Baby, say the word darling
You know just how to hold a sucker down
So I'll see you in the morning
I can't watch you walk out- Make Me (Cry); Noah Cyrus feat. Labrinth
P.O.V Lívia Cooper
- Lívia...- Gustavo se aproximou começando a falar.
- Eu não quero ouvir nada.- lhe interrompo.- Vai lá jogar seu joguinho e depois vai comemorar com a Gaby.- sorri cínica me virando na sua direção contrária.
Andei apressada até a arquibancada, subi passando pelas pessoas e me sentei numa cadeira vaga que estava ao lado de um grupo de amigos que estavam tão animados quanto eu, acho que essa é fileira dos depressivos-barra-tediosos. Ele me olhou uma última vez lá de baixo e se virou indo até os outros jogadores que estavam se alongando.
- Só venho para esses jogos para ver esses jogadores gostosos.- um garoto que eu suponho ser gay ou bi ou pan falou com a voz carregada de tédio.
- Eu só vim porque o diretor obrigou.- sua amiga falou encostando a cabeça no seu ombro - E para ver as líderes de torcidas.- eu nunca tive uma amiga lésbica ou um amigo gay, que sorte que eles dois têm.
- Deixa a Mônica escutar isso.- falou rindo.- Não é legal ficar falando de outras garotas algumas horas depois de vocês terem transado pela primeira vez.- ela revirou os olhos.
- Nada a ver, ela sabe que eu só tenho olhos para ela.- falou olhando rapidamente para as líderes de torcida - Essas garotas não se comparam a ela.
- Que fofa, nunca pensei que ia te ver romântica assim.- ele zuou fazendo ela dá um murro no seu braço.- Aí bicha, eu sou sensível.- reclamou alisando o local atingido.
- Dói dá o cú?- ela perguntou de repente.
- Eu sou virgem meu amor.- ele soltou um beijinho no ar.
- Virgem só Maria né.- ela falou irônica.
- Tu não é atéia doida?- ele falou confuso.
- Claro que sou atéia querido.- ela imitou ele soltando um beijinho no ar.
- Ouvi dizer que quem é ateu ou atéia não vai para o céu.- ele provocou ela.
- É óbvio que eu não vou para o céu, odeio pão.- ela falou óbvia.
- O que tem a ver pão com céu?- ele perguntou novamente confuso.
- No céu tem pão burro.- ela revirou os olhos.
- Tem?- ele perguntou surpreso.
- Claro, tem pão e vinho.- ela deu um peteleco na sua cabeça.
Me segurei para não rir daquele diálogo estranho, não quero parecer uma doida que fica prestando atenção na conversa dos outros que nem conheço e ainda fica rindo, mas eles dois entraram na minha lista de melhores pessoas do mundo com certeza.
...
O jogo foi bem agitado, mesmo sendo todos amigos aquilo não deixava de ser uma competição e obviamente ambos os times queriam ser campeões, é claro que o Gustavo foi o destaque do jogo fazendo as garotas gritarem todas as vezes que ele fazia uma cesta, o que particularmente eu achava ridículo, nem eu que sou a namorada dele estava nesse nível de animação.
O nosso time perdeu mas eles aceitaram muito bem, abraçaram os outros jogadores, as líderes de torcidas continuaram animando mesmo depois da derrota, até o treinador não parecia se importar muito, eu gosto desse espírito competitivo saudável, por mais pessoas assim.
Gustavo olhou para mim e eu lhe encarei de volta, mas nossa troca de olhares foi interrompido pela mesma garota que chegou pulando no braço dele, bufo e me levanto da cadeira seguindo aqueles dois amigos que estavam sentados do meu lado, eu não sei para onde eles estão indo mas por mim qualquer lugar é melhor que essa quadra.
- Lívia.- Gustavo me chamou assim que eu pisei na quadra para ir embora.- Você está bem? Por que está me tratando dessa forma?- ele perguntou confuso.
- Não sei, vai perguntar para a Gaby, ela sabe de tudo.- sorri cínica mais uma vez me virando para ir embora.
- Não, espera.- segurou meu braço me virando na sua direção.- Você está assim por que está com ciúmes?- ele perguntou incrédulo.
- Eu não posso ter ciúmes de algo que não é meu.- tentei me soltar.
- Do que você está falando?- ele perguntou sem entender.
- Affs, me esquece.- puxei meu braço agora com mais força me virando em direção a saída.
Dessa vez ele não me impediu, ficou parado lá com a boca aberta olhando na minha direção, saí o mais rápido possível em direção a outra saída que vai para onde o ônibus está estacionado, só quero voltar para o meu quarto e ficar conversando besteira com a Mia. Sinceramente, eu não sei para quê invento de arrumar relacionamentos amorosos, só dão problemas.
Encontrei o nosso ônibus e graças a Deus o motorista já estava lá, entrei e caminhei em direção ao meu banco me sentando com força, nunca pensei que poderia sentir tanta raiva assim na vida, só tenho vontade de castrar o Gustavo e arrancar o cabelo daquela vagabunda filha da puta. Tiro meu celular do bolso e enfio o fone de ouvido que já estava conectado no celular na minha orelha, e advinha que música o aleatório escolheu tocar? Heavy do Linkin Park, só uma das músicas que me faz lembrar da época que eu me mutilava. Bad em dose dupla.
Ao passar do tempo os jogadores foram entrando com seus acompanhantes, o último a entrar foi o Gustavo que estava com uma cara péssima. Que foi querido, a Gaby não soube te tratar direito? Ele se sentou no seu lugar e ambos ficamos calados ignorando um ao outro.
- Você não quer mais namorar comigo?- ele perguntou depois de um tempo calado. Sua voz estava rouca e trêmula.
Fiquei calada, nosso namoro é muito bom, mas na época que éramos apenas amigos nem brigávamos, e quando isso acontecia era por coisa besta, eu sempre disse que esse negócio de se apaixonar não dá certo, mas meu coração ouviu? Não! Ele é mais teimoso que eu.
- A Gaby é só uma amiga, nada mais, já fazia um tempo que não nos víamos por isso toda a animação com o reencontro, a única garota que eu tenho olhos é você, é por você que estou apaixonado.- ele passou a mão pela testa suada.
- Se isso acontecer novamente pode esquecer que eu existo.- falei ainda carrancuda.
- Não irá amor, a partir de agora só serão amigos homens.- me deu um beijo rápido.- É bom saber que você sente ciúmes de mim, com um bombomzinho desse sorteado dentro da caixa você tem que ter muito zelo.- falou convencido.
- Avisa para esse bombomzinho que eu posso tirar a embalagem dele, depois comer sua carcaça e por último o recheio.- sorri maldosa.- O que será do bombomzinho sem o seu recheio hein?
- Algo me diz que não estamos falando sobre bombomzinhos.- falou com o rosto próximo ao meu.
- É porque não estamos.- mordi seu lábio levemente.
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Oi coalas, tudo bom com vocês?
20K de visualizações, estou muito feliz, não vou mentir em dizer que estou surpresa porque eu esperava muito mais visualizações, mas estou feliz porque as pessoas que lêem esse livro são verdadeiras e especiais, eu tenho que agradecer todos os dias por ter os melhores leitores do mundo ♥
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
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Uma Louca No Internato
Teen FictionLívia Cooper sempre foi uma adolescente normal, aos 17 anos ela deveria está vivendo como todos os jovens da sua idade, mas uma tragédia interrompe sua juventude. •Plágio é crime. Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, q...