*** Oiiiiies, voltei com um cap curtinho, mas voltei! Kkkkkk é aquele típico capítulo de transição, que ja fiz varias vezes aqui em GmG, espero que aproveitem!
Bora ler! ***
POV BIFE
Eu nem sei de onde tirei a coragem para deixar a escola de lado e matar as últimas aulas para correr atrás de Duda! A sorte é que Rafa havia falado com Thiago, o estagiário, mais cedo, foi ele quem nos liberou para sair do colégio. Só fiquei imaginando as consequências que isso traria para a menina mais tarde... Quero dizer, Thiago iria querer algo em troca, não iria?
Eu não entendia para quê tanto desespero em encontrar Duda. Sabia que ela estava mal, que precisávamos conversar com ela e resolver as coisas o mais rápido possível e tudo mais... Mas não podia esperar até o final da aula?
As respostas apareceram no momento exato em que o Uber, o qual Rafa e eu pegamos para chegar até a localização enviada por Maju, se aproximou de um morro. Um morro ENORME. Gigantesco! O carro começou a subir, e quanto ele mais andava, mais alto parecia ser o topo. Não chegávamos nunca! Eu já estava começando a acreditar que, no final do caminho, eu acabaria encontrando Jeová lá em cima! Sério.
Meu coração se acelerou em batidas descompassadas quando finalmente pude visualizar o pequeno corpo de Duda em pé bem na ponta do morro. Aquilo ali era praticamente um abismo, dava para ver a cidade inteira e mais um pouco de lá. Eu e Rafa nos entreolhamos em preocupação.
- Para, para, para, para! - Pedi depressa para o motorista, que freou o veículo com tudo. Meu corpo voou e acabei dando de cara com o banco da frente no qual o moço estava sentado. Pessoal, usem cinto de segurança! - Vamos descer aqui! - Afinal, eu seria bem mais rápida correndo do que o carro conseguia ser naquela estreita estradinha de terra. - Vamos dividir? - Perguntei para Rafa em referência ao preço da corrida, que deveria ter ficado um absurdo.
- Deixa isso comigo, vai logo pra lá. - Ela respondeu. Lancei-lhe um olhar em busca de confirmação antes de ter certeza que deveria sair do carro.
Corri o mais rápido que pude até o topo do morro, alcancei Duda, segurando seu pulso com firmeza e desespero.
- Pelo amor de Jeová, eu sei que parece ser a única solução agora, mas não faz isso! - Disparei a dizer.
Duda e eu tínhamos uma história bastante complicada, eu sabia que ela não havia se aproximado de mim pela minha amizade, sabia dos seus interesses, sabia o quanto ela conseguia agir feito babaca. Seria mentira se eu dissesse que ela não havia me chateado e me colocado em conflito por diversas vezes, mas também não seria de todo honesto negar que ela havia mexido comigo. Duda foi o gatilho do meu despertar, mesmo que ela não tivesse as melhores intenções, ela foi a primeira a me mostrar o mundo do qual eu tanto temia. Foi a primeira mulher que beijei, a primeira capaz de me fazer questionar minhas doutrinas, a primeira atração forte, que me fez encarar a realidade. Nós, inegavelmente, éramos unidas por uma forte ligação, ela havia se tornado, contrariando todas as expectativas, uma amiga de muito valor para mim. Eu me importava, eu a conhecia, eu a queria bem, e só de imaginar a possibilidade de seu corpo se desprender do solo firme do pico do morro... Meu Jeová... Eu não podia permitir aquilo! Do fundo do meu coração, tudo o que pensei, naquele momento, foi em salvá-la de si mesma e fazê-la ficar bem outra vez, nem por um segundo eu me lembrei das consequências que aquele ato teria diante dos olhos de Deus. O único pecado imperdoável... Um pecado que eu costumava tanto julgar e que passou a ser, naquele dia, mais um dos questionamentos que eu tinha sobre a doutrina que me fora ensinada.
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GAROTA ENCONTRA GAROTA
Novela JuvenilDuda começou o seu primeiro ano do ensino médio com uma promessa: não se apegar. Não que essa fosse uma tarefa difícil, afinal ela nunca fez o tipo "adolescente apaixonada". O que não estava previsto, era que um simples beijo atrapalharia seus plano...