That's what it's
That's what's happening with me
It's like God I'm giving it all I got, sometimes I'm weak and I'm gonna do it
And it's like I'm not giving myself grace
I'm just like understanding, that's just how it is- Purpose; Justin Bieber
P.O.V Lívia Cooper
Mia havia ido para a casa dos pais então eu fiquei sem ninguém, logo hoje que eu iria convencê-la a printar o cabelo de roxo ou alguma cor desse tipo. Pego minha jaqueta de couro preta e visto por cima da minha regata branca, faço um rabo de cavalo rápido e saio do quarto.
Caminho pelos corredores vazios sentindo que eu sou a única pessoa ali, parece que todo tem para onde ir nos finais de semanas. Você é a única pessoa estranha que não tem família e nem amigos. Ok subconsciente, obrigado por me lembrar, você faz um trabalho maravilhoso, estou até pensando em te mandar fazer um estágio lá na puta que pariu.
Entro no refeitório e encontro só umas três pessoas sentadas em mesas diferentes, vou até a máquina de lanches e coloco uma nota de dinheiro escolhendo um doritos, o saco caí e eu coloco a mão para pegá-lo e aproveito para pegar meu troco, vou até uma mesa vazia e abro a embalagem.
Olho para a porta e vejo Gustavo entrando com a maior cara de tédio, aceno com a mão chamando a atenção dele e aponto para minha mesa, ele sorrir e vem até minha mesa.
- Oi, você não foi para casa?- ele perguntou se sentando na minha mesa.
- Não, achei que você ia.- retribuí o sorriso.
- Pois é, eu quase nunca vou para casa.- olhou para baixo sorrindo fraco.
Nesses momentos que eu me sinto egoísta, tipo, eu só penso em mim mesma, na minha tristeza por não poder ir para casa, por ter sido largada como um bicho, das pessoas não se lembrarem de mim, sendo que todos aqui tem problemas, ninguém é colocado num internato por ser amado pelos pais, eles estão aqui porque os pais já não aguentavam sua presença, a Melanie passou por isso, a Mia passou por isso, o Thomas passou por isso, o Gus também passou por isso, eu penso tanto em mim que nunca paro para pensar no sofrimento deles.
- Mas pelo menos você vai poder me fazer companhia aqui.- sorri de maneira animadora.
- Sim, não será tão chato.- sorriu de volta.- o que você planeja para animar esse fim de semana?
- Pretendo aprontar tudo o que eu não aprontei desde que cheguei aqui.- sorri maldosa.
...
- A ideia basicamente é encontrar algum animal nojento e colocar na diretoria, e eu também quero fazer alguma coisinha com a Melanie.- expliquei para ele.
- Mas por que você quer fazer algo com a Melanie?- franziu o cenho.
- Eu não gosto dela, ela não gosta de mim.- falei óbvia.- aquela garota acha que pode rebaixar os outros mas ela se esqueceu que todo mundo aqui tem a mesma questão financeira e que todo mundo aqui é insignificante para os pais.
- Ok, talvez a Melanie precise mesmo de uma lição, mas o que você sugere?- suspirou derrotado.
- Depois pensamos nisso, mas agora precisamos ir nessas lojas que vendem animais peçonhentos e comprar uns amiguinhos para o diretor.- segurei sua mão e saí andando apressada.
...
- Um sapo?- o vendedor perguntou ainda meio pasmo.- desculpe, é que tipo, é meu primeiro dia aqui e eu meio que tenho uma fobia de sapos.- engoliu em seco.
- E por que você trabalha aqui se tem medo?- franzi o cenho.
- Hoje em dia não podemos escolher onde iremos trabalhar, a crise está grande.- revirei os olhos.
- Deixa que eu pego o sapo cara.- Gus se ofereceu.- é normal as pessoas terem fobia, eu morro de medo de borboletas, é normal.- encolheu os ombros.
- E eu sou claustrofóbica.- entrei na conversa.- mas essa loja é bem espaçosa então não se preocupe, eu estou bem.
Não me lembro exatamente quando eu tive o meu primeiro ataque de pânico por conta da minha claustrofobia, acho que foi em um dia em que estávamos em um passeio de família pelo shopping, meu pai viu aquelas cabines de tirar foto e chamou todos nós, acho que a ideia de ficar quatro pessoas num cubículo não foi a mais genial, eu meio que tive um ataque de pânico, fiquei sem ar, as paredes pareciam se moverem como se fossem me esmagar, depois daquele dia evitamos lugares apertados.
- Ok, você pode pegar o sapo.- o vendedor entregou as luvas para o Gustavo.
...
Peguei uma presilha que eu havia roubado da Mia e coloquei na fechadura da porta, demorou uns minutos mas consegui abrir a porta da diretoria, o Gustavo me entregou a caixa com o sapo e eu entrei cautelosamente dentro da sala, fui até o gabinete e abri a primeira gaveta colocando o sapinho dentro, dei um beijo rápido na sua cabecinha fria e fechei a gaveta saindo apressadamente da sala, fechei a porta novamente e saímos correndo.
- Acho que essa foi a coisa mais ilegal que eu já fiz na vida.- Gustavo colocou a mão no coração quando paramos de correr.
- Meu Deus, sua vida é muito chata.- bati a mão na minha testa.- vamos no quarto da Melanie, mas antes eu preciso saber se você tem tinta e canetinhas coloridas.- olhei para ele.
- Tenho, vamos no meu quarto.
...
Chegamos no corredor do quarto da Melanie e travamos imediatamente, ela estava saindo do quarto, parece que a filhinha do papai foi esquecida aqui, quem diria que essa garota que se acha a última coca-cola do deserto não tem para onde ir nos finais de semanas, esse mundo é incrível mesmo. Ficamos parados sem fazer nenhum barulho, por sorte ela foi numa direção diferente da nossa, fomos apressados até a porta do seu quarto, bati na porta só para constar que não tinha ninguém ali e rodei a maçaneta abrindo a porta, parece que eu e ela temos o mesmo costume de deixar a porta aberta.
- Vai no banheiro e joga o shampoo dela fora e enche o frasco com tinta, enquanto isso eu vou dá uma repaginada no seu guarda-roupa.- sorri animada correndo até seu armário.
Abri as tintas que tinham ficado comigo e joguei em cima de alguns dos seus vestidos, joguei também nos seus short e blusas e no seu uniforme de líder de torcida, peguei a canetinha vermelha que o Gus me deu, subi em cima da cama e escrevi em letras maiúsculas na parede: "L.C esteve aqui".
- Pronto, terminei, vamos embora.- Gustavo falou apressado saindo do banheiro.
- Claro querido.- sorri pegando nossas coisas e saí do quarto como se nada tivesse acontecido.
- Tenho que confessar que foi divertido.- Gus falou rindo.- você é louca Lívia.
- Obrigado, tenho medo de quem é muito lúcido.- entrelacei nossos braços.
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Oi coalas, tudo bom com vocês?
Hoje eu vou deixar vocês me matarem, sei que demorei para postar e que o capítulo não está bom.
Nem parece que o livro ainda está no capítulo quinze, sinto que estou escrevendo esse livro a um ano, chega dá um cansaço e uma sensação que eu só vou terminá-lo próximo ano.
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
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Uma Louca No Internato
Teen FictionLívia Cooper sempre foi uma adolescente normal, aos 17 anos ela deveria está vivendo como todos os jovens da sua idade, mas uma tragédia interrompe sua juventude. •Plágio é crime. Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, q...