CAPÍTULO 15

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BELINHA 

NÃO REVISADO 

Enfim, começou o filme e me deitei com a cabeça no peito de Gabriel que me cercou com os seus braços me mantendo aquecida naquela noite fria e, por um momento me deixei pensar que aqueles braços poderia ser mais do que de amigos, mais logo esse pensamento foi substituído por um toque surtiu que senti no meu pé e olhando para onde fui tocada, vi que era Patrick que estava com os seus pés próximos dos meus, tentei até tirar mais se eu conseguisse fazer isso iria ficar com as pernas em cima das de Gabriel o que eu não queria, pois isso já seria íntimo demais até para me.

— Filho, faça um favor e peça cobertas a Mariana para a gente. Hoje está muito frio.-pede Pedro me salvando de ter que procurar outro lugar que Patrick não pudesse me encoxar como estava acontecendo naquele momento. 

— Claro pai, você poderia me ajudar belinha.-olho para ele sem um pingo de coragem de me levantar do meu lugar que estava quentinho.

Mas quase cedo, quando só afastar não estava dando certo para me manter longe calor corporal de Patrick, só que Maria se voluntariou no meu lugar antes que eu posso ir sem vontade.

— Eu vou com você Gabriel assim aproveito e passo na cozinha e faço uma pipoquinha pra gente.

— Não morena, não vá, fique e me esquente.-Pedro a agarra sua mão não a deixando ir mas ela acaba saindo dos seus braços rindo e vai com Gabriel buscar os cobertores me deixando quieta por fora porque por dentro eu estava nervosa, com uma coisa esquisita que nei sei explicar o que seria.

Mas mesmo assim me acomodou de novo no sofá tentando focar no filme, e consigo depois de minutos e estou achando erredo bem interessante tinham partes que a personagem era bem engraçada desde o seu jeito de se vestir até mesmo o seu jeito de falar e também seu jeito atrapalhada.

Eu estava concentrado de um jeito que não vi quando Patrick se moveu para ficar mais próximo de mim, só me dei conta que ele estava tão perto quando senti que já não estava mas com tanto frio e que algo quente tocava minhas costas.

— Você conseguiu dormir bem depois do nosso beijo? Por que eu não pude esquecer esses lábios sedosos.-aquelas palavras inesperadas sussurradas ao pé do meu ouvir me fizeram arrepiar até em lugares que não existiam mais pelos.

— Eu dormi super bem, até porque aquele "beijo" pra mim não significou nada.-digo em um sussurro também, com medo de Pedro escutar já que ele estava na nossa frente recostado com as costas no sofá.

Mas o mesmo parecia que não estava muito se importando com nada além do filme.

— Sério? Não significou nada? Conta outra mulher, aposto que meu sobrinho nunca a tinha beijado como eu lhe beijei.-claro que ninguém tinha me beijando como ele, só que eu não diria nada sobre isso para ele.

— Ah, foi muito melhor do que aquele beijo xoxo que você me deu, pois o de Gabriel eu ainda posso sentir os lábios dele nos meus.-falo uma mentira pois de "xoxo'' aquele beijo não tinha sido nada e os lábios que eu ainda sentia era os dele e não do sobrinho.

Ele se cala com o que eu disse e pensei que agora ele tinha me deixado em paz com a mentira que eu tinha dito, mas não foi exatamente isso que aconteceu, Patrick cara de pau que era, me abraçou deixando nossos corpos junto estilo conchinha com sua boca bem próxima do meu ouvido e seu braço envolvendo minha cintura, quem visse uma coisa dessa até poderia dizer que éramos um casal. 

— Então você acha que Gabriel beija melhor? .-aquela sua pergunta tinha uma resposta simples e fácil, mas não falei a verdade de quem tinha o melhor beijo, pois ele já tinha o ego lá nas alturas imagina se eu alimento mais ele?.

— O que você quer? me provar seu ponto? Não seja bobo, saia de perto de mim antes que Pedro nos veja nessa posição.-tento mexer para sair daquela posição mas seu braço aperta ainda mais em minha cintura e acabo por esfregar  bunda onde eu não queria.

Ai Deus do céu!

— Eu só quero que você diga a verdade, mas já que não vai vou lhe contar o que aconteceu depois do nosso beijo...-vocês estão vendo como ele não vale nada? Como é que ele está comigo de conchinha e falado da outra.

— Eu não quero saber Patrick...-falo com raiva mas sem levantar o tom por causa de Pedro.

Só que ele ignora minha voz raivosa e continua sua narrativa pornográfica.

— Naquela noite você ficou em meus pensamentos e, quanto mas eu tentava focar em Ana era em você que eu via ali de quatro enquanto meu membro entrava naquela carne quente.-fiquei tipo, paralisada com a rouquidão de sua voz e seu estado de excitação que se estragava em minha bunda.

É naquele momento eu não me reconhecia,pois qualquer mulher ficaria enojada com suas palavras, só que eu tinha ficado inquieto com aquilo.

— E isso é tão errado da minha parte, você não acha?.-ele pergunta enterrando seu rosto em meu pescoço e, sinto quando ele dá beijos leves em pontos que me faz querer me esfregar em sua ereção e vendo que não me afastei dos seus beijos eles se tornam pequenas mordidas.

Me deixando doida, mas o medo de ser pega com ele era maior então pigarrei limpando a garganta devido a excitação que me encheu com suas carícias,olhando para a porta e também para Pedro, me certificando de que ainda continuava no mesmo lugar de antes.

— Isso é muito, muito errado, não deveríamos nem ter nos beijado para começo de conversa, você sabe que gosto de Gabriel.-sinto quando ele abandona sua tortura em meu pescoço passado seu rosto no meu em um carinho que nunca pensei que ele fosse capaz.

— Sim, você gosta de um moleque que não quer ficar só com você.-ele diz o que já sei, voltando sua atenção para o meu cabelo que estava solto espalhando entre nós dois.

— E você ficaria só comigo?-pergunto e me viro de barriga para cima para olhar em seus olhos.

E eles eram lindos, eu nunca tinha parado para reparar neles como hoje que estavam meio sombreados pela luz da TV. Seus olhos eram de um verde intenso.

— Eu não fico só com uma mulher gatinha, e todos sabem disso, então não posso prometer uma coisa dessas a você, pois assim estaria mentindo e sendo ainda pior do que meu sobrinho.

— Então você não pode dizer nada sobre Gabriel porque você não é diferente dele.

— Não sou, mas temos algumas coisas de diferença, por exemplo, diferente dele você sabe que não tenho namorada e só quero um boa foda com você e nada mais.- ai,ai,ai minha mete já começava a trabalhar de novo em imagens nada inocentes de se pensar. 

— Só uma noite? .-pergunto cogitando a possibilidade de "talvez" pensar em ir para cama com ele, afinal eu estava quase subindo pelas paredes nesses últimos dois anos.

— Sim, uma noite.-ele aproxima seu rosto do meu, nossas respirações se misturando podia sentir seu cheiro de menta em meu rosto.

— O que você me diz Isa? .-ele pergunta querendo imediatamente a resposta  e fiquei sem saber o que falar.

Mas não deu nem tempo para cogitar um "sim" por que logo que escutei vozes vindo do corredor o empurrei para sair de cima de mim e voltei para a posição de antes como se nada tivesse acontecido.

PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora