Hora do Lanchinho

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*** Olar! Voltei o mais rápido possivel, então não me julguem por não ter revisado (dnv kkkkk). Pode conter altos erros, mas espero que gostem mesmo assim.

Bora pro cap! ***

- Ai, meu Jeová! - Ouvi Maria Clara exclamar baixinho, em choque pela inesperada interrupção.

Comprimi os lábios com força, geralmente eu tentaria ser positiva, mas, dessa vez, tudo o que eu conseguia pensar era: PUTA QUE PARIU, FODEU!

- Não fiquem aí com essa cara de tacho, da outra vez as duas foram muito criativas tentando me enganar. - Rachel tornou a falar, percebendo que, tanto eu quanto Bife, nos mantínhamos imóveis.

- Veja bem, professora... - Comecei, sem ter a menor ideia de como continuaria aquela frase. A mulher levantou uma sobrancelha (que era exageradamente fina, diga-se de passagem) e cruzou os braços esperando pelo meu raciocínio.

- Você acreditaria se eu dissesse que ela tava só tentando tirar um cisco do meu olho? - Maria Clara arriscou uma tentativa ridiculamente falha, que não convenceria nem um cachorro.

- Preciso responder? - Rachel permaneceu séria, esperando uma explicação melhor.

- Nós não estávamos fazendo nada de tão ruim... Somos adolescentes. - Falei, já que negar não adiantaria.

- Não é da minha conta o que vocês estavam fazendo, mas, por acaso, "nada de tão ruim" inclui matar aula, acertar minha cabeça com uma porta e mentir? - Indagou.

- Desculpa por isso, nós não sabíamos o que fazer. - Assumi a culpa, tentando amenizar as consequências que aquilo poderia causar.

- Rachel, por favor, não dedura a gente, se meus pais souberem disso, eu nem sei o que vão fazer comigo! - Maria Clara andou depressa até a professora, tomando suas mãos e as segurando com uma força perceptível que denunciava o tamanho de seu desespero. - Você sabe que eu me dedico ao máximo à essa escola, prometo que só menti por medo do que você diria ao meus pais. - Sua voz ganhava tom de choro, enquanto ela implorava sem dar a menor pausa para respirar. - Eu faço qualquer coisa!

- Calma aí, Maria Clara. - Rachel deu um passo para a frente e espiou o lado de fora do corredor antes de fechar a porta. - Olha só, - Fez uma pequena pausa acariciando rapidamente o ombro de Clara, numa tentativa de acalmá-la. - se eu fosse caguetar vocês, eu já teria feito. - O que mais gosto nessa professora é o jeito doidão dela, o que inclui o vocabulário que ela usa, nada comum para o cargo em que está.

- Por que não fez? - Eu nem pensei antes de perguntar.

- Eu conheço meus alunos. Sei que vocês são ótimas meninas, não fariam aquilo na intenção de me prejudicar.

- Não mesmo, Rachel, jamais! Eu não pensei, nem sabia que era você quando bati aquela porta, eu só fiquei com medo que alguém tivesse visto eu com a Maria Júlia e... - Bife voltou a falar, não menos desesperada e já derramando algumas lágrimas. - Pelo amor de Jeová, não conta sobre hoje também!

- Eu sei, miga! - A professora riu descontraidamente. - Relaxa! Não vou contar nada sobre o que vi aqui, afinal, ela só tava tentando tirar um cisco do teu olho, né? - Lançou-lhe uma piscadela.

Maria Clara subitamente pulou sobre a mulher, envolvendo-a em um abraço exageradamente grato. Rachel ficou nitidamente sem jeito, arregalou os olhos de forma cômica, aplicando alguns tapinhas nas costas da menina que a abraçava.

GAROTA ENCONTRA GAROTAOnde histórias criam vida. Descubra agora