BELINHA
NÃO REVISADO
Está ali na casa dos meus pais estava sendo maravilhoso além da tranquilidade para pensar e repensar na minha decisão, eu não precisava me preocupar com nada além de me mesma, era uma vida boa meus pais me paparicava todo hora e eu praticamente só tinha que fazer algumas coisinhas em casa como fazia quando morava com eles e depois vim para a varanda tirar um cochilo na rede que tinha na mesma.
— Quando me disseram que você estava aqui novamente eu nem acreditei.-eu estava quase dormindo, sabe aquele momento que você está quase pegando no sono? Pois é,eu estava quase entrando no mundo dos sonhos mas acabei despertando quando escutei uma voz masculina murmurar perto da minha rede.
Tirando meu braço do rosto puta da vida, vejo o dono da voz todo sorridente parando com um chapéu na mão de cowboy.
— Joãozinho?.-minha voz saiu baixa e um pouco sonolenta quando constatei quem era o perturbador do meu sono da tarde.
— O próprio linda.-fala ampliando ainda mais seu sorriso quando o reconheço.
Devolvo o seu sorriso e me apoio nos braços para sentar na rede.
— Quanto tempo belinha, como você está? .-ele logo se abaixa e me agarra em uma abraço inesperado e um pouco forte demais.
— Estou ótima e você como tá? Soube que vai se casar com a Toinha.-sorrio me desfazendo do seu abraço apertado e exagerado.
— As notícias correm, né? .-ele parecia feliz e empolgado com o casamento.
— Sim, principalmente com dona mocinha na parada.-aponto com a cabeça a casa da senhorinha que não gostava de um bom fuxico não, ela adorava um.
— Ae com certeza dona mocinha e fogo, mal engravidei a menina e ela já sabia até onde a gente fez o moleque e o sexo do bebê é mole mulher?.-rio dele antes de me dá conta do que ele tinha acabado de dizer.
— Você vai ser pai? Como assim? Estou passanda, dona mocinha não tinha me falado o babado todo. Mas sente aqui e me conte essa história direito.-o faço sentar comigo na rede e espero ele me contar a novidade.
— É vou ser pai, ainda estou desorientado sem saber como isso aconteceu, lembro de ter transado com ela uma vez é ter...você sabe...ela sempre dizia que tomava pílula e tal, também praticavamos o coito interrompido. Não usávamos camisinha e acabou acontecendo, mas não me lamento sempre quis ser pai mesmo.-ele falava feliz como se ser pai tão novo não fosse um empecilho para ele.
— Estou muito feliz por vocês apesar de que você é Toinha serem novos demais para terem um bebê agora, vocês praticamente pediram para ter esse filho você sabe né? .-como eu era hipócrita falando sobre a gravidez dos outros sendo que eu também estava cheia até o talo.
— Sim, fomos irresponsáveis, mas me diga se somos só a gente que é novo demais para sermos pais Belinha ou você também seria? .-a peste, dona Mocinha e sua boca grande.
— Também viu hoje a dona Mocinha?.-falo brincando quando seus olhos desviaram para minha barriga escondida pelo vestido larguinho que eu usava.
— Mais ou menos fiquei sabendo por acaso.-já vi que a vila toda já sabia que eu estava esperando um baby.
— Sim, é verdade, vou ser mãe, mas me diga de quantos meses a sua esposa está? .-pergunto por acaso.
— Ela está de quase três meses e está insuportável pra falar a verdade, você também ficou assim? Por que ela me faz dormir na sala quase toda noite alegando que está com entojo da minha cara ver se pode? Quando estamos no bem bom ela não dizia isso.-ele diz como se ela já não fosse chata antes mesmo da gravidez.
— Não, eu não fiquei, que dizer eu fiquei um pouco enjoada no começo mais não enjoei da cara de ninguém, só de algumas comidas que até agora não consigo comer sem querer botar as tripas pra disse.-deixo de lado a parte do "Bem bom" que vocês sabem o que é e foco só no que realmente importa naquela conversar.
— Sortudo e seu marido que não tem que aguentar uma mulher que muda de humor como mudar de roupa como a minha, mas é assim mesmo né? São os hormônios. Mas me diga quem é o seu marido mesmo?ele veio com você?.-pergunta curioso.
— Não, ele não veio porque não tenho um.-digo simplesmente sem cerimônia alguma em revelar que eu não tinha um marido do meu lado como ele pensava.
— Oxe, como assim você não tem um marido? E quem vai sustentar você e a criança que você espera? .-reviro os olhos diante das suas perguntas.
— E quem precisa de marido em pleno século XXI? Posso muito bem trabalhar e sustentar minha filha sozinha.-digo.
— Se você fosse minha mulher não precisaria passar por isso, pois eu como homem tinha assumido minha responsabilidade e teria colocado você em uma casa e casaria com você.-Joãozinho fala todo orgulhoso por ter feito isso com a Toinha mesmo que para me esse negócio de casar só por que engravidou de um cara fosse bem ultrapassado.
— O que faz você pensar que eu me casaria com você? Você sabia que eu sempre quis ser independente e que só me casaria por amor, mesmo que nossos pais quisessem isso a gente nunca passamos de bons e velhos amigos.-digo e aperto sua mão que estava segurando a minha, não sei como mais estava.
— Fale por você, sempre quis ser mais do que seu amigo e deixei isso bem claro toda vez que eu olhava para você ou falava.-se inclinado em minha direção João se aproxima do meu rosto parecendo que estava prestes a me beijar.
— E mocinho mais agora você é um homem casado e deve manter-se em uma distância considerável de qualquer mulher que não seja a sua, e também não deve ficar falando essas coisas para mim.-me afasto dele e levanto o mais rápido possível mantendo uma distância considerável dele.
— Desculpe mas só falei a verdade sobre o que sinto.-ele também levanta é vem sentar mais uma vez perto de mim, só que agora estávamos no peitoril.
Ele era bem...insistente.
— Não repita isso nem brindando Joãozinho,se Toinha ouvi uma coisa dessas é capaz de matar você e depois vim atrás de mim, você sabe que ela nunca foi com a minha cara por que sempre foi a fim de você. É se ela ouvir o que você disse hoje você dormirá na chuva que irá cair daqui pra mais tarde.-digo olhando para o céu que já começava a ficar nublado.
— Pior que seria verdade, eu a amo mais as vezes me pego pensando em como seria se você sentisse o mesmo por mim, e ver você tão linda grávida me faz imaginar coisas.-merda quando foi que aquela conversa de amigos se tornou tão cheia de emoções e reveladora?.
— Mas me desculpe, sou um besta que ainda sente sentimentos por você...Mas já vou indo antes que eu comece a falar mais besteira.-ele para por um momento parecendo querer pedir mais alguma coisa e por fim ele diz.
— Você me deixaria vim ver você antes que vá embora?-perguntou parecendo um pouco envergonhado e de cabeça baixa.
— Claro, você é sempre bem vindo aqui, e nunca mais se nomeie assim você não é nada disso tá?.-o puxo em um abraço e recebo um beijo na bochecha da sua parte, me afasto dele e o mesmo me dá um sorrisinho antes de caminhar até seu cavalo e partir.
Assisto ele ir embora até ele sumir de vista e só aí, que entro e sou recebida com um cheiro maravilhoso de bolo que mamãe tinha acabado de tirar do forno.
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PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)
Roman d'amourIsabel Cristina ou melhor belinha como é conhecida por seus amigos e familiares, e uma garota extrovertida alegre e muito divertida que saiu da pequena cidade de onde morava com seus pais é veio com a prima para a grande cidade de São Paulo com o so...