* Luka Narrando *
Deve ter uns 2 meses que aconteceu aquele rolo na lanchonete e desde então não a vejo a Mille.
Nem lá em casa ou andando por aí, as vezes espreito de longe o horário da entrada ou saída da escola mais é lance rápido, ela vive na correria e quase não para mais por aki, minha irmã falou que ela tá fazendo uns cursos doido aí no asfalto.
Nesse tempo é óbvio que tô pegando umas minas por aí, afinal sou homem porra e não nego fogo mas agora só um pouco mais seleto e mais discreto não quero ninguém explainando meus rolos ou vida por aí...
Pra essas Marias Fifi aumentar as coisas é dois pulo e pra desfazer mal entendido é foda, tenho que da lição em frente dos moradores e na moral tenho coisas mais importante pra desenrolar e resolver pro meu morro do que gente fofoqueira neh.
[...]
Já tá tarde, tô finalizando uns assuntos na boca pra fazer uns corres atrasados pra colocar a ideia que tive em prática.
To no pique loco correndo atrás do que preciso pra mostrar pra Mille que eu tô amarradam na dela, o 1° item foi pica pra desenrolar mais depois de rodar muito achei o que precisava e depois ficou bem mais sussa pra dar andamento na parada... Esse é um segredo meu, ninguém além de mim e um funcionário tá sabendo sobre o assunto, quero fazer tudo na maciota pra não ter B.O.
Finalizo o que preciso, pego minhas coisas a chave da moto e sigo meu caminho, claro que tô sendo acompanhado pela minha equipe de segurança o cabeça é o Lipe meu amigo de longa data e que teve comigo em grandes momentos eu queria que ele assumisse uma das bocas como o DG e Menor que também fecham 10/10 na minha caminhada, mas ele gosta da adrenalina de estar no corre dia a dia e não de ficar atrás da mesa resolvendo problemas e fazendo cálculos.... ele é estilo kamikaze
Na metade do caminho me dá um negócio e sinto que to sendo vigiado, resolvo olhar pro lado na direção de uma viela e logo vejo um corpo, paro na hora puto da vida e logo o meu bonde para também
Luka: Caralho, quantas vezes já falei pra cuidar pra esses viciados não ficarem jogados pelo meu morro.... Isso desmoraliza com os moradores porra!
Lipe: Amanhã dou um jeito com os muleke que fica fazendo esse serviço, por conta da hora eles já meteram o pé pra casa faz tempo.
Luka: Faz favor, pega e põem pra lá da entrada, se uso e não aguento o problema não é meu lá ligado!
O Lipe segue com mais 2 pra pegar a pessoa é dar um jeito na situação.
Lipe: Caralho! Que merda é essa? Falou pasmo
Vapor: Menina tão nova já nessa vida?
Eles viram a pessoa e Lipe grita - Chega mais Luka tu vai quere vê isso!
Luka: Tá loco? O que eu tenho haver com isso?
Lipe: Não tenho certeza, mais ela parece muito aquela amiga da sua irmã!
Mille? Como assim? Ela não usa droga, porque está joga aí? Antes de mais perguntas surgirem na minha cabeça, sigo em direção a eles e me abaixo pra observar
Luka: Puta que pariu! Mille fala comigo? Falo tocando em seu rosto todo machucado e cheio de sangue.
Na hora chamo no radio e peço pra um dos vapores trazer meu carro, ele não demora muito, coloco ela no banco de trás e vazo pro postinho
[...]
Luka: Alguém ajuda por favor? Entro geitando com ela desmaiada em meus braços.
Parece que não acontece nada, pois ninguém se mexe, então grito
Luka: CADÊ O MÉDICO DESSA MERDA?
VOCÊS DEVEM SABER QUEM SOU ENTÃO ELE TEM 10 SEGUNDOS PRA TÁ NA MINHA FRENTE ATENDENDO ELA OU NÃO GARANTO QUE ELE OU VOCÊS SAIAM VIVO DESSA PORRA HOJE! - todos me olham assustado e rapidamente chegam com maca e o médico pra fazer os 1°atendimentos .... Coloco ela na maca e eles seguem pra uma área restrita por ser emergencia.Tô pilhado tentando entender o que aconteceu, a mina é na dela que merda... o que me deixa mais puto é saber que aconteceu no meu morro! Em baixo do meu nariz, mais é certo que isso não vai ficar assim...
Luka: Lipe chega aí!
Lipe vem ligeiro.
Luka: Seguinte, quero que desenrole o que aconteceu. No meu morro ninguém apronta e fica impune tu tá ligado...
Ele confirma com a cabeça e já sai a milhão com fone na mão tentando desenrolar o assunto. Quando vi o telefone dele que lembrei, merda esqueci de avisar a madrinha dela e minha irmã...
Então chamo um dos vapores e mando ir na casa dela avisar a Bell e pra passar em casa e avisar minha irmã falando pra elas vir pra cá sem adiantar o assunto, ele escuta tudo com atenção e sai assim que autorizo.
Não tô afim de sair daki tão cedo, se bobear só saiu quando ela acordar e me mandar eu vaza.
A tia dela chega e minha irmã também, ambas sem entender nada... Explico o que aconteceu e elas começam a chorar por medo do pior, ficamos nos 3 esperando notícias.
[...]
Umas 3 horas depois o médico surge pela porta que entrou com ela
Doutor: Parentes de Camille?
Todos: Aqui!! Nos levantamos e vamos até ele.
Doutor: Fizemos o que podíamos. O estado dela é grave, vários machucados, ossos quebrados e sangue perdido. Agora temos que aguardar pra ver se ela reage - vira e sai andando.
Ficamos nos entre olhando sem saber o que pensar, apenas fazer rezar e pedir um milagre.
Entramos em um acordo e montamos um rodízio pra ficar com ela, ninguém se cansa dessa maneira.
Eu fiquei com os turnos da noite, assim descanso de manhã e trabalho na parte da tarde antes de subir pro posto.
Ela ficou apagada por 4 dias e 3 noites, nesse tempo estive aqui ou ligando querendo notícias... quando minha irmã avisou que ela tinha acordado fiquei mega feliz, mas não fui mais ao posto, como estávamos brigados achei que ela não gostaria.
Nem quando ela teve alto e foi pra casa eu fui fazer uma visita, ela não ia querer me receber estando tão brava comigo...
Até conversei com a madrinha dela e mimha irmã que achava melhor ela nem saber que eu achei ela naquele estado, socorri e que tive no hospital com elas, na certa ela não ficaria muito feliz com isso. Espero que elas cumpram!
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Caminhos Cruzados
Romance"Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão." - Chico Xavier Ela: Jovem meiga, ingenua, feliz que ve sua vida mudar repentinamente... e passa a acreditar que na vida tudo tem um porque e que nada é p...