Capitulo 59- Eu te amo!

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                                                                                    <Play Music>

Lauren Jauregui P.O.V 

O mundo estava em câmera lenta, eu via pessoas correndo desesperadas de encontro aos agentes que também estavam desesperados. Até parece que nunca viram uma pessoa com uma cabeça estourada.

Mas depois eu fui perceber que eles estavam desesperados por outra coisa. Era por outra causa. Foi aí que a ficha caiu, Camila estava baleada no chão. Meu amor, minha vida, estaca no chão com o corpo inteiro perfurado por balas. Me aproximei rapidamente dela e havia dois corpos ao lado dela, um já sem vida, e o outro ainda respirava com dificuldade.

— Filha.-Alejandro grita desesperado por Camila, nunca vi meu chefe tão frágil como está agora. — Meu Deus, alguém ajuda aqui.-Seus gritos eram altos e estridentes, era compreensível, afinal ele era pai dela, e ver o corpo da filha quase sem vida no chão, deve ser muito doloroso.

Mas a minha dor, a minha dor ela era incompreensível, nunca sentindo antes por mim, era a dor do arrependimento. Olho para Camila e a vejo respirando com dificuldade, sua roupa estava ensopada de sangue, ela estava muito machucada, e as balas pareciam ter atingido ao seu corpo inteiro pela quantidade de sangue que ela perdia.

— Camz?-A chamei me ajoelhando ao seu lado, ela tentou abrir os olhos, mas acabou fracassando. Me desesperei mais ainda. — Camila?-Bate em sua face para ver se acordar-la e nada.

— Eu quero dois homens aqui, seus bandos de inúteis, cadê os paramédicos?-Alejandro gritava com um agente que estava acanhado e com medo da reação do chefe.

— Desculpe, senhor, a situação lá fora está horrível, tem muita gente ferida para poucos paramédicos.-Escuto a conversa e me ponho a chorar.

— Mais que droga, Camz! Você vai tinha que quebrar todas as minhas barreiras?-Sussurro perto ao seu rosto, eu já não me importava mais com nada, meu orgulho pareceu ser uma besteria para mim agora.

As lembranças, os toques, os beijos, às vezes que transamos loucamente, seus olhos apaixonados olhando para mim. Tudo, eu amo cada parte dela, tudo, ela é o meu tudo.

— Eu te amo.-As palavras saíram sem querer, mas o sentimento que eu transmitia não era sem querer. Foi aleatória, mas foi verdadeiro. — Eu te amo, Camz.-Falo mais alto para ela ouvir. — Não me deixe agora, eu te amo, não era isso que você tanto queria ouvir? Pronto! Agora não me deixe depois de ter feito isso, por favor.-Meu corpo inteiro convulsionava com o choro forte e arrebatador, minha garganta estava começando a arder de tanto ter gritado. 

— Afastam-se, precisamos socorrer ela, senhorita.-Não o obedeci e continuei ali ao lado dela. Senti braços fortes ao redor da minha cintura e me puxando para longe dela.

— Não, me larguem, eu quero a minha Camz, me larguem.-Comecei a grita com todo ar dos meus pulmões e me debater nos braços do homem.

—Calma, Lauren, ela vai ficar bem.-Vejo Lucy dizer tentando me acalmar, mas a única que eu conseguia pensar fui o quanto minha insegurança me privou de algo, me privou de viver melhor e de aproveita-la melhor. — Droga! Eu me odeio, eu amo a minha Camila, e agora ela não sabe.-falei entre soluços, parei de me debater e espernear nos braços do homem, ele me soltou um pouco relutante, assim que senti me corpo liberto, minhas pernas falharam, só não cair porque as meninas me apanharam.

—Estão ajudando ela, vai ficar tudo bem.-Dinah me abraça, seguro forte em seu braço e me deixo desabar vendo o amor da minha vida sendo levado por um bando de gente desconhecida para a ambulância.

—Eu vou com ela.-Digo me levantando dos braços da Dinah e correndo atrás dos paramédicos, não sei de onde eu tirei tanto folego, mas eu ainda os acompanhei a tempo de entrar na ambulância.

Mas um aperto em meu braço me faz para no meio do caminho. Olho com raiva para a pessoa, e relaxando ao ver que era o meu sogro.

—Lauren, mantenha a calma, os médicos disseram que o caso dela é grave e precisa de um certo cuidado.-Me senti sem chão, sem ar, sem vida. Por uma base de tempo, eu fui a outro mundo e voltei.

Ela não pode fazer isso comigo, não agora.

— Me larga.-Disse entre dentes.

—Lauren.-Ele me olhava com pena, sentia que ele estava sentindo o mesmo que eu. Mas não tenho tempo para isso agora.

—Eu a amo, Alejandro. Eu estou vendo levarem o amor da minha vida e não posso fazer nada para ajudar, além de ter demorado tempo demais para descobrir, eu não posso viver sem ela, não mais. Então, ou o senhor me solta agora, ou eu faço um escândalo enorme.-Esbravejo olhando em seus olhos.

Ele pareceu surpreso com minhas palavras, em todos esses anos eu nunca tinha falado dessa maneira com ele, mas a ocasião pediu.

Ao sentir livre do aperto eu corri para o local da Ambulância a vendo ainda ali, mas já de portas fechadas. Bati desesperadamente na porta pedindo para abrir, minha voz já estava falhando quando abriram a porta da ambulância, eu pulei para dentro sendo impedida por um dos paramédicos.

— Desculpe, só pode entrar familiares.-Que vontade de te dá um chute. 

— Eu sou a namorada dela, agora, me larga.-Digo já em meu limite, parece que todos os hoje tiraram o dia para me agarrar, que ódio.

Ele fez o que pedi mesmo contrariado. Corri para sentar ao lado da Camz, vendo ela sendo atendida, ela já estava com um aparelho de ajuda respiratória,ela também estava ligado ao aparelho que verificava sua frequência cardíaca, dois homens limpando os locais dos tiros e tentando estancar o sangue, coisa que parecia ser quase impossível, pois ela estava com muitos ferimentos e todos sangravam muito.

—Ela está perdendo muito sangue.-Um deles dizia enquanto fazia pressão no ferimento em seu peito. Meus olhos já estavam cobertos por lagrimas, minha garganta estava seca, minhas pernas não tinham mais forças, eu estava ali só o corpo, mas minha alma, coração e mente estavam em outro lugar, estava viajando em memórias, em momentos, era tudo que eu tinha para me confortar no momento, que a gente pudesse viver mais, muitos mais delas.

— Estamos a perdendo.-Minha mente não raciocinava essas palavras direito. Parecia tudo muito fictício, eu não estava acreditando,até que escute os barulhos da maquina apitando em sequência.

Os paramédicos andavam apressados e desesperados pela ambulância.

-Vamos fazer massagem cardíaca.-O que estava a frente fala, e logo os outros fizeram todo procedimento.

— No já! Um, dois,Já.-O primeiro choque foi dado, o corpo da Camila se impulsionou e voltou a cama. Nada. — Mais uma vez.-Outra vez,e nada. — Mais uma.-O médico grita, todos estavam torcendo para que a massagem surtisse efeito, os médicos já tinham seus corpos e testas molhados pelo suor do esforço. —Vamos mais uma.-E mais uma vez, nada aconteceu.

Meu coração parecia querer sair do peito de tão rápido que ela batia, minhas mãos e meu corpo inteiro estava dormente, a única coisa que eu sabia fazer era chorar e segurar a mão da minha Camz.

—Volta para mim amor, eu preciso de você.-Abaixo minha cabeça e faço uma oração, eu nunca fui religiosa, mas na hora do desespero.

CONTINUA>>>>>>>

Notas Finais

Cheguei gente,boa noite,e ai gostaram?Estamos em reta final já,amanhã é o 60,ou seja,falta só mais 2 capítulos fora o de amanhã para acabar.Espero que estejam curtindo esse final de Fic.


Testando Limites[Revisada]Onde histórias criam vida. Descubra agora