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PETER

Bato na porta do quarto da Madison, pouco antes das onze, como tinhamos combinado. Tenho sorte que May e o Sr. Stoner já estão dormindo, mesmo assim, espero que possamos sair sem fazer barulho.

Fiquei a tarde inteira pensando no que aconteceu mais cedo, e na desculpa esfarrapada que ela me deu antes de sair correndo para sei lá aonde, mas não quero estragar a noite iniciando uma discussão sobre isso. Esperei anos para esse momento, então é melhor deixar de lado o que aconteceu, pelo menos por enquanto.

Esqueço completamente de tudo isso quando ela abre a porta.

-Você está... -fico sem palavras quando ela sai do quarto, revelando um sorriso simpático e tímido.

-Linda? É o que você ia dizer?

-Está mais para arrumadinha, mas "linda" serve também.

Ela belisca meu braço, porém dá para ver que se diverte com minha provocação. A verdade é que ela está muito mais do que linda. Está com o vestido preto que usou na festa do Dave a algumas semanas atrás, colocou os brincos que ganhou da avó de aniversário (lembro quando ela os mostrou para Haley) e cacheou as pontas do cabelo.

Quando me dou conta, Madison já atravessou o corredor e está me esperando na porta.

-Eu esqueci a chave do carro.

Cochicha quando tranco a porta atrás de nós.

-Tudo bem, vamos andando. É aqui perto.

-Aonde vai me levar? -sua curiosidade me deixa ansioso para responder, mas me contenho a não estragar a surpresa.

-Você vai ver.

Quando chegamos no Garden, Madison solta minha mão, dando alguns passos adiante na entrada, parecendo estar encantada.

-Peter, esse restaurante é o mais caro da cidade, além disso… -se vira e tenta girar a maçaneta da porta -Chegamos tarde demais. Eles já fecharam.

Sua expressão decepcionada parte meu coração, mas por pouco tempo porque sei que ainda vou impressiona-lá. E era isso que eu esperava fazer.

Sonho a anos em levar essa garota para sair, então tem que ser perfeito. Infelizmente, não tenho dinheiro o suficiente para trazê-la no Garden, mas ela merece o melhor, então eu tinha que dar um jeito.

-Não saia daqui. Eu já volto.

Ela começa a protestar, mas eu saio antes que ela possa me impedir. Corro até a parte de trás do restaurante. Ainda bem que tirei a tarde de hoje para ver aonde ficavam as entradas desse lugar, e aproveitei para desligar o sistema de segurança. Olho para todos os lados, me certificando que não há ninguém por perto antes de começar a escalar as paredes, indo em direção a grande janela que fica no escritório do estabelecimento.

Tenho sorte que tem chaves reserva na gaveta, e quando chego no andar de baixo, corro para abrir a porta e tirá-la do frio que faz lá fora. Ela se assusta no início, mas então sorri, mostrando que está de fato surpresa, como eu esperava que ficasse.

-Como você conseguiu entrar?

-Eu dei meus pulos.

Quase que literalmente.

Seus olhos se iluminam quando eu acendo as luzes. Milhões de pisca-pisca que começam no teto alto e caem pelas paredes brilham como vagalumes por todo o restaurante.

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I MEANT TO HURT YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora