CAPÍTULO 52

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BELINHA

NÃO REVISADO

Depois da conversa com os meus pais onde eu tinha revelado para eles o que deixei em oculto por 4 meses, me sentia cansada e um pouco aliviada por ter contado para os mesmo o que eu não tinha falado antes.

Agora só faltava minha decisão em relação a Patrick, o que estava sendo meio difícil decidir pois o meu coração bobo dizia para me o pedoa e tentar seguir em frente como a família que ele tinha dito que seríamos agora, pois meu coração idiota amava saber que ele queria isso. 

Mas minha razão também brigava para ter o seu lugar nessa discussão, e ela queria totalmente o contrário do meu coração, ela queria mandar Patrick ir se foder e não se importar sobre os seus direitos de pai.

— Me diga você minha pequenina, seu pai merece conviver com você? .-eu sabia que ela não me responderia mas adorava conversar com a mesma.

— Mamãe quer o melhor para você, mas não sabe se o melhor é ter o seu pai com a gente, ele parecia arrependido mas quem me garante que ele vai ser um bom pai para você?.-nada era garantido mas também nem eu sabia que seria uma boa mãe.

Mas eu sabia que faria de tudo para lhe dar todo o meu amor e carinho e me esforçar para ser a melhor das mães.

— Mamãe promete que vai pensar com carinho, tá amor? Tudo por você agora, mais vamos dormi você deve está cansada desse dia.-acariciei minha barriga que a cada dia crescia mais.

 Até que o sono me venceu e acabei dormindo e sonhando com Patrick me pedindo perdão.

Acordei com o galo cantando meio atordoada a princípio sem saber exatamente onde estava, abri um olho e olhei ao redor constatando que eu estava no meu antigo quarto e não na casa de Pedro.

Também lembrei que tinha sonhado com Patrick chorando e me pedindo perdão, o que tinha me deixado com dor no peito ao ver seus olhos refletindo tanta dor e desespero.

— Ah...bom dia querida não sabia que já estava acordada a essa hora, durma mais um pouco filha ainda é cedo.-entra mamãe totalmente no quarto já arrumada e desperta para ir trabalhar.

— Meu corpo parece que já se acostumou a corda todos os dias a essa hora não vou conseguir dormir novamente.-sento na cama e apoio os pés no azulejo o que me faz tremer por meu corpo está quente em contraste à frieza do chão.

— Belinha cadê suas sandálias, menina! não sabe que faz mal pisar no chão com o corpo quente? Ai meu Deus você não aprende mesmo, espere aí que vou pegar tuas sandálias.-eu esperei com os pés suspensos no ar.

Dona Dorinha tinha essas coisas de que não podia acordar e pisar no chão porque dava ramo e outras coisas, eu nunca levei muito a sério mais obedecida quando ela mandava.

— Pronto está aqui pode colocar, você tem que ter mais consciência minha filha agora você vai ser mãe e tem que saber o que pode e o que não.-ela fala e solta as sandálias no chão fazendo um pequeno barulho.

— Me esqueci mulher, não faço mais.-as calço e levanto.

— Bom mesmo, olha filha vou trabalhar agora, o café já está pronto e fiz aquelas tapiocas que você gosta se quiser mais alguma coisa você pode fazer, volto mais tarde querida.-beijo sua bochecha e ela sai.

Acompanho ela até a porta e volto para dentro depois de acenar um adeus, a fazenda dos Mendes era perto da nossa casa então dava para ir andando a pé  mesmo, sabia que meu pai já devia ter saído a algumas horas, pois ele sempre saia mais cedo de casa.

Sem ninguém em casa eu fui escovar os dentes e voltei para me deliciar no café da manhã que minha mãe tinha feito, depois de comer tudo eu estava cheia e com preguiça de levantar da cadeira.

Mas depois de descalçar a barriga eu levantei e peguei meu celular no quarto tinha algumas mensagens de Maria e outras de Rafael, e várias de um número desconhecido que eu sabia que poderia ser Patrick, respondi Maria e Rafa e deixei o outro número sem resposta.

Também perguntei à Maria se ela sabia como estava as coisas na casa, já que Gabriel e Patrick tinham saído de casa depois da confusão e eu me sentia um pouquinho responsável por isso, mais só um pouquinho mesmo.

Ela me tranquilizou dizendo que dona Mariana tinha ligado para Pedro avisando que estava tudo em ordem na casa, fiquei mais tranquila me despedi dela e fui arrumar a casa ao som de: farol das estrelas de Belo.

"Os teus olhos refletem nos meus o farol das estrelas
Te procuro no azul dos meus sonhos para não perdê-la
Nossa cama é um porto de amor
Onde espero feliz pra revê-la
Toda linda e cheia de luz
No teu corpo de estrela
É tão bonito o amor que a gente faz
Tem tanta cor, tem tanta paz
Nos braços da estrela cadente, como adolescente eu me dei
Se o brilho da nossa verdade
Durar para a eternidade
A estrela da felicidade encontrei"

Eu cantava a plenos pulmões feliz como eu sempre fazia quando estava sozinha em casa.

"A primeira vez que eu te beijei
No céu da Cidade de Neon
Pulei nos teus braços, me joguei
Voei, voei...
Voei de prazer no céu de anil
Contigo ao meu lado eu vou voar
Em qualquer lugar desse Brasil
Te amar, te amar"

E assim foi música até eu terminar de arrumar a casa que vivia sempre em ordem agora que eu não morava mais ali, e fiz o almoço rapidinho para não da trabalho a mamãe em chegar e ainda fazer meu almoço pois era só para me mesma, por que eu sabia que meus pais almoçava na fazenda.

E depois de tudo limpo e organizado almocei deixei um recadinho para minha mãe que tinha saído. E fui bater perna e visitar alguns amigos de infância e vizinhos que eu não via desde a minha partida para São Paulo. 

PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora