Keep on making me cry
Hey, ey, yeah
Keep making me scream and holler
Keep on making me cry
You don't know what you do to me
Hey, ey, yeah- Make Me (Cry); Noah Cyrus feat Labrinth
P.O.V Lívia Cooper
- Vamos andar um pouco pelo quarteirão?- Gus perguntou segurando minha mão.
- Claro, vamos.
- Estão de saída?- Regina perguntou aparecendo na sala de estar.
- Nós só vamos dá uma volta pela redondeza, mas a mochila vai ficar aqui, depois nós voltamos para nos despedir direito da senhora...- fui interrompida imediatamente.
- Você me chamou de senhora?- perguntou incrédula.- Olha minha pele querida, eu não tenho rugas, meu corpo é de uma menina de quinze anos, eu sou muito jovem.- engoli em seco.
- Desculpa, é que eu fui ensinada a chamar as pessoas mais velhas de senhor e de senhora, mas posso lhe chamar de você se quiser.- tentei me explicar.
- Pode ser, gosto quando me chamam de você.- falou satisfeita.- Vão, podem ir passear e namorar, eu fico esperando aqui.
...
Andávamos de mãos dadas por uma praça que tinha perto da casa do Gus, era bem grande e tinha uma pista de skate enorme toda grafitada, como eu não conheci esse lugar antes? Sentamos num banco e ficamos conversando sobre bobagens aleatórias até uma garoto aparecer na nossa frente. Tenho a impressão de que conheço ele.
- Olha só quem está aqui, Lívia Cooper.- falou cruzando os braços. Ah, lembrei.
- Eu em pessoa, por quê?- perguntei mau humorada.
- Parece que você superou as coisas rápido né.- olhou para o Gustavo.- Quem não deve ter superado nada é o Diego.- sua voz já não estava mais sarcástica e sim com raiva.
Para explicar melhor, esse é o Joe, era um amigo do Diego e também era o um dos meus amigos que me abandonou quando eu mais precisava e me julgou como todos os outros. Enfim, esse reencontro não é tão legal, que dia merda.
- Estou de saco cheio de pessoas como você.- falei sem paciência soltando a mão do Gustavo para poder gesticular.- Você acha que esse tempo não foi uma merda para mim também? Você acha que eu não sofri? Droga, eu perdi meu pai e meu irmão, você acha que eu fiquei feliz com isso? Eu só queria o apoio do meu amigo, mas ao contrário, tanto você como os outros viraram os costas para mim, me julgaram, me excluíram.- falei com lágrimas nos olhos.- Eu só precisava de você Joe, só precisava que você ficasse do meu lado, mas ao contrário disso você me abandonou, você ajudou os outros a fazer da minha vida um inferno.- olhei para cima para as lágrimas não caírem. Não vou chorar na frente dele.- Eu só precisava de um abraço, de uma merda de abraço.- praticamente gritei mas logo controlei minha voz.- A melhor coisa que aconteceu na minha vida foi ter saído daquela escola, agora eu tenho amigos de verdade, um namorado maravilhoso.- apontei para Gus.- E não preciso da sua amizade, não preciso mais de ninguém daquela escola.- falei por fim.
- E você parou para pensar como nós nos sentimos Lívia? O Diego era uma pessoa maravilhosa, tinha vários amigos, e a namorada dele, você parou para pensar nela?- a namorada do Diego mesmo sendo uma das principais afetadas não me odiou tanto como todos os outros.- Ela ficou mal durante todo esses anos, você afetou a vida de várias pessoas mas mesmo assim só pensa em si mesma? Não sei como um dia eu fui teu amigo.- revirei os olhos.
- Eu não preciso da tua amizade e nem da tua opinião, na verdade eu nem pedi ela, você que apareceu do nada falando um monte de merda, então por favor, pega todas as sua palavras e enfia no teu...- Gus colocou a mão imediatamente na minha boca fazendo eu ficar calada.
- Olha cara, deixa a Lívia em paz, eu sei o quanto ela sofreu e não precisamos que você acredite nisso.- me defendeu ainda com a mão na minha boca.- Guarde sua opinião para si mesmo, obrigado, de nada.- se levantou ainda com a mão na minha boca e me guiou para longe daquele embuste.
Um pouco mais distante ele finalmente liberou minha respiração, olhei para baixo acompanhando os passos do meu tênis enquanto nos afastamos da pessoa que um dia eu dei tanta intimidade que vivia mais na minha casa do que na casa dele, da pessoa que eu considerava meu melhor amigo, que eu contava meus segredos, que era um membro da família, mas hoje é apenas um estranho.
- Você está bem?- Gus perguntou depois de um tempo calado.
- Sim.- respondi ainda olhando para o meu tênis.
- Você está bem mesmo ou está apenas mentindo?- insistiu.
- Estou bem, estou acostumada com esse tipo de coisa, aonde quer que eu vá sempre terá uma pessoa que irá me falar tudo isso que o Joe me falou, é normal. Pode passar vinte anos, mas mesmo quando eu vier aqui me encontrarei com a namorada do Diego ou com algum amigo dele e escutarei: aquela não é a garota que matou o irmão? Ou se não: como ela ainda tem a audácia de aparecer aqui? Para toda ação existe uma reação, e essa é a reação da minha ação, eu tenho que me acostumar com isso.- dei de ombros.
- Mas não deveria, ninguém tem o direito de julgar ninguém, todos nós somos seres humanos e falhos, quem não tem pecado que atire a primeira pedra não é mesmo?- recitou aquela frase da Bíblia.- Você errou, ok, mas quem nunca errou? Imagine que para cada erro houvesse um julgamento? O mundo seria bem pior do que já é.- suspirou pesado.- Até um juíz tem que ver os dois lados da história, mesmo depois disso tem que checar as provas para poder fazer seu julgamento final, a vida é assim, temos que ter provas para julgar alguém, e pelo que eu saiba aquele cara não tem né?- falou se referindo ao Joe.
- Eu não lhe julgo, imagine se o Thomas acidentalmente matasse a Mia, a gente iria ficar com muita raiva dele não era?- falei usando nossos dois melhores amigos como exemplo.- Eu até perdoaria se fosse algo como ele ter se desequilibrado e batido nela fazendo-a cair numa piscina funda, isso é apenas um acidente e eu lhe perdoaria.- encolhi os ombros.- Mas se fosse algo que ele pudesse ter evitado, como dirigir embriagado e em alta velocidade, aí sim eu nunca lhe perdoaria, porque foi tudo irresponsabilidade dele.- suspirei.- Entende? Não tem como perdoar alguém por ter sido irresponsável o suficiente ao ponto de tirar a vida do seu melhor amigo.
- Eu ainda assim não concordo com você, quem somos nós seres humanos, seres pecadores, para julgar alguém?
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Oi coalas, tudo bom com vocês?
Sinceramente, eu não gostei desse capítulo, mas eu tenho um defeito muito grande de postar as coisas mesmo sem gostar delas, é algo de mim mesmo.
Até a próxima, bjundas para vocês ;*
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Uma Louca No Internato
Teen FictionLívia Cooper sempre foi uma adolescente normal, aos 17 anos ela deveria está vivendo como todos os jovens da sua idade, mas uma tragédia interrompe sua juventude. •Plágio é crime. Crime de Violação aos Direitos Autorais no Art. 184 - Código Penal, q...