felicidade contagiante. Mostrava-se animada para o encontro do Supremo e, qualquer assunto que surgia, ela puxava para as lutas.

— Com os humanos, eu nunca iria poder aprender alguma coisa. Principalmente se eu fosse a mulher de alguém tão importante. — Murmurou Katharyna, no meio da conversa. — Mas ainda não entendo como há tão poucas mulheres lutando.

Escravizada pelo Alpha - A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora