Essa sinopse é na verdade uma promessa: Eu me comprometo em fazer você sentir alguma coisa lendo essa fanfic - não necessariamente alguma coisa boa.
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Madison Stoner pode ter esbarrado com Peter Parker no corredor da escola uma ou duas vezes, mas...
A semana que se passou foi uma das mais incriveis que eu já tive, bom, relativamente em partes. Peter disse que teriamos nosso segundo encontro, mas sempre aparecia algum imprevisto para ele, sempre algo muito urgente e eu tenho quase certeza de que ele mentiu quando disse que passou o fim de semana na casa de praia dos pais do Ned. Tem algo muito estranho rolando, mas eu não posso simplesmente exigir uma explicação. Não que eu seja a pessoa mais sensata e equilibrada do mundo, mas se eu exigir que ele me conte do porque todos esses segredinhos, eu sei que ele também vai exigir saber o que tanto eu faço nas quartas-feiras, ainda mais depois de ontem quando eu esqueci de dar carona para ele de volta para casa, porque sai com pressa depois da aula, mas eu queria que ele entendesse, eu estava atrasada e não podia esperar ele devolver os livros na biblioteca, por me atrasaria mais ainda.
Depois, percebi que ele ficou chateado, talvez até bravo, mas não disse mais nada. Acho que no fundo ele pensa o mesmo que eu, ele sabe que se exigir que eu conte meus segredos, ele vai ter que contar o dele, seja lá qual for a merda que ele está me escondendo. O restante da semana além disso, foi resumida em Peter batendo na porta do meu quarto depois de meia noite, sempre acompanhado de um pote de sorvete ou qualquer coisa doce que encontrasse na cozinha. Transamos algumas vezes, mas na maior parte do tempo passamos conversando.
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Conversar profundas e as vezes bobas, riamos em silêncio e nos beijamos embaixo dos lençóis, ele me fez pensar por um segundo o quanto estou louca para ser sua namorada, mas o quanto isso me assusta ao mesmo tempo. Porém, eu sei que seria tão mais fácil, é como se ele já fosse meu, e eu já fosse sua. Sou completamente dele antes mesmo de ele me pedir isso, e o mais engraçado, é que ele não faz nem idéia disso.
Ah se ele soubesse que eu não paro de pensar nele, e que o motivo de levar bronca durante a aula a dois dias atrás, foi porque não parava de pensar na nossa primeira vez, como eu estava satisfeita com meu subconsciente ter mudado de ideia e batido na porta de seu quarto, tudo mudou desde aquele dia, e eu nunca me senti assim. Ele não faz ideia do quanto eu penso nele, estou tão ocupada me apaixonando por Peter, que mal tive tempo de pensar nas coisas ruins que se passam na minha cabeça na maior parte do tempo. Essa é a grande diferença entre estar com ele e com Shane. Porque quando namorávamos, ele só estava lá, do meu lado, mas sua presença não era forte o bastante para me fazer querer valorizar o momento, agora com Peter, eu mal quero dormir quando ele está comigo, porque por mais que eu esteja com sono, ainda quero saber as suas comparações loucas de filmes antigos que nunca ouvi falar, mas que Peter adora.
Isso faz valer a pena todos esses segredos que parecem estar nos cercando. Bem, quase.
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May passou a tarde tentando aperfeiçoar sua comida mexicana, e estamos jantando várias das suas tentativas de fazer os tacos perfeitos. Estão todos incríveis na minha opinião, mas ela não parece muito satisfeita, mesmo vendo que estamos todos devorando tudo na mesa, ou ela está só querendo elogios, coisa que ganha de sobra do meu pai e do seu sobrinho. Eu apenas sorrio, e espero que isso seja o suficiente para que ela saiba que eu gostei.
Na sobresa, May serve vários docinhos brasileiros, de chocolate com granulados. E já vi que comidas típicas de outros países é algo que a deixa muito animada. Vejo Peter esconder alguns doces no casaco, e sorrir para mim discretamente, acabo tossindo de mentira para distrair os olhares do meu pai e May. Eu sei que Peter está guardando para levar para o meu quarto depois, enquanto temos mais uma de nossas conversas da madrugada.
-Você tem mãos de fada, sabia? -meu pai diz para May ao seu lado, beijando sua mão, e com a boca cheia dos tais brigadeiros.
Ela sorri sem graça e Peter finge gorfar com a melação dos dois. Aposto que para ele é estranho ver sua tia namorar, mas é estranho para mim também ver meu pai em um relacionamento. Quer dizer, sempre soube quando ele arranjava uma nova namorada, mas ele nunca nos apresentava. May foi a primeira que eu conheci, e gosto dela, apesar de ficar as vezes comparando ela com a imagem que eu criei da minha mãe. Eu deveria me sentir mal por isso, por esperar que May fosse perfeita como a mulher que eu criei durante anos na minha cabeça, mas eu não me sinto. Simples assim.
May ri da atuação do sobrinho e dá um brigadeiro na boca do meu pai, que sorri apaixonado enquanto a encara todo bobo. Esse ato me faz revirar os olhos, mas eu não estaria sorrindo de canto, se não estivesse igualmente apaixonada pelo garoto à minha frente, roubando docinhos e os colocando em seu casaco.
Continuo sorrindo com toda a graça que estão fazendo, até que meu coração para ao ver May deslizar os dedos em seu pescoço, dedilhando os pequenos cristais no cordão de ouro que era da minha mãe. Ela sorri para meu pai, e isso parece quebrar meu coração em mil pedaços e tudo o que consigo sentir é raiva dos dois.
-O que você está fazendo com o colar da minha mãe? -todos param de rir quando eu digo, talvez mais alto do que planejei dizer na minha cabeça.
-Filha… -meu pai começa, tentando me acalmar ou me repreendendo por ser grossa com May, mas tanto faz, é o colar da minha mãe, caralho.
-Eu não sabia… eu… -ela tenta se defender, e pelo seu olhar, sei que é verdade, ela não sabia. Então não é justo ficar brava com ela, mas estou, porque ela está usando algo que não é seu, que deveria ficar com meu pai como uma lembrança do dia que ele deu à ela, mas agora se tornou uma lembrança do dia que ele deu à sua nova namorada.
Olho para meu pai, e sei que meus olhos estão encharcados por lágrimas, e como odeio chorar na frente dos outros -por demonstrar fraqueza -acabo me retirando da mesa. Vejo de relance Peter, insinuando levantar da cadeira, mas então ele volta a se sentar. E por mais que eu quisesse a companhia dele agora, sei que tenho que ficar sozinha, por isso ignoro quando meu pai me chama várias vezes, e entro no meu quarto, trancando a porta e desejando que minha mãe estivesse viva para estar comigo.
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***EU SEI que eu não dou muito tempo para vocês aproveitarem os momentos felizes da fic, mas a verdade é essa: eu amo um drama.
Mas calma lá, estarei criando os próximos capítulos na intenção de mostrar o quanto Peter está do lado dela, ajudando ela a lidar com cicatrizes que ainda não foram curadas. Afinal o meu objetivo era criar uma fanfic que tivesse muitas emoções, espero que eu consiga passar isso para você, leitor(a). Então continua a leitura, porque agora iniciamos coisas mais profundas no coraçãozinho da nossa protagonista. Depois me diz se está gostando, ou se prefere algo mais feliz e não tão... triste kkkk