PETER
-Como assim ela nunca visita a mãe? -eu repito, me lembrando de falar baixo dessa vez, enquanto May conversa com minha namorada no quarto.
O Sr. Stoner suspira, mostrando que é algo complicado para ele, mas parece aliviado por poder contar para alguém, mesmo que esse alguém seja eu.
-Quer dizer, ela ia comigo quando era criança, mas depois de um tempo, simplesmente deixou de ir, acho que ela nem deve lembrar de quando ia, na verdade. -diz coçando o queixo. Eu não digo nada, por isso ele continua -Eu fico preocupado sabe, Peter? Ela NUNCA chorou.
NUNCA? Tá, deve ser um modo de falar, porque é impossível.
-Como assim? -insisto.
-Eu já a vi com os olhos lacrimenjando, ameaçando a chorar, mas ela sempre se recompõe, é a garota mais forte que já vi. Já perdi as contas de quantas vezes chorei de saudade da mãe dela, o quanto foi difícil seguir em frente e depois de muitos anos finalmente ser feliz como quando eu era com a Susan, mas como posso ficar feliz, se isso a deixa triste?
Sei que deveria estar focando em tudo o que ele diz, mas meus pensamentos ainda estão processando a questão anterior, sobre ela nunca ter chorado. E realmente, já vi seus olhos lacrimejarem, mas ela sempre se recompõe, ela é sempre forte pra não se permitir chorar. Ou talvez fria demais para isso.
Volto a prestar atenção no homem triste na minha frente. Preciso dizer alguma coisa que o conforte. Coisa que aliás eu sou péssimo em fazer. Ele faz a minha tia feliz e sei que não se trata de mim, mas também não é simples pra mim aceitar uma pessoa nova nas nossas vidas, depois da perda que tivemos. Mas quero que May seja feliz, Madison deveria querer o mesmo. Mas não importa, independente se ela está certa ou não, vê-la triste na mesa só me fez ficar com raiva do seu pai e me fazia querer abraça-la ali mesmo. Mas tenho que ser sensato, e entender o lado dos dois.
-Eu só queria que sei lá... ela visitasse a Susan, pelo menos uma vez. Isso ia fazer bem pra ela. -ele diz por fim, me tirando dos meus devaneios. Mas acaba me dando uma ideia.
-Eu posso levar ela, se ela quiser.
Digo isso porque sei que não seria bom ela ir sozinha, e sei que ela não vai querer ir com seu pai, ainda mais estando tão brava com ele, e ele e May acham que estamos tentando nos dar bem, então é perfeito. Além disso, eu quero fazer isso. Se vamos ir em frente com isso, com esse relacionamento, então eu quero poder fazer parte dos momentos difíceis também.
-O difícil vai ser ela querer. Boa sorte, Peter.
Acabo indo pro seu quarto um pouco antes de meia noite, precisava ver como ela estava, e não parei de pensar em tudo que seu pai disse, e que eu concordo. Seria bom para ela se fosse visitar sua mãe, e se eu puder fazer isso com ela, se ela permitir que eu faça parte de algo tão difícil na sua vida, então isso prova o quanto sou… especial.
Deixo ela comer todos os docinhos que guardei no meu casaco. Por mais que eu quisesse comer também, vê-la feliz enquanto come um por um acaba tirando mais sorrisos do que qualquer outra coisa. Conversamos sobre assuntos aleatórios e eu tento falar da minha ideia de irmos visitar sua mãe, mas ela acaba dormindo no meu colo antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. E por mais que eu quisesse ir para as ruas agora, -afinal o Homem-aranha tem que trabalhar - não consigo simplesmente deixa-la. Então acabo cochilando ao seu lado.
___________________________________
***Eu sei que esses dois capítulos foram curtinhos, mas os capítulos que eu estou editando pra amanhã serão maiores e muuuito bons.
E SIM, estou postando todos os dias dessa semana, dois capitulos por dia. Olha como sou legal kkkkk
E COMO EU DISSE, esse e o capitulo anterior são o ponta pé para o que vai acontecer em seguida, então não perca a atualização de amanhã***
VOCÊ ESTÁ LENDO
I MEANT TO HURT YOU
FanficEssa sinopse é na verdade uma promessa: Eu me comprometo em fazer você sentir alguma coisa lendo essa fanfic - não necessariamente alguma coisa boa. ... Madison Stoner pode ter esbarrado com Peter Parker no corredor da escola uma ou duas vezes, mas...