In the blink of an eye, just a whisper of smoke
You could lose everything, the truth is you never know
So I'll kiss you longer baby, any chance that I get
I'll make the most of the minutes and love with no regret- I'm Gonna Lose You; John Legend feat Meghan Trainor
P.O.V Lívia Cooper
Alguém bate na porta do meu quarto e eu levanto cambaleando, é a segunda vez que alguém me acorda hoje, primeiro foi a Mia me chamando para tomar café da manhã mas eu disse que estava sem fome e voltei a dormir, agora é essa bendita pessoa, o que o universo tem contra mim?
Abro a porta e encontro o Gustavo com o maior sorriso no rosto, nem parece que ontem brigou e ganhou uma punição, queria ser como essas pessoas que se esquecem das coisas rápido, eu guardo muita mágoa e mesmo se eu disser que perdoei ainda ficarei remoendo aquilo pelo resto da vida.
- Bom dia.- ele falou animado.
- Só se for para você.- respondi com mau humor.
- Que bom humor matinal hein.- falou irônico.- eu vim saber o que você irá fazer hoje a noite.- colocou as mãos nos bolsos do seu jeans.
- Uma grande caixa de nada, por quê?- segurei a maçaneta para não cair de sono ali mesmo.
- Pensei que podíamos sair, sei lá, ficar vagando por aí sem fazer nada.- encolheu os ombros. Pensei em responder que se fosse para fazer nada eu ficaria no quarto mas para não ser tão grossa eu optei por outra resposta.
- Pode ser.- dei de ombros.
- Passo aqui no seu quarto para te chamar, mas agora tenho que voltar para cozinha.- colocou a boca para baixo como se fosse um emoticon triste.
- E eu irei voltar a dormir, adeus.- bati a porta na sua cara.
...
- Você irá sair? Mas é domingo, amanhã temos aula.- Mia falou enquanto eu calçava meu all star.
- Não chegarei tão tarde e amanhã é segunda, não tem graça nenhuma para assistir aula.- revirei os olhos.
- Ok, mas depois não reclame quando for reprovada por faltas.- voltou a cerrar sua unha.
- Desde quando minha mãe se apossou do seu corpo?- ela me mostrou a língua.- quem dá língua pede beijo.- sorri maliciosa.
- Vamos se beijar agora amor.- pulou em cima de mim balançando minha cabeça.
- Saí sua louca.- lhe empurrei no chão.- Vou dizer a sua mãe que você quer me estrupar.- fiz minha voz mais inocente.
- Aí meu Deus, pobre garota indefesa.- falou dramática se levantando do chão. Alguém bate na porta.
- Deve ser o Gus, tchau pedófila.- ajeitei minha roupa.
- Eu não quero sobrinhos agora hein.- sorriu maliciosa. Mostrei o dedo do meio para ela.
Abri a porta quando Gustavo já estava com a mão preparada para bater de novo, ele sorriu desajeitado e colocou as mãos nos bolsos para disfarçar, e como sempre Gus estava impecável, usava uma calça jeans preta, um tênis branco, uma camisa grande com a foto do Beatles na frente e seu cabelo perfeitamente penteado.
- Nossa, isso tudo é para mim?- fingi está impressionada colocando a mão no peito. Saí do quarto e fechei a porta.
- Obviamente querida.- segurou na minha mão e me deu um girinho.- e isso também é para mim?
- O que? O tênis que eu uso todos os dias, a minha calça que está manchada entre as coxas e meu moletom preto que eu sempre uso? Sim, é tudo para você.- falei irônica.
...
- Vamos Gustavo, é só um muro.- falei impaciente esperando o Gus pular o muro.
- É só um muro de mais de três metros, como você consegue pular isso com tanta facilidade?- perguntou apavorado segurando o muro com tanta força que eu até achei que iria quebrá-lo.
- Anos de práticas.- falei convencida.- Mas puta que pariu, já faz o maior tempão que você está aí em cima e não pula, até parece que eu sou o homem daqui.- revirei os olhos.
- Calma porra, deixa eu respirar fundo.- olhou para baixo e fechou os olhos. Em questão de segundos ele pulou caindo agachado.
- Finalmente, morreu por acaso?- falei já impaciente.
- Você é uma pessoa muito insensível.- se levantou ajeitando sua roupa.
- Só não tenho paciência para certas coisas.- dei de ombros.
...
Estávamos caminhando tranquilamente pela cidade turbulenta, onde vários carros trafegavam sem parar e pessoas sem expressões passavam apressadamente por nós, não faziam questão de observar dois adolescentes que fumavam cigarros caros ou as crianças de ruas dormindo em papelões na esquina.
O braço do Gustavo estava em volta do meu ombro, enquanto o outro se ocupava em levar um cigarro até seus lábios, passei meu braço pela sua cintura e também apreciei meu cigarro sabor menta que na verdade nunca iria ter algum sabor, caminhamos mais um pouco e sentamos num banco que estava numa região mais afastada.
- Não sabia que você fumava.- apoiei meu rosto na minha mão.
- E não fumo.- olhou para seu cigarro.- Quer dizer, eu não me considero um fumante, mas às vezes eu fumo eventualmente, sei que se eu continuar mais tarde terei um câncer e morrerei mas é tão viciante.
- Talvez morrer seja a melhor opção.- ele assentiu.
- Às vezes eu penso que se eu morresse não faria falta, mas quando eu penso em você, sei lá, eu penso que isso só te acarretaria mais sofrimento.- me olhou fazendo eu desviar o olhar.
- Isso me faz me sentir mal, porque eu nunca penso em você quando me dá vontade de tirar minha vida.- dou mais um trago.
- Mas você deveria saber que se um dia você se suicidar será o meu fim, eu não terei mais motivos para continuar, aí nos encontraremos aonde quer que seja onde as almas vão.- sua voz saiu rouca por conta da fumaça que saía pelo seu nariz.
Isso só aumenta minha pressão, é como se eu estivesse jogando um jogo e me machuquei mas não posso sair para não prejudicar minha equipe, então terei que continuar jogando até ter uma convulsão e entrar em coma. É como está entre a cruz e a espada e com certeza a espada será minha primeira opção.
- Não quero ser a razão da vida de ninguém.- falei depois de um tempo calada.
- Então você está ferrada, porque você é a única razão da minha vida.- soprou a fumaça no ar.
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Oi coalas, tudo bom com vocês?
Esse capítulo pode está um pouco confuso? Sim, pode está um pouco confuso, mas como eu costumo dizer: é a vida.
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
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Uma Louca No Internato
Roman pour AdolescentsLívia Cooper sempre foi uma adolescente normal, aos 17 anos ela deveria está vivendo como todos os jovens da sua idade, mas uma tragédia interrompe sua juventude. •Plágio é crime. Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, q...