*** Olaaaar pessoaaaar! Tudo bem com vocês?
Eu sei que sumi, sei que demorei, mas vocês vão ter que me perdoar... Eu estava viajando.
Fiz um capzinho menor do que eu gostaria para não deixar vocês esperando.
Bora? Espero que gostem! ***
Pensei bem e acredito que seja melhor omitir o restante da minha conversa com Rafaela, vai que alguma das pessoas das quais fofocamos está lendo isso aqui, né?
Após longos minutos, resolvemos que seria melhor checar se nossa barra já estava limpa, então Rafa me seguiu até a coxia, de onde dei uma espiadinha hesitante e cuidadosa no teatro. Minha discrição foi por água abaixo, quando a garota saiu despreocupada detrás do pano preto que nos escondia, tive o impulso de puxá-la de volta, sem sucesso. Acabei sendo puxada para o meio do palco junto com ela, mais uma vez vocês tem a prova de que a pegada da Rafa não é qualquer coisa.
Aparentemente, estava tudo vazio.
- Tirou minha chance de me sentir uma espiã. - Forcei um biquinho, fazendo Rafa revirar os olhos.
- Deixo você tentar de novo na hora de sair do teatro.
- Ebaaa! - Comemorei saltitando para fora do palco e indo animadamente em direção a saída.
Parei bruscamente ao chegar na porta e fiz um mistério, olhando para todos os lados, esperando que Rafa me alcançasse. Passei a mão pela maçaneta, como se estivesse analisando alguma coisa.
- Abre logo isso! - Rafa riu, impaciente.
- Xiu! Não estraga meu momento. - Então obedeci, virando o trinco vagarosamente, mas nada da porta abrir. - Acho que estamos trancadas.
- Para de graça, Duda. - A garota parecia impaciente. Virei o trinco novamente, dessa vez com mais força.
- Rafa, eu não tô brincando. - Ela, então, me empurrou para o lado e forçou a maçaneta sem a menor delicadeza.
- Arg! Isso só pode ser carma. - Reclamou, tentando abrir a porta novamente, várias vezes seguidas. Gente, pra que esse desespero todo?!
- Para com isso! Alguém lá fora pode ver.
- Estamos trancadas, Eduarda. Alguém VAI TER que ver.
- Claro que não. Eu vou dar um jeito, ok? Sou uma espiã.
- Qual seu plano então, ô "espiã"? - Fez aspas com os dedos, o que achei meio ofensivo.
- Tem um grampo? - Perguntei, levando a mão ao queixo, como se estivesse pensando.
- Ah, Duda... Nos poupe!
- Isso é um não? - Ri. Alguém tem que manter o bom humor, né? Rafa me lançou um olhar mortífero. - Tá bom então, não brinco mais. - Ergui as mão, me rendendo. - Relaxa, vou mandar uma mensagem pra Maria Clara e tudo ficará bem.
- E ela tem a chave do teatro por acaso?
- Não, só que, diferente de você, ela tem um cérebro. - Era brincadeira, mas nem tanto.
Duda:
SOS, tô trancada no teatro, me salva!Não demorou para que Maria Clara respondesse.
Bife:
Wtf?? Como assim??
Aguenta aí, tô no meio da aula.Duda:
A aula é mais importante que eu???
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GAROTA ENCONTRA GAROTA
Fiksi RemajaDuda começou o seu primeiro ano do ensino médio com uma promessa: não se apegar. Não que essa fosse uma tarefa difícil, afinal ela nunca fez o tipo "adolescente apaixonada". O que não estava previsto, era que um simples beijo atrapalharia seus plano...