45. Grr

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- Meu Deus! - Haven se senta ao lado de Jay.

- Você está gravida?! - Jay olha pra Victoria. Desço as escadas correndo, mas todos estavam chocados demais para notar minha presença.

- Victoria me diz que isso não é uma daquelas brincadeiras de você?! - Haven fecha os olhos falando lentamente.

- Mãe! - Ela responde chorando.

- Jay eu acho que estou passando mal! - Haven reclama. Eu corro até a cozinha buscando um copo de água, entregando à Haven.

- Ellora, me diz oque esta acontecendo aqui?- Jay olha para mim, apenas me calo olhando para baixo. - E quem é o pai? - Ele olha para Victoria, e ela olha para Ryan. - Meu Deus...

- Uma criança! Uma criança grávida, vocês sabem a intensidade disso? - Haven levanta. - Oque se passa na cabeça de vocês?

- Você nunca mais chegue perto da minha filha! - Jay levanta e diz olhando para Ryan.

- Eu sou o pai do seu novo netinho, querendo o Senhor ou não, eu vou estar presente na vida da sua filha, eu vou assumir minha responsabilidade como homem, não sou um moleque como o Senhor pensa!

- Saia da minha casa agora! - Jay aponta para a porta, Ryan encara Jay e depois olha para Victoria chorando e sai.

O silêncio toma conta daquele sala, todos estavam em choque. Victoria estava se acalmando, quando Haven estava se desesperando.

- Grávida? e de um menino que nem conhece direito! - Ela coloca a mão na cabeça parecendo completamente perdida.

- Eu vou subir, preciso de um tempo pra tentar raciocinar isso.- Jay sobe as escadas lentamente.

- Ellora, você sabia disso? - Haven olha pra mim.

- Haven, eu... - Olho para Victoria.

- Eu não acredito que você não me contou nada! - Ela ri desesperada.

- Eu não tinha certeza, não iria criar um tumulto sem ao menos ter certeza.

- Você é cúmplice disso, por me esconder a verdade e não vigiar a sua irmã como deveria fazer! - Haven vira de costas.

- Eu sou cúmplice disso? - Repito suas palavras sem acreditar no que havia escutado. - Victoria não é minha filha, seu dever como mãe é tomar conta dela, não eu! Me desculpa se eu não fiz seu papel direiro! - Subo às escadas.

- Com quem você acha que esta falando? Eu peguei você para criar, me agradeça! Pois é o mínimo que deveria fazer.

- Me desculpa por ser um peso pra você! - Grito da escada, vou até meu quarto batendo a porta.

Não queria mais ficar naquela casa, pelo menos não naquela noite. Olho ao redor vendo oque eu poderia fazer, olho minha mochila em cima da cama, jogo os cadernos da escola no chão. Vou até o guarda roupas colocando algumas peças de roupas, pego um dinheiro dentro da minha carteira colocando dentro da mochila. Coloco a mochila nas costas e desço novamente para baixo, Haven estava falando com Victoria olho para ao redor da sala atrás de Ryan, mas parecia que ele havia ido embora.

- Onde pensa que vai? - Haven olha para mim.

- Parar de ser um peso na sua vida! - Digo saindo até a varanda. Paro na porta e olha para Victoria. - Se precisar de mim me liga. - Continuo o meu caminho, no qual era indefinido. Não sabia pra onde estava indo, apenas queria ficar longe dali. Ando rapidamente tentando me afastar o mais rápido possível de casa, eu sabia que aquela situação só iria piorar e eu não queria ta lá quando ela se agravar.

Ja estava longe de casa, paro e sento no banco de uma praça. Havia pouca iluminação ali, estava ventando e tudo deserto. Estava morrendo de medo, mas era o único lugar que tinha sossego, pego meu celular que estava indicado onze e meia. Coloco ele no bolso do meu moletom, e olho para rua deserta, não sabia onde iria dormir, não sabia onde iria ficar. Me sinto totalmente perdida e sozinha, relembrando o velho sentimento de quando era criança. Oque eu mais temia, estava sozinha sem ninguém do meu lado como eu era antigamente. Fico com medo, e começo a chorar. Não tinha ninguém!

Escuto um barulho de carro, fico com muito mais medo. Tento procurar da onde ele vinha, finalmente o acho quando ele para na minha frente, seco meu rosto encarando o carro. O vidro se abaixa quase me matando de tanta tensão

- Oque uma moça tão bonita faz sozinha aqui? - Um cara de meia idade aparentemente me pergunta. O encaro, mas não o respondo. - Não quer entrar? Eu te levo pra casa.

- Eu nem te conheço. - Fecho a cara.

- Eu não mordo, a não ser se você quiser... - Seu sorriso amarelo me assusta. - Vamos entre!

- Vai embora, eu vou chamar a polícia! - Tiro meu celular do bolso, discando o número. O cara levanta o vidro indo embora.

Olho o carro ate ele sumir de vista, corro dali. Novamente estava andando sem rumo, pego meu celular e vou passando meus contatos para ver quem eu poderia pedir ajuda. Olho o contato de Nina, e penso duas vezes. Não éramos tão próximas para isso, não queria incomodar como sempre faço. Vou passando os outros contatos e dizendo "não" para cada um deles. Olho o contato de Justin, penso e repenso. Não iria ser uma ótima ideia, mas talvez ele esteja me devendo uma depois que eu deixei ele dormir em casa.
Olho as horas indicando meia noite e meia, ele deveria estar dormindo. Iria incomodar novamente, recuso a ideia de pedir ajuda para ele. Decido que a melhor decisão era voltar para casa, fui tão burra de pensar que poderia me virar sozinha.
Depois de uma longa caminhada, vou chegando em casa na qual se encontrava toda apagada. Olho para a casa, e repenso na ideia de voltar naquele lugar tóxico que estava sendo. Olho para a casa de Justin, sem pensar tomo coragem de tocar a campainha dele. Fico alguns minutos esperando, penso em ir embora quando vejo a luz se acendendo.

- Oque você ta fazendo aqui a uma hora da manhã ? - Justin com voz de sono abre a porta, ele lutava para enxergar. Me sinto totalmente perdida, e acabo me desmoronando. Abraço Justin em busca de consolo. Ele fecha a porta me abraçando de volta.

Criminal Family - Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora