Prólogo

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Things were all good yesterday
And then the devil took your memory
And if you fell to your death today
I hope that heaven is your resting place

-Afire Love; Ed Sheeran

P.O.V Lívia Cooper

- Vai, deixa de ser chato- praticamente implorei para o Diego fazendo um biquinho.

- Não Lívia, você está bêbada e só tem 15 anos, não vou deixar você dirigir o meu carro- falou firme continuando a me puxar para o estacionamento.

Sempre é assim, o Diego sempre acha que manda em mim só porque é mais velho. Vejam só minha situação, é fim de semana e eu resolvi vim para um clube beber e me divertir, e o chato do meu irmão disse que eu sou muito nova para frequentar lugares como esse, vocês acreditam?

- Se você deixar eu dirigir eu arrumo o seu quarto toda semana durante esse mês- tentei fazer uma proposta e ele pareceu pensativo.

- Só se você também lavar minhas roupas- me soltou cruzando os braços na altura do seu peitoral.

- Ok, eu lavo, agora me dá a chave?- estiquei a mão.

Vocês não acham que eu irei mesmo lavar suas roupas né? Eu fingirei que irei lavar e depois entregar elas do mesmo jeito que ele me entregou, não sou empregada dele para ficar lavando suas roupas.

- Vai com cuidado, por favor- colocou a chave na palma da minha mão.

Fui saltitando até o carro, finalmente vou poder dirigir essa belezinha. Destravo ele e entro do lado do motorista, o Diego ainda resmungando vai para o banco do carona batendo a porta com força.

- Estou começando a me arrepender, você está muito bêbada para dirigir, se a polícia pegar a gente o papai me mata- escorou a cabeça no banco fechando os olhos.

- Relaxa maninho, você deveria confiar mais em mim- dei partida- você vai ver o que é diversão- pisei fundo no acelerador dando uma manobra para sair do estacionamento.

- Você é maluca garota- ele arregalou os olhos segurando com força no banco.

- Se solta Diego, você parece um velho- comecei a gargalhar e abri a janela deixando o vento bagunçar o meu cabelo castanho escuro.

- É sério Lívia, vai devagar- ele mandou. Revirei os olhos.

Ignorei totalmente seu pedido entrando na estrada e pisei ainda mais fundo no acelerador. A adrenalina subiu pelas minhas veias mandando rapidamente informações para o cérebro, eu estava em êxtase e vendo as coisas um pouco embasadas, os pedidos do Diego para desacelerar era como um simples sussurro na minha cabeça, naquele momento eu só queria me divertir e nada mais.

Uma luz forte chegou na minha visão me fazendo sair dos meus pensamentos, os gritos do Diego me pedindo para parar agora já eram mais altos, segurei firme no volante tentando acalmar minha respiração.

As imagens começaram a ficar mais nítidas, um caminhão de grande porte estava vindo na minha direção, estava tão próximo que por extinto me encolhi no meu banco, olhei rapidamente para o meu irmão que estava apavorado.

A última coisa que me lembro é de um enorme estrondo e um impacto empurrar o meu corpo para trás, depois disso tudo fica escuro, a única coisa que eu escuto é um gemido de dor.

Uma Louca No InternatoOnde histórias criam vida. Descubra agora