PETER
Quando chego em casa, sou atingido pelo olhar furioso de May, evito olhar para Madison, mas posso sentir seu olhar sobre mim, não muito diferente ao da minha tia.
-Peter está encrencado. -o Sr. Stoner cantarola de modo brincalhão, e May para de servir a sobremesa para me dar sermão na frente de todo mundo.
-O que fez você se atrasar para o jantar dessa vez?
Quando olho na mesa, reparo que já estão na sobremesa, e o meu prato cheio de legumes ainda está na mesa, do jeito que minha tia sempre prepara para mim, provavelmente já frio.
-E-eu estava estudando com uma amiga. E depois tive um imprevisto.
-Da próxima vez, me avise. -ela encerra o assunto, e se senta ao lado do namorado, que devora a torta de pêssego em segundos.
Quando me aproximo da mesa, Madison se levanta em um movimento brusco, balançando um pouco a mesa, quase como um susto.
-Eu perdi o apetite.
Sr. Stoner para de comer para encara-la e parece bastante decepcionado.
-Mas filha, a May fez essa sobremesa especialmente pra você, é a sua preferida.
-Eu sei -ela responde de forma seca, mas depois se recompõe, mudando para uma postura mais gentil -Desculpa May, prometo que como mais tarde… isso é, se meu pai não devorar tudo.
As duas dão risada e ele se finge de ofendido, mas continua a comer. Sei que Madison saiu da mesa porque está brava comigo, mas não vou atrás dela agora, nem poderia, o pai dela e a minha tia ainda pensam que estamos tentando nos dar bem, então não posso dar bandeira. Ao invés disso, me sento e começo a me servir um pouco de sobremesa, mas May me repreende, dizendo que só poderei comer torta depois que jantar.
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MADISON
Já passa das onze da noite. Sei que May e meu pai estão dormindo, e sei que fui um tanto quando mal educada na mesa, mas não queria ver o rosto de Peter, ainda não acredito que ele foi mesmo estudar com Madison Stenfield, e pior ainda, que só voltou a noite, minha mente não para de criar mil e um acontecimentos diferentes que podem ter rolado nesse tempo todo. Mas posso dizer que em todas essas, Stenfield se dá bem, e eu me ferro.
A um mês atrás eu nunca imaginaria que estaria com ciúmes do idiota do Parker.
Meu maior medo, é que agora que perdeu a virgindade e que viu que é bom no que faz, ele finalmente comece a ter mais confiança e curiosidade para ter outras experiências com outras pessoas. Posso estar sendo egoísta, já que não quis nem tocar na palavra "namoro" e aqui estou eu, pedindo silenciosamente para que ele não fique com ninguém além de mim.
Estou guardando meus livros e anotações para a prova de amanhã, quando ouço alguém bater na minha porta, quando a destranco, Peter nem me dá chance de ver que é ele, e já entra e a fecha atrás de nós. Por um momento achei que fosse me beijar, e até esperei que o fizesse, por mais brava que eu esteja com ele, mas reviro os olhos quando ele faz sinal com o dedo indicador para fazermos silêncio, e então me sento na cama.
-O que você quer?
-Eu não quero dormir sabendo que está brava comigo.
Mas que merda, ele está aqui no meu quarto, querendo conversar, mas não sou a namorada dele, não posso simplesmente enche-lo de perguntas e pedir satisfação. É uma posição muito ruim a qual estamos agora. É como se eu não tivesse direito de sentir ciúmes, mas fazer o quê? Não consigo evitar.
-Bom, mas eu estou com sono, e quero dormir. -aponto para a porta, insinuando para que ele saia e desejando de verdade que ele não me ouça.
-Madison me beijou. -ele diz tão rápido que se eu já não estivesse sentada, procuraria um lugar para sentar ou cairia dura no chão.
O jeito como disse parecia estar com medo, mas agora é eu quem estou, porque não sei o que isso significa. Ela o beijou? Ele retribuiu o beijo? Como isso começou? Ele gostou? Ele sentiu alguma coisa? Aconteceu algo a mais do que isso? São tantas perguntas, e não me importa mais se não tenho o direito de sentir ciúmes ou exigir satisfação, aquela filha da puta cruzou o meu caminho e o Peter caiu na dela, porque é outro burro! E eu sou mais burra ainda por confiar nele. Quero enche-lo de perguntas até não ele não aguentar mais, mas quando abro a boca, depois de gaguejar muito, só o que sai é:
-Ela o quê? -eu sou idiota? Eu ouvi bem, pedir para ele repetir é o mesmo que pedir pra morrer duas vezes -Não responda.
Ele encolhe os ombros e faz cara de cachorrinho abandonado, mas não sinto pena, nenhum pouco, eu só queria… que ele sumisse da minha frente, e não aparecesse mais. Sussurro para que ele saia do meu quarto, mas minha voz sai tão baixa que é quase inaudível, então ele se aproxima, sentando-se na cama, mas eu viro o rosto.
-Não foi nada demais. E eu não a beijei de volta. -ele diz desesperado, tento ignorar sua voz, mas meu subconsciente exige uma boa explicação- Eu não beijaria ela se soubesse que isso arriscaria minha chance de ficar com você de novo. Por favor, olha pra mim.
-Sai daqui.
-Não, eu quero que fale comigo.
-Sai agora. -digo finalmente olhando para ele, meu olhos ameaçam a lacrimejar mas eu logo me repreendo e me recupero, nem a pau que Peter vai me ver chorando por causa dele.
Dane-se que ele e Stenfield se beijaram, dane-se que ele pode ter gostado, e dane-se que ele ainda veio ao meu quarto pra esfregar na minha cara que tem opções. A verdade é que não o quero mais na minha frente.
Ele demora, mas finalmente se levanta e sai do meu quarto, fechando a porta e me deixando sozinha para chorar.
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***esse e os dois próximos capítulos são de extrema importância que você leitor(a) me diga se gostou, ou o possível motivo de não ter gostado, porque mesmo se eles se resolverem (afinal eu não sou tão malvada assim), essa briga vai desencadear algumas explicações e acontecimentos mais pra frente (envolvendo a aposta, Shane e etc) então se vocês não gostarem da postura de um deles, me diga o porquê. Mas lembre-se que apesar de tudo, ambos são humanos e erram.
Obrigada se leu até aqui ***
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I MEANT TO HURT YOU
FanficEssa sinopse é na verdade uma promessa: Eu me comprometo em fazer você sentir alguma coisa lendo essa fanfic - não necessariamente alguma coisa boa. ... Madison Stoner pode ter esbarrado com Peter Parker no corredor da escola uma ou duas vezes, mas...