Bife e seus dedinhos

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*** Oiii meninxssssss! Até que nao demorei neh? Kkkkk o cap ta grandinho, quero bastante like e coment!

Bora ler!

PS: tá totalmente sem revisão esse, desculpem! ***

POV RAFA

A porta se abriu e logo pude ver Duda parada em minha frente, seu rosto não se iluminou como sempre fazia, mas tinha alguma coisa de diferente em seu semblante, ela parecia um pouco... Lesada. Sorri meio sem graça, meio que pedindo permissão para entrar. Era estranho estar na casa dela novamente depois de tudo o que aconteceu. Aquele lugar costumava ser meu segundo lar, eu passei anos da minha vida dormindo ali todos os finais de semana e até morei com Duda por um tempo no começo daquele ano, então por que tudo parecia uma grande novidade? Eu já não tinha a mesma liberdade de antes.

A garota abriu espaço para que eu passasse, posicionando-se ao lado da porta, abaixei levemente a cabeça como forma de pedir "licença" e, inesperadamente, senti uma bolinha de pelos pular em minha minha perna. Cumprimentei o cãozinho, pegando-o no colo. Ele se chacoalhava e tentava a todo custo lamber meu rosto, aquilo só me fazia sentir que as coisas haviam mudado ainda mais do que eu pensava.

- Achei que alguém tivesse roubado seu celular. - Duda disse, soltando um leve riso abobalhado.

- Eu também acharia isso... - Suspirei, colocando o cachorrinho de volta no chão. - A que ponto chegamos, Senhor? - Ergui sutilmente as mãos pra o céu, mais para fazer um drama do que qualquer outra coisa, mas Duda estava tão esquisita que acabou seguindo meu gesto e olhando para cima, como se acreditasse que de fato pudesse ter alguém lá.

- Rafa! Que bom te ver! - Virei-me para trás afim de descobrir de quem era aquela voz. - Eu falei pra Duda te chamar aqui, estava com saudades! - A mulher caminhou até mim e me recebeu com um breve abraço. - Vai jantar com a gente?

- Ah, claro! - Respondi sem jeito. Eu especulei muito sobre o que a mãe de Duda estaria pensando de mim, tive medo que ela pudesse me tratar com certa indiferença por tudo o que havia acontecido. - Vim pra estudar. - Expliquei com um sorriso.

Eu havia mandado uma mensagem para a Duda pedindo socorro, estava impossível fazer com que as matérias entrassem em minha cabeça e, mesmo que a minha velha amiga não fosse a aluna mais dedicada, era com ela que eu sempre podia reclamar sobre minhas notas e rever os conteúdos antes das provas.

- Perfeito! Vê se faz ela se empenhar um pouco, porque ultimamente ela só quer saber de passear com o Abraham. - A mãe de Duda apontou para o cachorro, fazendo-me entender que aquele era o nome dele. Acho que minha sugestão de "Enzo" era melhor... - O que é isso no chão? - A mulher se abaixou para pegar um pedaço de alguma comida jogada. Ela cheirou. - Isso é pão?

- É que eu fiz um lanche, só que o Abraham não quis comer o pedaço dele... - Duda explicou.

- Mas, filha... Tem Sucrilhos aqui?

- Sucrilhos? Por que eu colocaria Sucrilhos no sanduíche? - Fez cara de desentendida.

- Muito estranho... - A mãe dela murmurou, indo até a cozinha para jogar o pedaço no lixo.

Duda ignorou e seguiu para as escadas, balançando exageradamente os braços, como se seu corpo estivesse molengo. Observei, desconfiada, ela estava drogada ou louca, sem dúvidas.

- Só me explica o que deu em você pra querer que eu te ajude com as matérias. - Ela questionou, jogando-se na cama assim que entramos em seu quarto.

Fechei a porta.

- Eu tentei pedir pra Clara, mas parece que ela tem um encontro hoje. - Dei de ombros.

GAROTA ENCONTRA GAROTAOnde histórias criam vida. Descubra agora