Amigos são pra isso...

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*** Yay! Decidi postar mais um capzinho rápido e inesperado kkkkkk agr sim, esperem o próximo! ***

O fim de semana passou rapidamente, enquanto eu tentava me sentir mais confiante para fazer o bendito lap dance que prometi à Rafa. Chegou em um ponto que eu já não aguentava mais esperar, eu teria que acabar com aquilo logo, mesmo que ainda não estivesse nem perto do nível da performance de Bife. O grande problema é que nos próximos finais de semana, meus pais estariam em casa e eu simplesmente não conseguia inventar uma desculpa boa o bastante para fazê-los sair por muito tempo.

- Acaba com isso logo, Duda. A garota deve tá tão na seca que nem vai reparar se você tá dançando bem ou não. - Maju disse, impaciente com o quanto eu falava do assunto. - Você é gostosa, é só tirar a roupa que ela nem vai reparar em mais nada.

Maria Clara parecia envergonhada com a conversa, permanecia calada, com aquelas típicas bochechas rosadas.

- Não tenho nem lugar pra fazer isso. - Suspirei. - Me empresta o carro do seu pai? - Perguntei animada, seria uma ótima ideia caso eu soubesse dirigir.

- Tá louca?! Pra você ir no motel e bater o carro antes mesmo de conseguir entrar? - Maju recusou, fazendo Bife der uma risadinha.

- Dirigir deve ser mais fácil que tirar meus pais de casa... - Suspirei novamente, já estava sentindo meu hímen se regenerar.

- Aprende uma coisa, Duda: Quando o assunto é sexo, toda hora é hora, todo lugar é lugar.

- Você é uma pervertida, Maju. - Ri. Se todo lugar é lugar, vou fazer o lap dance na escola mesmo, assim não tenho que esperar mais... - Calma aí! - Disse para mim mesma, em resposta aos meus pensamentos. - Até que não é má ideia! - As duas meninas franziram o cenho, confusas.

- O quê não é má ideia? - Maju questionou.

Levantei-me do banco, extasiada. Agarrei a bochecha da morena e dei um beijo demorado ali.

- Você é um anjo! - Exclamei, indo em direção a saída do ônibus.

- Onde ela vai? - Ouvi Maria Clara murmurar para Maju pelas minhas costas. Foi aí que percebi...

Eu estava em um ônibus em movimento, não daria para sair ainda. Voltei envergonhada para o assento, todas as poucas pessoas ali presentes ficaram observando o meu momento de loucura.

- O que foi isso? - Maju perguntou, rindo. Eu nem respondi, tinha muita coisa em que pensar... E eu já sabia exatamente quem iria me ajudar.

- Santiago, - Apoiei as mãos na carteira do ruivo para chamar sua atenção. Ele estava virado para trás, conversando. - preciso falar com você antes da aula começar. - Ele me analisou de cima a baixo.

- Pode falar. - Tinha um sorriso irritante e convencido nos lábios.

- Lá fora. - Apontei e segui para fora da classe sem esperá-lo, eu sabia que ele iria atrás.

- O que foi? - Perguntou, mais sério, assim que me alcançou.

- Preciso da chave do teatro.

- Quê? - Perguntou, surpreso, voltando a dar aquele mesmo sorriso de antes. - E o que eu tenho a ver com isso? - Pausou. - Não querendo ser grosso, mas... - Deu de ombros. - Eu não tenho a chave.

GAROTA ENCONTRA GAROTAOnde histórias criam vida. Descubra agora