4 1 | | s e d u c t i o n

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Pain don't hurt the same, I know
The lane I travel feels alone
But I'm moving 'til my legs give out
And I see my tears melt in the snow
But I don't wanna cry
I don't wanna cry anymore
I wanna feel alive
I don't even wanna die anymore
Oh I don't wanna
I don't wanna
I don't even wanna die anymore

- 1-800-273-8255; Logic feat. Alessia Cara & Khalid

P.O.V Lívia Cooper

- Está tudo bem com você?- ele pergunta se virando para o meu lado.

- Sim, por quê?- franzi o cenho confusa por sua pergunta repentina.

- Você não está mentindo né?- ele continuou insistindo.

- Pela primeira vez eu não preciso mentir.- dei um selinho nele.- Você me faz sentir bem, me sentir viva.

- É muito cedo para dizer aquelas três palavras mágicas?- perguntou passando o braço por minha cintura.

- Sim, é muito cedo.- rir levemente.- É melhor levarmos as coisas com mais calma sabe, dá um passo de cada vez para não tropeçar.

- Entendo, também concordo com você, é melhor deixar a carne mais tempo no fogo para ela não ficar dura.- joguei a cabeça para trás gargalhando.

- Carne amor?- perguntei rindo.- Ok, nosso relacionamento pode ser uma carne.- deitei minha cabeça naquela curva entre a cabeça e o pescoço.- Mas quando ela ficar pronta irei querer comer a penela toda.- mordi de leve sua pele fazendo ele se arrepiar.

- Não me atiça Cooper.- subiu em cima de mim sustentando seu peso nos cotovelos.

- Você não gosta de ser atiçado Johnson?- mordi o lábio inferior olhando atentamente seu rosto.

- Só me atiça quem aguenta, será que você vai aguentar?- perguntou baixo perto do meu ouvido. Nossa, eu não sabia que minha pele se arrepiava.

- Eu aguento tudo.- sussurrei de volta.

Ele aproximou seu lábio do meu mas eu fui mais rápida empurrando ele para fora da cama. Rir tanto que minha barriga doeu, queria me seduzir? Logo eu que sou o caminho da perdição. Ele se levantou do chão com a maior cara de tacho olhando para mim emburrado, eu só conseguia rir pela sua ingenuidade de achar que podia me atiçar, coitado.

- Você não consegue encarar o furacão Cooper querido.- continuei rindo me levantando da cama.

- Isso não teve graça Lívia.- continuou emburrado.

- Ah amor, teve sim.- dei um selinho rápido nele.- Aprenda que ninguém consegue me atiçar.- me virei indo rebolando (ou pelo menos tentando) até o banheiro, essa risada toda me deu vontade de fazer xixi.

- Amor, você tem algum moletom para me emprestar?- ele gritou quando eu já tinha fechado a porta do banheiro.

- Por que você quer vestir minhas roupas?- gritei de volta abaixando a calça.

- Elas parecem masculinas ué, ninguém irá perceber se eu vestir.- sentei no vaso sanitário.

- É porque são, sempre comprei roupas masculinas porque são mais bonitas, enormes e confortáveis, por exemplo, eu posso usar uma camisa como um vestido.- expliquei.

- Entendi, me empresta o do Linkin Park.- peguei um pedaço do papel higiênico.

- Não, esse é meu preferido, pode ficar com o preto, eu não uso muito- me levantei e enxuguei minhas partes íntimas.

- Obrigado, sério mesmo.- levantei a calça.

- Mas eu quero aquela sua camisa do Beatles.- ele ficou calado.- Só dou o moletom se me der a camisa.- fechei a tampa e dei descarga.

- Ok, te dou a camisa.- dei um pulinho animado dentro do banheiro.

Lavei a mão e enxuguei na toalha que a Mia colocou perto do balcão, por mim a gente enxugava as mãos na roupa mesmo, mas a Mia tem esse complexo por higiene, então tenho que respeitar, cada um tem seu jeito, basta a gente saber conviver com eles.

- Achei que você estava cagando.- falou quando eu saí do banheiro.

- Primeiro, não se fala cagando, essa palavra é muito... sei lá, e segundo, eu estava urinando, uma coisa que você não consegue fazer porque já bateu muita punheta.- dei um sorrisinho falso.

- Você é muito má.- colocou a mão no peito fingindo mágoa.- Espero que nossos filhos não herde isso de você.

- Eu não quero ter filhos.- me sentei na cama.- Acho que eu já te falei isso.- coloquei a mão no queixo pensativa.

- Acho que sim, devo ter esquecido.- se sentou na cama da Mia.- Mas você não pensa em construir uma família?

- Não, na verdade eu não sei nem que faculdade eu quero fazer, sabe, é algo que eu terei que fazer a vida toda, não quero acordar todas as manhãs e perceber que fiz as escolhas erradas.- dei de ombros.- Eu só queria morar no meio do nada, numa cabana para ser mais exata, repleta de livros, com várias plantas de frutas e medicinais ao redor, respirar o ar puro livre de poluição, não precisar comer essas coisas industrializadas, poder cultivar tudo que for para o meu prato, num lugar onde a temperatura nem seja muito fria e nem muito quente, um lugar onde só estaria eu e minha mente.- suspirei ao pensar o quanto aquilo seria maravilhoso.

- E onde eu entro nesse sonho?- saí dos meus devaneios encarando seu rosto sério.

- Ah Gus, eu te conheci a pouco tempo, é ainda difícil ter que refazer um novo plano de vida com mais uma pessoa incluída, eu sempre só quis ficar sozinha, não sou acostumada em ter alguém sempre inteiramente para mim.- falei da forma mais calma possível para não sair rude.

- Eu sei que é difícil para você encarar esse novo status, mas é que agora vendo seus sonhos vi que são muitos diferentes dos meus.- suspirou pesado.- Eu sempre quis fazer uma universidade, ficar rico, morar num apartamento no centro perto de tudo, ter uma esposa, filhos correndo para cima e para baixo, vindo me abraçar todos os dias quando eu chegasse do trabalho gritando "papai"...- interrompo quando percebo que rumo aquela conversa iria tomar.

- Podemos juntar os nossos sonhos e transformar num só, não se preocupe com o futuro, somos muito jovens.- me levantei novamente me espreguiçando.

- Você está certa, somos muitos jovens para pensar no futuro.- se levantou também vindo me abraçar.- Amor, amanhã nós iremos jogar em outra escola.- afundei minha cabeça no seu peitoral.- E podemos levar uma pessoa, você quer ir?- estava tão inebriada pelo cheiro do seu perfume que só vim raciocinar sua pergunta uns segundos depois.

- É muito longe?- minha voz saiu abafada porque ainda estava com a cara enfiada no seu peitoral.

- Uma hora de ônibus.- deu de ombros.- Vamos amor, por favor, fará toda a diferença se você tiver na torcida.- insistiu.

- O Thomas não vai ficar com raiva? Ele que gosta de assistir os jogos de vocês.- levantei a cabeça para lhe olhar.

- Sério que você está preocupada com o Thomas? Ele vai entender, vamos por favor.- beijou meu pescoço me fazendo suspirar pesado.

- Ok, eu vou.

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Oi coalas, tudo bom com vocês?

Abram espaço para esse capítulo bosta passar, obrigado pela compreensão, sempre respeitem as bostas e dêem o lugar para elas se sentarem.

Até a próxima, bjundas para vocês ;*

Uma Louca No InternatoOnde histórias criam vida. Descubra agora