Capítulo 13

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Mas é só uma hipótese. Sorri ao pensar isso e o carro de minha mãe surgiu na frente da escola. Peguei minhas coisas e levantei, ficando na sua frente.

- Eu tenho que ir...

- Até segunda, Angel.

- Até.

Ambos sorrimos e me virei, andando até o carro. Entrei e fechei os olhos, praticamente maravilhada com o que acabara de acontecer. Acenei para ele e Justin acenou de volta. Minha mãe pisou forte no acelerador e deitei no banco, de olhos fechados.

- Ele te chamou para sair, não foi?   

- Como você sempre adivinha tudo?

Rimos juntas e suspirei.

- E você vai sair com ele?

- Eu não vou sair com ele.

- Eu não acredito. Você vai deixar de sair com um deus grego desse?

Ri de minha mãe e mordi meus lábios. “Se bem que ele é um deus grego mesmo”.

- Eu disse que não poderia sair hoje e nem amanhã, mas, que poderia outro dia.

- Ah, então você deu esperanças pra ele?

- Bem, eu acho que sim.

- Fazia tempo que não te via falando disso.

- Ah mãe, você sabe que o Liam me chateou muito.

- Mas já faz um ano.

- E ainda me chateia. Ele não devia ter feito aquilo comigo.

- Nós duas sabemos que ele é um canalha, minha filha. Mas, pense um pouco. O Bieber pode fazer bem pra você.

- Mãe, você deve ter bebido. Ele é jogador de basquete, sai com todas as meninas que quer e você fala que ele vai ser bom pra mim? O Liam era igual a ele!

- Só que o Liam era pior.

- Ah, vamos parar de falar nisso. Por favor.

- Tudo bem então.

Ficamos o resto do caminho até em casa em silêncio. Já em casa, escutei minha irmã dizer a minha mãe que o Jason viria aqui em casa. Sorri ao pensar isso. Provavelmente será o Justin que o trará aqui. E eu nem preciso apostar para que isso aconteça. Pena que eu não vou poder ficar para ver essa cena. Tenho que ir à casa da Sra. Stubin para ela me ensinar o final da sonata “Quasi Una Fantasia” de Beethoven.

Agora, estava terminando de ler meu livro. Já estava na página 134 quando vi que já eram 16hs. Coloquei meu tênis e desci correndo para a casa dela. Estava na calçada quando vi uma Range Rover dobrar a esquina e vir em direção a minha casa. Respirei fundo e abaixei minha cabeça. “Droga, é ele”, pensei. Atravessei a rua e a Range estacionou logo quando pisei na calçada à frente da casa da Sra. Stubin.

Minha hipótese estava certa. Era mesmo ele. O ignorei e toquei a campainha da casa dela. Sra. Stubin atendeu com uma cara desconfiada e viu que eu estava incomodada.

- É ele na frente da sua casa, não é?     

Mordi meus lábios e assenti nervosamente.

- Algo me dizia que isso iria acontecer hoje.

- O que?

- Você vai ver. Quer ir lá dar um olá para ele?

- Não.

- Por quê? Ele parece ser doce.

- Só parece.

Olhei para ele sobre meu ombro direito e o vi entrando em casa com Jason.

- Posso entrar, Sra. Stubin?

- Claro minha querida, entre.

Entrei e encostei-me a parede, colocando minhas mãos sobre meu rosto. Mordi os lábios novamente e senti-a tocar em meu ombro, me fazendo tirar minhas mãos de lá e a olhar.

- Não precisa ficar assim.

- Eu não sei o que deu em mim, Sra. Stubin.

- Isso se chama amor, Angela.

- Eu não acho que isso que está dizendo daria certo.

- Então, vamos esquecer essa história e vamos para o piano.

- Então tá.

Sra. Stubin me levou até seu piano e sentei na cadeirinha. O piano dela já era bem antigo. Uma relíquia. Ela tocava com o Charlie. Era lindo. Agora, ela só me ensina a tocar.

- Comece a música. – pediu ela.

Comecei a tocar e a melodia de Beethoven surgia na sala dela. Sempre gostei das músicas dele, mas como todo adolescente normal, eu escuto rock e pop. Simplesmente adoro rock, mesmo sendo “comportada”. Já se foram uns três minutos de música e parei onde tínhamos terminado na última aula.

- Você foi ótima, querida. Agora, aqui os papéis e tente tocar só a primeira linha.

Tentei tocar e ela sorriu, satisfeita.

- Outra vez.

Toquei novamente e ela tocou uma vez para me mostrar como era de verdade. Ela tocava perfeitamente. A música era esplêndida. Adoro piano.

(...)

- Bem... por hoje é só, Angela.

- Adorei o dia de hoje, Sra. Stubin.

- Eu também.  

A abracei e ela correspondeu o abraço.

- Espero que fique feliz.

- Com o que?

- Com o que vai acontecer daqui a pouco.

Olhei-a sem entender e Sra. Stubin foi me empurrando até a porta.

- Até segunda, querida.

- Até...

Sorri para ela e me virei para voltar para casa e, dei um tapa em minha testa quando vi que o carro de Justin ainda estava na frente de casa. Contei até dez enquanto atravessava a rua e abri a porta.

Little Angel- 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora