Mas é só uma hipótese. Sorri ao pensar isso e o carro de minha mãe surgiu na frente da escola. Peguei minhas coisas e levantei, ficando na sua frente.
- Eu tenho que ir...
- Até segunda, Angel.
- Até.
Ambos sorrimos e me virei, andando até o carro. Entrei e fechei os olhos, praticamente maravilhada com o que acabara de acontecer. Acenei para ele e Justin acenou de volta. Minha mãe pisou forte no acelerador e deitei no banco, de olhos fechados.
- Ele te chamou para sair, não foi?
- Como você sempre adivinha tudo?
Rimos juntas e suspirei.
- E você vai sair com ele?
- Eu não vou sair com ele.
- Eu não acredito. Você vai deixar de sair com um deus grego desse?
Ri de minha mãe e mordi meus lábios. “Se bem que ele é um deus grego mesmo”.
- Eu disse que não poderia sair hoje e nem amanhã, mas, que poderia outro dia.
- Ah, então você deu esperanças pra ele?
- Bem, eu acho que sim.
- Fazia tempo que não te via falando disso.
- Ah mãe, você sabe que o Liam me chateou muito.
- Mas já faz um ano.
- E ainda me chateia. Ele não devia ter feito aquilo comigo.
- Nós duas sabemos que ele é um canalha, minha filha. Mas, pense um pouco. O Bieber pode fazer bem pra você.
- Mãe, você deve ter bebido. Ele é jogador de basquete, sai com todas as meninas que quer e você fala que ele vai ser bom pra mim? O Liam era igual a ele!
- Só que o Liam era pior.
- Ah, vamos parar de falar nisso. Por favor.
- Tudo bem então.
Ficamos o resto do caminho até em casa em silêncio. Já em casa, escutei minha irmã dizer a minha mãe que o Jason viria aqui em casa. Sorri ao pensar isso. Provavelmente será o Justin que o trará aqui. E eu nem preciso apostar para que isso aconteça. Pena que eu não vou poder ficar para ver essa cena. Tenho que ir à casa da Sra. Stubin para ela me ensinar o final da sonata “Quasi Una Fantasia” de Beethoven.
Agora, estava terminando de ler meu livro. Já estava na página 134 quando vi que já eram 16hs. Coloquei meu tênis e desci correndo para a casa dela. Estava na calçada quando vi uma Range Rover dobrar a esquina e vir em direção a minha casa. Respirei fundo e abaixei minha cabeça. “Droga, é ele”, pensei. Atravessei a rua e a Range estacionou logo quando pisei na calçada à frente da casa da Sra. Stubin.
Minha hipótese estava certa. Era mesmo ele. O ignorei e toquei a campainha da casa dela. Sra. Stubin atendeu com uma cara desconfiada e viu que eu estava incomodada.
- É ele na frente da sua casa, não é?
Mordi meus lábios e assenti nervosamente.
- Algo me dizia que isso iria acontecer hoje.
- O que?
- Você vai ver. Quer ir lá dar um olá para ele?
- Não.
- Por quê? Ele parece ser doce.
- Só parece.
Olhei para ele sobre meu ombro direito e o vi entrando em casa com Jason.
- Posso entrar, Sra. Stubin?
- Claro minha querida, entre.
Entrei e encostei-me a parede, colocando minhas mãos sobre meu rosto. Mordi os lábios novamente e senti-a tocar em meu ombro, me fazendo tirar minhas mãos de lá e a olhar.
- Não precisa ficar assim.
- Eu não sei o que deu em mim, Sra. Stubin.
- Isso se chama amor, Angela.
- Eu não acho que isso que está dizendo daria certo.
- Então, vamos esquecer essa história e vamos para o piano.
- Então tá.
Sra. Stubin me levou até seu piano e sentei na cadeirinha. O piano dela já era bem antigo. Uma relíquia. Ela tocava com o Charlie. Era lindo. Agora, ela só me ensina a tocar.
- Comece a música. – pediu ela.
Comecei a tocar e a melodia de Beethoven surgia na sala dela. Sempre gostei das músicas dele, mas como todo adolescente normal, eu escuto rock e pop. Simplesmente adoro rock, mesmo sendo “comportada”. Já se foram uns três minutos de música e parei onde tínhamos terminado na última aula.
- Você foi ótima, querida. Agora, aqui os papéis e tente tocar só a primeira linha.
Tentei tocar e ela sorriu, satisfeita.
- Outra vez.
Toquei novamente e ela tocou uma vez para me mostrar como era de verdade. Ela tocava perfeitamente. A música era esplêndida. Adoro piano.
(...)
- Bem... por hoje é só, Angela.
- Adorei o dia de hoje, Sra. Stubin.
- Eu também.
A abracei e ela correspondeu o abraço.
- Espero que fique feliz.
- Com o que?
- Com o que vai acontecer daqui a pouco.
Olhei-a sem entender e Sra. Stubin foi me empurrando até a porta.
- Até segunda, querida.
- Até...
Sorri para ela e me virei para voltar para casa e, dei um tapa em minha testa quando vi que o carro de Justin ainda estava na frente de casa. Contei até dez enquanto atravessava a rua e abri a porta.
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Little Angel- 1ª Temporada
Fiksi PenggemarPS: Essa obra não é minha, eu apenas a reposto. Fanfic por: Giih Amorim todos os direitos reservados á ela. Estava deitada no meu quarto, outra vez com ele na cabeça. Depois do que aconteceu naquela tarde de quarta-feira, era como se a minha vida ti...