Capítulo 6

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Milena narrando :

Larissa chega junto com Gustavo com uma sacola e me diz toda sorridente :

— Vamos sair!

Não sou muito de festa sabe , meu irmão já me levou em uma , acabei me "viciando" em festas e bebidas, fumava , e sempre voltava acabada, torcia para meu pai estar bêbado o suficiente para não perceber minha ausência e meu cheiro de álcool.

Mas tinha dia que ele não estava tão bêbado,  então ele percebia que não estava e o meu pobre irmão apanhava por minha conta.
Ou meu pai vinha pra cima de mim ao notar meu estado quando voltava.

Ou seja, festas, em sua maioria, são para distrações. Tudo volta no dia seguinte, às vezes volta até pior.

—  Ei!Milena , terra chamando —Lari diz me despertando.

— Ah , Lari , pensei que íamos assistir alguma coisa... Sei lá.
Murmuro com todos me julgando.

— Por favor , vamos! É o primeiro dia de aula e os estudantes sabem dar festas.  Precisamos ir porque em breve vamos ficar atolados em estudos e sem tempo

— Não tenho roup...— Começo mas ela me interrompe ao mexer em uma bolsa que devia estar pesada.

—Eu trouxe para você

Na verdade eu tinha , mas não queria ir , como a Lari é minha mais nova amiga decido fazer isso por ela , Ela me puxa para eu trocar de roupa e , no entanto, ela me trouxe uma roupa sem manga , ou seja , mostra hematomas e meu horroroso corte. Quando ela me vê tampa o rosto com a mão e seus olhos marejam.

— O que foi isso? —  ela pergunta baixinho .

— Me empresta esse vestido preto porque ele esconde melhor — Ela concorda e eu me visto,  passo perfume , penteio o cabelo e  Larissa passa uma maquiagem bem leve.

— Então... — ela me pressiona

— Na volta por favor,  não importa a hora , eu te conto tudo — Digo a ela , acho que já está na hora de contar para alguém mesmo, desabafar,  só meu irmão sabia o que eu passava. Afasto as memórias ruins e espero Larissa se arrumar,  eu estou vestindo um vestido preto justo e um salto também preto.

Larissa aparece e está linda , seus cabelos ruivos lisos se destacam com o vestido verde tubinho.

Gustavo coça a nuca e diz hesitante:

— Vocês vão dar pra trabalho —

Gabriel se juntou à Gustavo,  os dois estavam lindos ,como semprechamamos os dois e vamos para o carro de Gustavo. Larissa vai na frente e fica eu e Gabriel juntinhos , pois estamos levando Aldjma.
Por mais estranho que pareça, esse é o nome da caixa de isopor e eu não sei se quero saber quais foram as circunstâncias que os fizeram pensar nisso.

Enfim,  uma caixa com todo tipo de bebida alcoólica e consequentemente fico apertada com ele. , fazendo meu braço doer merda , devia ter tomado algum analgésico.
Gabriel deve ter percebido minha careta de dor e diz:

— Você não tomou analgésico né, esquenta não,  Álcool tem o mesmos efeito. Até melhor.
Ele diz com um sorriso cínico que o deixa lindo , reviro os olhos e me repreendo por pensar assim.

Quando chegamos , observo o ambiente todo turvo de fumaça, música absurdamente , bebida para todo lado. Eu sou uma ótima amiga .Vou entrando e Gabriel sussurra em meu ouvido para não me afastar demais e para ficar perto de Larissa, ele chega tão perto que eu arrepio um pouco.

A Perfeitinha... (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora