I want you to be alive
I want you to be alive
You don't gotta die today
You don't gotta die
I want you to be alive
I want you to be alive
You don't gotta die
Now lemme tell you why- 1-800-273-8255; Logic feat. Alessia Cara & Khalid
P.O.V Lívia Cooper
Escuto barulhos ao meu redor, pessoas falando. "Só iremos checar a pressão dela por precaução" "Se tivesse sido um pouco mais profundo teria sido fatal" "Por que ela não acordou ainda?" "Demos um sedativo a ela, não se preocupe, ela ficará bem". Não conseguia muito bem saber de quem era, mas tinha certeza que era uma feminina e outra masculina.
Crio forças e abro os olhos lentamente, mas logo fecho novamente por conta da claridade, tento mais uma vez e encontro apenas um teto branco, olho para o lado e vejo aparelhos, aqueles que fazem "bip" e o soro, já dá para constatar que estou em um hospital.
- Ela acordou.- a voz feminina fala animada.
- Liv, você está bem?- a voz masculina agora está mais próxima.
Olho para frente e encontro uma mulher vestida de enfermeira e o Gustavo me olhando preocupado. Flashs vem a minha mente, minha mãe, os cortes, banheiro. Eu me matei. Mas parece que não foi bem sucedido se eu estou num hospital, se meu coração está batendo e eu estou sentindo cada parte do meu corpo só pode dizer que eu esteja viva, mas que droga, nem morrer eu consigo.
- Oi.- minha voz saí incrivelmente rouca e cansada.
- Que bom que você está bem.- seus olhos se encheram de lágrimas.
Sua aparência era de cansado, embaixo dos seus olhos tinham olheiras enormes e sua íris estava vermelha, sinal que andou chorando muito, por um momento eu me senti um lixo, puta que pariu, eu só causo sofrimento. A quanto tempo eu estou aqui? Minha mãe já sabe? Quem me encontrou no banheiro? Como é possível eu ainda está viva com aqueles cortes tão profundos?
- Querida, irei chamar o médico responsável pelo seu caso para lhe explicar sua situação.- a enfermeira sorriu solidária.- Aguarde uns minutos que ele virá aqui.- saiu do quarto.
- Quem me achou no banheiro?- minha voz saí cansada, é como se falar fosse o ato mais cansativo do mundo.
- Eu.- sentou na poltrona ao lado da minha cama.- Eu estava te procurando para saber o que o diretor tinha falado para você, Mia disse que viria em poucos minutos porque ficaria para falar com o professor sobre suas notas, então eu fui sozinho até teu quarto, eu bati algumas vezes na porta mas ninguém abriu.- seu olhar parecia está longe como se estivesse revivendo tudo aquilo.- Eu resolvi abrir a porta sem sua permissão, o quarto estava completamente vazio, mas algo me chamou atenção, o chuveiro estava ligado, eu bati na porta dele para você saber que tinha alguém no quarto mas você não falou nada, eu te chamei mais algumas vezes e novamente continuei sem nenhuma resposta, preocupado resolvi abrir a porta e lá eu te encontrei caída no chão sangrando.- fechou os olhos respirando fundo.- No momento eu fiquei desesperado, demorou alguns segundos para eu assimilar tudo, Mia apareceu e ficou com a mesma reação, quando conseguimos raciocinar eu peguei você no colo e saí gritando por ajuda com a Mia atrás de mim chorando.- olhou para mim deixando algumas lágrimas caírem.- Por que você fez aquilo Liv?- perguntou por fim.
- Você não vai entender...- desviei meu olhar.
- É claro que eu entenderei, confia em mim.- um soluço escapou dos seus lábios.
Então eu contei tudo, desde como eu estava me sentindo antes mesmo da aparição da minha mãe até a mesma me dá aquela notícia, falei detalhe por detalhe da minha tentativa de suicídio enquanto ele escutava atentamente. Contando para outra pessoa parece que o motivo é tão besta, sem nexo, parece que você fez uma tempestade num copo d'água, te faz se sentir uma ingrata.
- Eu só não queria está viva.- terminei minha história.
- Mas eu quero que você esteja viva, eu quero isso mais que tudo.- se levantou e ficou ainda mais próximo de mim.- Lívia, você é tão importante para tantas pessoas, será que não pode enxergar isso? Será que não pode ver o sofrimento que causaria caso morresse? Você não percebe que seria o meu fim?- engoli em seco me sentindo um lixo.
- Oi, você deve ser Lívia Cooper.- a voz do médico fez cessar aquele momento super constrangedor.
- Sim, sou eu.- olhei para ele.- Como eu ainda estou viva?- perguntei na esperança de ter finalmente minha resposta.
- Vou tentar te explicar sem todos aqueles termos médicos.- falou descontraído.- Realmente se uma pessoa que não fosse especialista visse seus cortes acharia que já não tinha mais jeito, até eu fiquei surpreso pelo corte não ter ido até alguma veia importante já que sua pele estava bem sensível por conta das cicatrizes que você já tinha.- explicou seriamente.- Os cortes não conseguiram atingir nenhuma veia importante mas você deve ter percebido que perdeu muito sangue, graças a Deus você tem um sangue bem comum que é o B positivo e tínhamos ele no estoque, os cortes foram fáceis de fechar, sete pontos cada, mas se não tivessem te encontrado antes você teria perdido ainda mais sangue e chegaria a óbito.- terminou sua explicação.
- Entendo.- foi a única coisa que eu falei depois de assimilar todas as informações.
- Você ficará algum tempo aqui para se recuperar melhor e algumas psicólogas irão vim falar com você...- lhe interrompo.
- Eu já tenho uma psicóloga.- Gus olhou surpreso para mim. Mais uma explicação que eu terei que dar.
- Parece que ela não está fazendo um bom trabalho não é mesmo?- fechei a cara imediatamente.
- Ela é ótima ok, uma das melhores.- defendi a Amy com garras e dentes. Ou pelo menos tentei.
- Mesmo assim mandaremos outros profissionais, é sempre bom experimentar algo novo.- anotou algo na sua prancheta.
- Realmente, eu nunca fumei maconha, acho que vou experimentar.- ele levantou seu olhar para mim.
- Você entendeu o que eu quis dizer.- revirou os olhos.- Até mais.- se virou e saiu.
- Eu vou chamar a Mia, ela está na sala de espera super preocupada...- Gustavo falou já caminhando em direção a porta.
- Gus, espera.- chamei fazendo ele olhar para mim.- Minha mãe está aí ou pelo menos sabe do que aconteceu?- perguntei torcendo para as duas respostas serem negativas.
- Aqui ela não está, mas o diretor ligou para ela avisando.- passei a mão no rosto.- Vou chamar a Mia.- saiu do quarto.
Olhei mais uma vez ao redor, pela aparência do quarto posso perceber que é um hospital particular, minha mãe pode ter depositado um dinheiro para o diretor pagar ou algo do tipo, havia uma enorme janela que fazia o quarto ser bastante iluminado, minha cama era até confortável e os equipamentos eram bem modernos, meus pulsos estavam enfaixado como lembrete do que havia acontecido.
- Sua louca, você está bem?- Mia entra desesperada no quarto com o Gus atrás.
- Acabei de me acordar num hospital depois de um quase suicídio, bem não seria a melhor palavra para o momento.
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Oi coalas, tudo bom com vocês?
O capítulo teria ficado melhor se eu não tivesse doente, é só uma gripe, mas vocês sabem como é ruim né, corpo dolorido, fica espirrando toda hora, dor de cabeça, não é nada legal.
Até a próxima, bjundas para vocês ;*
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Uma Louca No Internato
Teen FictionLívia Cooper sempre foi uma adolescente normal, aos 17 anos ela deveria está vivendo como todos os jovens da sua idade, mas uma tragédia interrompe sua juventude. •Plágio é crime. Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, q...