I MEANT TO HURT YOU

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{OLHA ESSE NENÊ QUE COISA MAIS LINDA}

PETER

Ela se enrola nas palavras enquanto seus dedos brincam com a ponta dos cabelos, parece não querer olhar pra mim, como se fosse algo difícil, o que me deixa bem triste, na verdade. Quero muito pensar que não, mas parece que ela está tentando me dar um fora.

-Eu não quero que pense que eu estou me aproveitando de você, porque eu não estou. Ontem foi incrível e tudo mais, mas…

"Mas". Eu odeio essa palavra e qualquer motivo que vier acompanhado com ela. Madison dá uma longa pausa torturante que me mata por dentro, e eu preciso insistir para que continue.

-Mas…

-Mas foi errado. -ela diz e eu sinto meu corpo esquentar de raiva -Não porque eu trai o Shane, isso não tem nada a ver com ele. É sobre você. Você  é bom demais pra mim, e sabe bem disso, todo mundo sabe disso. Eu não mereço alguém que me olhe como você me olha, ou que me trate tão bem assim. Então eu não...

Ela continua falando, mas eu paro de ouvir. Só consigo ouvir bobagem. Besteira atrás de besteira. Queria que ela entendesse que nada do que ela fale ou faça vai me impedir de querer estar perto dela. Gosto dela, estou apaixonado por ela, mais do que já estava antes, então ela que não tente me impedir de sentir o que eu sinto. Eu só queria que ela pudesse ver o quão incrível ela é, e o quanto pode ser boa, ao invés de ficar tendo pena dela mesma.

-Para -eu a interrompo, falando alto demais, quase como um grito, a pegando de surpresa. -Pra mim isso é desculpa, tudo desculpa, Madison. Quer dizer, tá bom, você agiu errado algumas vezes, mas isso não diminui o que eu sinto por você agora, e eu sei que você também sente alguma coisa por mim, não sente?

Digo tudo rápido demais, praticamente cuspo as palavras, mas é o único jeito de ela me ouvir e me entender. Não sei se é impressão minha, mas acho que seus olhos estão marejados, e tenho a confirmação quando uma lágrima escorre pelo seu rosto ao me responder cabisbaixa:

-É claro que sinto.

-Então, não queira decidir as coisas por mim, eu já tive vários motivos para querer me afastar, mas ainda estou aqui, e quero você.

Ela levanta a cabeça com um brilho no olhar, mas ainda com incerteza ou insegurança.

-E se você mudar de idéia?

-Não vou. Além disso, não é tão ruim assim. Você é louca e desequilibrada, mas eu aguento.

Ela me encara com indignação e cai na risada, quase sem acreditar no que eu falei, enquanto enxuga o rosto úmido com a manga da blusa.

-Ah me desculpa, eu quis dizer MUITO desequilibrada. -ela dá um tapa no meu braço e eu finjo que doeu, e depois volto a ela com atenção, me aproximando, seus olhos brilham e eu mal consigo acreditar que estou de novo tão perto dela, não vejo a hora de poder beijar ela novamente- Mas falando sério agora, ontem foi… incrível, e eu não sei o que está rolando entre a gente, mas você não acha que seria um desperdício se não aproveitarmos?

-E como você sugere que a gente faça isso?

Ela sussurra dando um passo a frente, estamos tão perto um do outro, que temo que ela possa ouvir meus batimentos cardíacos.

-A gente descobre. Não precisa de pressão, só... vamos ver o que acontece.

Coloco uma mecha atrás de sua orelha e ela sorri, e eu torço para que esteja  concordando comigo. Se a convenci a nos dar uma chance, então sou o cara mais feliz do mundo. Como ela não diz mais nada, decido dar um último passo a sua frente, deixando quase inexistente o espaço entre nós, até voltar a realidade com seu comentário:

-O que foi? Eu não vou beijar você, Peter.

Jogo as mãos para cima da cabeça, me rendendo e me afastando. Ela fez sumir todo o clima e a música do Queen, Love of my Life que tocava na minha mente.

-Tá bem, eu não queria mesmo. Eca, que nojo.

Ela se vira e caminha em direção a porta, acabo vendo um sorrisinho se formando em seu rosto e eu acabo sorrindo também. Amo essa garota e os desafios que ela me trás.

Volto a colocar as mãos no bolso e chuto uma pedrinha no caminho. Seja lá qual for esse joguinho dela, posso concordar que é divertido, ela me deixa louco, e tem sido assim desde a sétima série, a diferença é que agora eu não precisei de um jogo estúpido de garrafa para ela me beijar, bom, não que estejamos super nos beijando agora...

Sou surpreendido quando sinto suas mãos segurando meu rosto e pressionando os lábios quentes nos meus, que estão frios, a diferença de temperatura causa um arrepio por todo meu corpo e sei que no dela também. Um beijo -selinho na verdade- rápido, seguido de uma risada fraca e tímida, e tenho a impressão de que sua atitude espontânea a pegou de surpresa também, o que torna tudo mais sincero.

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***QUEM DISSE QUE O PETER IRIA CAGAR PRO DISCURSO DE AUTOPIEDADE DA MADISON, GANHOU UM BOMBOM, PORQUE ACERTOU.

Gente do céu, minha fanfic é tão previsível assim??? Kkkkkkk

Eu to adorando o rumo dessa história, espero que vocês estejam gostando também.  ****