Vestido vermelho é clichê, mas é sexy

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*** Opaaaaaa! E aí, meus bbs, tudo bem?!

Voltei com mais um cap, mas hoje vamos conversar lá no final, ok? Então LEIAM AS NOTAS, pfv! ***

- Não acredito que vai devolver seus peitos. - Rafa contestou de forma brincalhona, fazendo-me rir.

Era fim de tarde, um dia se passou desde que trombei com a instrutora no ônibus. Agora eu tinha o sutiã da mulher em mãos e estava tomando coragem para devolvê-lo.

- Nem eu, já me apeguei a ele. - Encarei os bojos grandes e desbotados.

- Pensei que Maria Eduarda não se apegasse nunca. - Sua colocação me fez lembrar da promessa do ano, "curtir e não se apegar", acho que um sutiã não conta como um descumprimento, né?

- Depende. - Encarei os olhos esverdeados de Rafa. - Em alguns casos eu acabo falhando.

Acredito que não era apenas do sutiã que eu sentiria falta, mas de Angra por inteiro, aquela estava sendo uma das melhores semanas da minha vida e, bom, agora a viagem já estava chegando ao fim.

Por incrível que pareça, desde que fiquei com Rafa na noite da festa a fantasia, não consegui ficar com mais ninguém. Fomos às festas justas, dançamos, cantamos, rimos, bebemos além do que deveríamos e nem preciso dizer o que acontecia quando ficávamos sozinhas no quarto... Rafa é simplesmente incrível! Ótima amiga, confiável, divertida, bonita, carinhosa e safada, o que mais posso querer?

O melhor de tudo é ver Santiago sendo rejeitado em todas as suas investidas, enquanto Rafa me tratava com todo o amor do mundo. Era até estranho, pois eu estava me sentindo mais próxima dela nesses 4 dias do que em todos esses anos de amizade juntos.

- A-acho que deveria levar pra casa. - Apontou para o sutiã em minhas mãos, após parecer paralisada por uma fração de segundos. Juro que não entendi o porquê dela ter gaguejado. - Como lembrança. - Deu de ombros, fazendo-me soltar um risinho.

- Pode ter sido divertido e tudo mais, mas o único sutiã do qual eu quero lembrar é o seu. - Joguei o sutiã sobre a cama ao meu lado e me aproximei de Rafa, enquanto falava, como se estivesse passando uma cantada ruim, então toquei os dedos de sua mão com delicadeza.

- Duda, você é brega! - Ela riu, jogando a cabeça para trás, deixando o pescoço a mostra, daquele jeito que eu tanto gosto.

- Ah, é? E se eu disser que amo seu sorriso, também vai ser brega? - O rosto de Rafa ruborizou de uma forma que eu nunca havia visto.

- Para, fala sério. - Sua voz saiu baixa e tímida, enquanto ela me acertava com um tapinha.

- É muito sério. Amo seu sorriso, principalmente quando ele é pra mim. Acho que por isso falo tanta besteira... - Ela nitidamente ficou sem conseguir responder, então resolvi continuar. - Eu quero ser o motivo dos seus sorrisos. Não é por egoísmo, nem nada do tipo, acontece que é maravilhoso saber que consigo retribuir pelo menos uma partezinha da felicidade que você me traz. - Os lábios da garota em minha frente já não se curvavam no formato do sorriso que eu tanto elogiava, eles estavam levemente pressionados, no entanto, seus olhos brilhavam como nunca, mostrando uma enorme satisfação em ouvir minhas palavras. - É impossível não ficar bem ao te ver sorrindo, mesmo que seja assim, - Apontei. - apenas com os olhos. É como se isso recarregasse todas as minhas energias. - Rafa inclinou a cabeça levemente para o lado, seu olhar penetrava o meu, sem se desviar por um milésimo de segundo sequer. Eu estava tão ou mais surpresa do ela em me abrir daquela forma, eu realmente nunca havia dito nada parecido. - Você me faz bem. - Um sorriso tímido nasceu novamente em seu rosto.

GAROTA ENCONTRA GAROTAOnde histórias criam vida. Descubra agora