PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)

CAPÍTULO 7

BELINHA

NÃO  REVISADO 

Acordo com um barulho na minha porta de toc-toc bem insistente para falar a verdade, mas decidi ignorar e voltar a dormir só que quando estou quase pegando no sono novamente, a criatura decide bater com o punho mais forte parecendo até que a casa está pegando fogo.

Ainda dou até uma conferida ao meu redor antes de jogar as cobertas para o lado com raiva e levantar e abrir a porta de supetão fazendo a pessoas do outro lado parar com as batidas irritantes com o punho no ar. 

É adivinha que está lá do outro lado com cara de cachorro abandonado?. Se vocês adivinharem eu pessoalmente vou deixar ele de presente pra vencedora.

— O que? Que que você quer agora? Não sabia que eu estava dormindo não? Tinha que me acordar?-pergunto de cara fechada e meio ainda grogue de sono.

— Podemos conversar?.-esfrego meus olhos tentando focar no rosto do indivíduo.

— Não, o que tínhamos para conversar já conversamos hoje cedo, lembra? Você já me disse tudo o que tinha pra dizer ou ainda tem mas? Por que se tiver você perdeu a chance de ter despejado tudo de manhã, agora tchau.-tento fechar a porta mas ele coloca a mão no meio e impede a mesma de se fechar completamente.

É nessas horas que eu queria ter mais força que ele por que até tentei fechar mais o ser humano na minha frente me impediu.

— Por favor, só queria pedir desculpas belinha, eu sei que foi errado da minha parte querer cobrar alguma coisa de você, ter agido daquele jeito hoje de manhã a segurado pelo braço e, que eu me preocupo com você saindo com um desconhecido por aí e acabei agindo por impulso, sei lá.-ele passa as mãos na cabeça olhando para o chão entre a gente.

— Você não tem o direito de me cobrar nada mesmo, já que abriu mão disso quando voltou para a Ruby né? e sobre o meu braço você nunca mais me toque está me ouvindo? Nunca mais me toque com raiva, porque da próxima vez esmagarei suas bolas.-seus olhos se levantam rápido do chão assustados me olhando.

— Não estou brincando, e sobre seu pedido de desculpas você tem sorte que eu não guardo rancor e aceitarei  seu pedido de desculpas, mas só porque quero paz nessa casa. É acho melhor nós afastamos sabe? Por que essa nossa amizade agora não está fazendo bem para nenhum de nós dois.

— Tá certo, não se preocupe, de hoje em diante só nos veremos na faculdade, conversei com meu pai e irei morar no meu flat assim nós veremos o menos possível.-filho de rico era outra coisa né minha gente? Tem seu próprio apartamento.

— Não quero que você saia da sua casa por causa de mim, se for o caso você me diga e eu posso me mudar e você pode ficar.-não era justo ele sair da casa do pai por minha causa.

Mesmo que eu não tenha para onde ir no momento como ele.

— Não é exatamente por sua causa eu só preciso de um tempo para pensar, acho que estou confundindo nossa amizade com algo a mais e, ainda tem Ruby que eu também gosto é complicado.

— É você também não vai colocar a Raysa como uma parte da sua confusão não? Por que eu jurava que ela também estava nessa, mas espero que seus sentimentos se  esclareçam Gabriel, e você possa perceber que Ruby ou Rebeca é a mulher ideal para você, por que eu não acho que sou.-eu estava tão decepcionada com ele que eu tinha praticamente desistido dele.

Não porque a paixão tinha acabado por completo, pois sabemos que não acontece assim de repente, mas sim porque eu me amava o bastante para não ficar nos pés de Gabriel como Raysa e Ruby.

— Então você não me ama mais?.-ele parecia decepcionado por ter perdido uma das suas admiradoras.

— Não era amor Gabriel, nunca foi, no máximo era uma paixão que acabou não dando em nada no final das contas.Mas que acabou abrindo meu olhos e descobri que por mais que você se apaixone por outra pessoa e a Ruby que você vai sempre amar, estou mentindo?.

— Não, você está certa, mas dessa vez é diferente.-ele pega em minha mão que estava na porta.

— E não Gabriel, você quer que seja mais não é. paixão tem disso sabe? Engana você, faz você pensar que é amor e até faz você ter atitudes impulsivas, só que no final você acaba quebrando a cara.-afasto nossas mãos que ele tinha unido.

— Por favor não se afaste de mim, éramos amigos antes daquele beijo, podemos ser amigos novamente ou se você quiser algo a mais, Ruby e eu demos um tempo, podemos tentar se você quiser.-balanço a cabeça, sabia que essa sua conversa mole dele era porque alguma coisa tinha acontecido.

— Não quero Gabriel, porque sei como isso vai terminar…. É vai ser com certeza comigo de coração partido novamente.-ele levanta a mão como se fosse acariciar meu rosto mas acaba desistindo e a abaixando.

— Mas vou te perdoar por hoje mais cedo, mas que fique claro que da próxima vez que se intrometer na minha vida eu não vou ceder tão fácil o seu pedido de desculpas.-solto a porta onde estava segurando apertada em meu corpo.

— Obrigado, posso te dar um abraço de desculpas? .-ele sorri estendendo os braços para mim.

— Você já está querendo demais.-faço uma careta para seus braços abertos. 

— Então sem abraço.-ele os abaixar e o sorriso some dos seus lábios.

Reviro os olhos por que eu sou tão fraca? Eu não podia resistir a sua carinha de tristeza.

— Estou brincando .-abro os braços e o abraço de lado.

— Você vai ficar?-perguntei me afastando dele.

— Vou pensar, estou querendo independência, sabe? .-balanço a cabeça e ficamos alguns minutos nos olhando. 

Mas acabo desconectado nossos olhos quando sinto minha barriga ronca.

— Então se você me der licença agora, vou trocar de roupa e descer para comer alguma coisa.-ele pareceu notar minha roupa e me olha de cima a baixo de novo sorrindo.

— Você está muito fofa nesse pijama de ursinho.-sorri toda boba, mas me recupero rápido do meu estado de demência.

— Ah tá, te vejo depois.-entro no quarto sorrindo o deixando fora. 

E penso, tomara que eu não tenha feito merda com essa reconciliação.