Capítulo 6

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Mode Justin on*

Estava deitado no sofá, quase dormindo, depois de um longo dia na escola. O treinador George pegou pesado. Além da Selena não parar de pegar no meu pé. “Ah Jus, para de ser chato!”. Aquela voz dela me irrita. Não acredito que consegui agüentar ela por um mês. Nem que consegui namorar ela por um mês. Suspirei cansado e escutei a campainha tocar.

- Jason, vai atender. – mandei.

- Eu estou fazendo os cartazes, Justin.

- Não importa, vai atender.

Ele continuou sentado no chão do mesmo jeito e gemi de raiva.

- Logo agora que voltou a passar Punk’d! – reclamei.

Fui até a porta e a abri. Senti meu coração acelerar. Tinha um anjo na minha porta. A garota era incrivelmente linda. Seus olhos cor de mel me deixaram hipnotizado. Aquele corpo, nossa senhora. O cabelo estava preso em um rabo alto e ela sorriu para mim, depois abaixou a cabeça. Percebi que ficou envergonhada.

- É... aqui é a casa do Jason?

A voz dela era como música. Literalmente um anjo.

- É sim. – achei que minha voz não iria sair.

- Eu vim deixar a minha irmãzinha aqui, ela veio fazer um trabalho...

- Jason! – gritei, interrompendo ela.

“Droga! Por que gritei? Ela deve ter pensado que eu sou um grosso!”

Meu irmão veio correndo e reparei na garotinha que estava ao lado dela. Era parecida com a irmã. Jason sorriu ao vê-la e lembrei que ele não parava de falar de uma garota... acho que deve ser ela.

- Vem Carly, eu já fiz um pouco das pesquisas. – disse ele, puxando a menina para dentro.

- Tá bom.

Carly foi correndo atrás de Jason e sentaram no chão em volta dos cartazes. Voltei minha atenção a ela. Seu sorriso era lindo. Sua boca era muito convidativa.

- Bem... missão cumprida. – disse ela, interrompendo meus pensamentos.

- Por que não entra? – perguntei – Minha mãe acabou de fazer brownies.

- Ah, eu tenho que...

- Por favor.

“Agora eu pareci muito desesperado, merda.”

Ela me olhou sorrindo e assentiu, tranquila.

- Tudo bem, eu fico.

Saí do seu caminho e a deixei entrar. A garota parecia observar o ambiente. Suspirei em meu pensamento ao ver aquelas curvas. Era um corpo... perfeito. Será que é silicone? Nenhuma das meninas que eu conheço tem tanto conteúdo como ela. Cocei minha cabeça e ouvi minha mãe a chamar.

- Olá querida! Como é seu nome? – perguntou.

“Também queria saber”, pensei.

- Angela. Eu sou a irmã mais velha da Carly.

- Ah sim.

- E, como é o nome da família de vocês?

- Nós somos os Bieber’s.

“Quem sabe ela se interessa agora?”

- Ah, legal...

- Venha Angela, sente aqui. – chamou minha mãe.

“Só falta ela falar besteira demais”.

Angela andou pela casa. Ela tinha um andar diferente. Era sexy. Vi seu sorriso surgir novamente quando ela olhou para meu irmão e a irmã dela fazendo os cartazes. Segui-a e entrei na cozinha atrás dela. Angela sentou-se à mesa e sentei ao lado de minha mãe.

- Onde você estuda, querida?

- Na mesma escola que eu, mãe. – respondi, me ajeitando na cadeira.

- É... – disse ela, meio envergonhada.

Sei lá. Angela é diferente. Não é como as outras. Ela tem algo de especial. Não sei o que. Ainda.

- Que legal! E você está em que série?

- No 10º ano, Sra. Bieber.

Nenhuma das garotas que vem aqui chamam a minha mãe assim. Só de sogrinha ou algo do gênero. Isso é estranho. Muito estranho.

- Ah, e o meu Justin está no 12º.

“Droga, não era pra ela saber meu nome”, pensei.

- Deve ser legal estar no último ano, Justin. – disse ela, sorrindo para mim.

Assenti, envergonhado. Ela é inocente demais! Como ela consegue ser assim, santinha?

- Quer um brownie, querida? – disse minha mãe, olhando Angela como se ela fosse a pessoa mais querida do mundo.

“Se bem que ela parece ser isso”.

- Quero sim, Sra. Bieber. E pode me chamar de Angel.

- Claro! – disse ela, sorrindo.

É claro que Angela não deixaria de sorrir de volta. Bem que ela merece o apelido que tem: Angel. Só de vê-la, já achei que era uma anja sem asas. Quero dizer, com suas asas escondidas.

- E você pode me chamar de Pattie, Angel.

Angela sorriu para minha mãe, assentindo gentilmente. – Tudo bem, Pattie.

Minha mãe pegou um prato de papel e colocou um brownie pra ela. E um pra mim também. Angel o comeu em silêncio, como se não quisesse incomodar ninguém. Também comi o meu, sem tirar os olhos dessa anja.

Ela me deixa hipnotizado. Simplesmente hipnotizado com sua beleza. Angela terminou de comer e deixou seu prato de lado. Ficou cabisbaixa por um momento e olhou para minha mãe, que estava mexendo com as panelas.

- É... Pattie, eu tenho que ir.

- Ah não querida, está cedo! – disse minha mãe.

Eu também não queria que ela fosse. A presença dela muda até o ar. Escutei atento à conversa, tentando não esquecer-me da voz dela. 

- Eu tenho que ajudar a Sra. Stubin hoje. Eu vou ao mercado com ela, aliás, ela deve estar me esperando.

- Tudo bem então, Angel. Mas, volte sempre! Adorei te conhecer.

- Que isso, eu que adorei conhecer você.

Angel andou até a pia e abraçou minha mãe com um largo sorriso no rosto. Eu também levantei, mas sabia que ela não iria me abraçar. Fiquei olhando para o chão enquanto elas se despediam.

- Justin querido, vá abrir a porta para a Angela.

Andei até a porta e ela me seguia, logo atrás de mim. Abri a porta e a deixei passar. Angela me olhou sorridente e mordeu os lábios.

- Até mais, Justin.

- Até.

Sorri para ela e Angela também sorriu. Ela saiu da varanda e foi para a calçada. Não consegui fechar a porta. Queria vê-la pela última vez. Ligeiramente, ela deu uma olhada rápida para ver se eu tinha saído, e eu ainda estava lá, a admirando. Logo, ela virou a esquina e não consegui mais a ver. Fechei a porta e andei até a cozinha.

- Adorei essa garota! Ela é tão gentil!

- Também achei. – respondi.

Little Angel- 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora