Capítulo 38

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Mode Justin on*

Ao vê-la naquele estado choroso, a única coisa que consegui fazer foi abraçá-la e oferecer um ombro amigo. Não entendia o motivo do choro, mas vou deixá-la desabafar em lágrimas, primeiro.

Tirando isso, nossa tarde foi perfeita. Desde quando a busquei na sua casa, vendo-a sentada na sua cadeira azul-escura e vendo sobre seu passado e de sua família. Depois, ao vê-la com aquela roupa romântica, me senti tão... abobado. Acho que até babei vendo minha boneca tão fofa, tão meiga.

E após meu treino, quando tinha terminado minha ducha, já vestindo minha camiseta, percebi o quanto ela ficou sem graça quando pedi sua ajuda. Sentir seu corpo perto ao meu era incrível, ainda mais vendo ela corada. Seus olhos estavam concentrados na minha camisa e, por um instante, em meus olhos. Até aqueles malditos nos interromperem.

Indo mais à frente, já em casa, quando minha mãe foi chamar meu irmão, que beijo foi aquele, senhor? Ela no meu colo, de saia. Pronto. Achei que minha cueca iria arrebentar ali mesmo. Até o palerma do Jason nos atrapalhar. Maldição. Achei que realizaria um dos meus sonhos hoje e esse babaca estraga.

Foi tão... fantástico aquele momento. Queria vivê-lo outra vez. Ter seu corpo de forma selvagem e gentil no meu. Eu sempre me controlei com a Angel, ainda mais por não conseguir ser um safado com ela, mas naquele momento, se o Jason não tivesse aparecido, não sei se teria ido adiante.

E depois, quando, sem querer, mencionei o Mackenzie High e as nerds gostosas – sem querer parecer mulherengo, mas em nenhuma escola que estudei ou joguei nas estaduais tinha nerds como aquelas. Ah, bons tempos. Três nerds em uma noite, eu parecia estar sonhando. Aqueles seios... Justin! Acorda rapaz! -, Angela havia ficado sentida – ou talvez fingiu estar sentida – e consegui dominá-la.

Quando a toquei, senti sua pele eriçar. Outra sensação incrível para um dia só. E quase a beijei novamente, porém, os rapazes me atrapalharam outra vez. Hoje é o dia das interrupções, fala sério.

Depois, aqui no parque. Eu acho que ela cumprimentou vinte pessoas – acho que foram vinte. Quem sabe não foram mais? - que passaram perto de nós. Sem contar nas crianças que a abraçavam nas pernas, já que elas nem esperavam Angela pegá-las no colo ou abaixar-se para abraçá-las. Ela é tão adorada por todos, sem exceção. Crianças, adolescentes, adultos e idosos. Até um bebê, que estava chorando, começou a sorrir quando a viu.

Parecia até bruxaria.

E paramos no agora. Angela respirava com dificuldade, suas mãos seguravam minha camisa e sua cabeça estava encostada em meu peitoral. Havia a posicionado de forma que ela ficasse entre minhas pernas, deixando nossos corpos mais próximos.

Olhei-a sem saber o que dizer e afaguei seus cabelos, o que a fez fechar os olhos. Queria poder saber por que ela chorava. Ela disse que estava com medo de tudo dar errado, mas o quê? Continuei acariciando seus cabelos e Angel me olhou nos olhos, aproximando seu rosto do meu.

Conseguia sentir sua respiração irregular em meu rosto ainda molhado devido o pranto. Ela tocou nossas testas, ainda olhando fundo nos meus olhos.

- Promete que ninguém vai estragar isso que estamos vivendo hoje?

Molhei meus lábios, assentindo – Prometo, meu amor. Faria tudo por você.

Angel esboçou um sorriso e sorri de volta.

- Mas, por que você ficou assim de repente? – perguntei, tirando uma mecha de cabelo que lhe cobria os olhos.

- Ontem, quando fui atender a campainha, não sabia que minha mãe tinha pedido pizza para o jantar e vi Dylan entregando pizza de pepperoni, e o recebi, é claro.

Little Angel- 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora