Eu me movo sobre a cama macia e tenho vontade de dormir mais, porém o pequeno corpo quente ao meu lado geme e se move, abro meus olhos e pisco algumas vezes até que minha visão não esteja mais turva. A primeira coisa que vejo é o cabelo escuro e um pouco ondulado espalhado pelo travesseiro com cheiro de shampoo, belo cabelo grosso, moreno e que cheira a amêndoas fodidas. Deixo meus olhos deslizar para baixo e acabo soltando um suspiro profundo, puta merda Selena, não posso evitar passear meus olhos pelo seu corpo nu, peitos pequenos perfeitos cobertos pelo cobertor rosa, pescoço longo, magro, que está coberto com minhas marcas, marcas essas que eu fiz quando estava completamente enterrado dentro dela, seus lábios estão separados, entreabertos de maneira que apenas sua respiração profunda e calma passe por eles.
Porra.
Que porra de mulher para acabar com o meu cérebro, achei que ela fosse me mandar embora, que fosse me esquecer e me odiar para o resto da vida por ter a machucado tanto, maldita seja essa briga mas se não fosse por ela eu não estaria aqui, Selena está aqui, na sua cama, dormindo fodidamente linda depois de eu ter me enterrado nela toda a noite.
Eu sei que fui um grande idiota, eu deveria ter ficado longe de todas as encrencas que me envolvi, mas não, me sinto um filha da puta sortudo por ter essa garota, por saber que ela me ama e que eu não estou indo para lugar algum, eu a esperei muito e agora eu não quero me afastar porra, eu quero ela, eu preciso dela, não quero qualquer outro filho da puta tocando nela, isso de alguma maneira ainda me assusta, mas eu decidi seguir meu estranho coração.
Ouço outro gemido e Selena rola novamente sobre sua cama, ficando de costas para mim, seu cabelo se espalha ainda mais no travesseiro, porra, se eu ficar aqui vou acabar a acordando. Levanto da cama devagar e visto minhas calças que estão no chão, atravesso o corredor de cabeça baixa e desço as escadas sentido cheiro de café.
Mandy está na cozinha, pulguento late e brinca com seu palhaço na grama do quintal, não me sinto envergonhado, eu estive aqui por muitos dias em que Selena esteve ausente e eu precisava de algo seu para me sentir melhor, Mandy nunca negou minha visita ou estadia, ela tem um coração tão grande quanto o da filha. Ela se vira quando sente minha presença e levanta as sobrancelhas, de forma debochada quando eu bagunço ainda mais meus cabelos.
- Noite movimentada?
- Algo como isso.
Murmuro pegando uma das xícaras no balcão, em seguida vou até a pia onde a morena está e pego o copo da cafeteira, virando o mesmo na xícara, posteriormente beijo a testa da mulher ao meu lado.
- Eu ouvi a gritaria de vocês, não era minha intenção, mas estavam gritando.
Mandy diz sorrindo, é engraçado o quanto o sorriso de Selena é a cópia fiel do sorriso da mãe, para falar a verdade, Selena é a cópia fiel da sua mãe, a única coisa que eu percebo ser diferente, são os olhos.
- Corrigindo, Selena estava gritando.
- Eu ouvi sua voz também.
- Bom, sim, eu espero que esteja tudo bem agora.
- Eu também, não dormi com fones de ouvido á toa.
É minha vez de sorrir, espero que a loira também tenha algo para se proteger dos gritos, gemidos e barulhos. Beberico meu café quente e gostoso, em seguida ouço o assoalho de madeira da escada, penso ser Ashley, mas me engano quando escuto sua voz rouca pelo sono soar pela casa.
- Justin?
- Aqui.
Em segundos vejo Selena adentrando a cozinha, ela me lança um sorriso preguiçoso e porra ela está usando apenas minha camisa que mal cobre
seu doce traseiro, seu cabelo está caindo em seus ombros até quase sua cintura e ela se parece com um pequeno duende maldito, Selena me encara com aqueles olhos castanhos e eu estremeço, sim, porra, eu faço isso. Mandy solta um grunhido e ganha a atenção da filha, acho que ela sim se sente envergonhada pela mãe.
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Trust Me [Jelena]
أدب الهواةSempre que você não está anjo, sinto como se estivesse perdendo o meu controle, eu durmo na luz do dia e fico acordado a noite toda pensando quando você irá voltar. Por muito tempo eu lutei comigo mesmo, dizia que estava ficando louco e que você era...