Capítulo 12

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Mode Justin on*

Acordei tão alegre. Nem precisou de minha mãe ter o trabalho de me acordar. Eu acordei antes do despertador. Tomei um banho quente e troquei de roupa, desci correndo e tomei meu café, dei tchau para minha mãe e vazei. Queria logo ver a Angel. Peguei a Range Rover e fui direto para a escola.

Chegando lá, vi o mesmo carro que a mãe da Angel, a Rachel, estava quando ela veio buscar a Carly. Uma BMW cinza. E eu vi a Angel no banco da frente. Bem, vamos entrar juntos na escola.

O carro parou na frente da West High e estacionei logo atrás. Angel desceu com os seus cadernos e peguei minha mochila correndo, tentando alcançá-la.

- Angel! – gritei.

Ela procurou de onde veio o som e me avistou, parando onde estava e com um sorriso no rosto.

- Você que ajuda? São muitos cadernos...

- Ah, obrigada Biebs, mas eu consigo carregar sozinha. Obrigada mesmo.

“Modesta”, pensei.

- Tem certeza? Eles parecem ser pesados.

- Que nada, já me acostumei.

Enquanto isso, nós íamos entrando juntos. Os olhares eram voltados a nós dois. Angela parecia não ligar, acho que ela nem reparou nisso.

- Ah não, não vou deixar você carregar tudo isso sozinha.

Peguei um pouco de seus cadernos e ela me olhou brava, mas com um sorriso gentil no rosto.

- Você é insistente.

- Todos dizem isso.

Angel riu de mim e quase morri derretido. A risada dela é gostosa demais. O sinal tocou e ela pegou os livros de volta, me deu um beijo em minha bochecha como agradecimento e foi para sua sala. Se eu morri? Sim ou claro?

Entrei na minha sala e, vi Chaz e Ryan. Aqueles cornos não me avisam que vão chegar de

viagem.

- Aye Bieber! – gritou Ryan.

- Hey Ryan. Pegaram muitas vadias em Miami?

- Só o Chaz. Você sabe que eu não faço isso.

- É JB, ele só fica pensando nessa tal de Hayley. Ela nem é bonita.

- Deixa ele.

- Ah, eu te vi “ajudando” uma gostosa no corredor, quem é a garota? – ele fez aspas no “ajudando” com os dedos e me cutucou com o ombro.  

- Não chama ela assim Chaz, por favor.

Chaz me olhou confuso e pegou em minha testa, parecendo ver minha temperatura.

- Você tá doente?

- Não. E é sério cara, não chama a Angel assim.

- Nossa, vai dar uma de amiguinho agora?

- Senhores Butler, Bieber e Somers, sentem-se agora. – disse o professor de Álgebra, o famoso Carter.

- Depois eu te conto toda a história.

- Ok.

Sinceramente, eu quase soquei o Chaz quando ele chamou a Angel daquele jeito. Ele não tinha o direito. E nem terá.

Mode Angel on*

Não acredito que ele fez isso. Bem que o David disse que ele só falava para xavecar as garotas. Sorri ao pensar isso e olhei para o professor Harold, tentando não ser flagrada com os pensamentos longe.

(...)

O último sinal do dia tocou. Eu estava ansiosa para saber se era mesmo o Justin que tinha me mandado aquela mensagem ontem e, daqui alguns minutos eu confirmaria isso.

Despedi-me da Jenny e do David e sentei no chafariz, conforme indicava a mensagem. Enquanto isso, peguei meu livro e comecei a ler. Nem vi o tempo passar. A história da Janie te prende. Até que senti alguém pegar em meu ombro. Sorri ao ver Justin, praticamente envergonhado ao sentar do meu lado.

- Oi de novo, Angel.

- Sabia que era você.

- Nossa, eu deixei tão na cara assim?

- Não, mas eu tinha um pressentimento que fosse você.

Sorri para ele e Biebs olhou para a multidão a nossa frente. Ele sorriu também.

- Então... o que você queria me falar? – disse enquanto fechava meu livro.

- É... você gostaria de sair comigo hoje à tarde?

Sorri gentilmente e olhei para o chafariz, que já estava quase cheio. Ele me chamando pra sair. Eu devo estar sonhando.

- Justin, eu... eu não posso. Eu vou ajudar a Sra. Stubin hoje. Desculpa.

- Hm, tudo bem. E amanhã?

“Outra vez, super insistente”.

- Eu tenho que estudar...

Ele olhou outra vez para a multidão e molhei meus lábios.

- Mas, quem sabe outro dia? – disse.

As palavras escaparam de minha boca sem que eu quisesse. Malditas palavras.

- Ah, seria ótimo! – disse ele, mais entusiasmado.

Justin me olhou outra vez e nossos olhares se encontraram. Ambos sorrimos e abaixei minha cabeça, envergonhada.

- Você quer uma carona? Eu te levo se quiser.

- Ah, minha mãe já está vindo. Mesmo assim, obrigada.

- De nada Angel.

A voz dele soava docemente ao pronunciar meu apelido. Um sorriso surgiu no rosto dele e mordi meus lábios. Ele foi meigo. Parece que debaixo desse rapaz mulherengo e durão deve sim haver um homem doce e gentil. Mas é só uma hipótese. 

Little Angel- 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora