CAPÍTULO 11

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BELINHA

NÃO REVISADO

A manhã seguinte veio linda, calma com uma ótima atmosfera, talvez essa tenha sido a única manhã que acordei tão cedo e me juntei com os outros no café da manhã de bom humor.

— Bom dia, gente linda! O dia está maravilhoso vocês não acham?.-fui complementada por alguns resmungos baixos e respostas com preguiça.

Só Ana que me respondeu alegre e saltitante.

— Sim, está uma manhã maravilhosa mesmo, belinha! .-ela me dá seu melhor sorriso, após responder minha pergunta.

O que me fez estranha um pouco esse seu ótimo humor, pois ela não era de andar tão sorrindo e, principalmente de manhã, mas mesmo assim retribui seu sorriso e sentei no meu lugar de costume, ao lado de Maria.

Só que outra coisa me surpreende, ou ver Patrick entrando na sala do café da manhã de banho tomado exalando um cheiro delicioso de perfume e sabonete, aquele cheiro maravilhoso após banho.

O que me fez lembrar da noite anterior, quando senti aquele cheiro delicioso tão de perto, sem contar com aqueles lábios sensuais que me beijaram tão amorosamente antes de correr para os braços de Ana, acho que deve ser por isso que a mesma estava tão feliz hoje, pois ela tinha recebido o que eu praticamente recusei ontem. 

— Bom dia!.-entrou, murmurando baixo mas com os olhos ativos percorrendo todo o lugar antes de pararem onde eu estava sentada e me encarou por segundos intermináveis até que Ana chamou sua atenção oferecendo um grande e generoso pedaço de bolo que ela tinha ido buscar na cozinha.

— Senhor Patrick! você aceita um pedaço de bolo? Está uma delícia.-ela oferece o bolo, mas para mim ela estava era oferecendo outra coisa pois seus olhos estavam brilhantes e sua língua tinha saído pra fora para lamber os lábios de forma sensual.

Detalhe, só ele teve bolinho cortado e oferecido praticamente na boca, os demais se quisesse se servia sozinhos e isso também incluía o dono da casa.

— Não obrigado Ana, estou sem apetite ficarei só no cafezinho hoje.-ele não retribuiu o seu óbvio flerte fingindo ou deixado passar  despercebido para ele, por que os outros com certeza notarão.

— Sem apetite, Patrick? Estranho, pensei nessa manhã você acordaria faminto, comendo até pedra se colocarem no seu prato.-as palavras pulam da minha boca sem que eu pudesse mantê-las só pra mim, fazendo Patrick terminar de colocar seu café na xícara e se voltar para mim.

Mas antes que ele pudesse me responder altura do meu comentário fora de hora, Maria bateu no meu braço para chamar minha atenção.

— Aí sua égua o que foi?.-pergunto para o ser que me bateu tirando meu braço do seu alcance com medo de levar mais.

— Lembra da nossa conversa? Então eu e Pedro conversamos sobre ele arranjar um emprego para a gente, né amor? .-Maria diz toda empolgada virada agora para seu namorado dá continuidade na conversa que eu claramente perdi a maior parte por que estava observado Patrick e Ana.

Coisa que eu nem sei o porque fiz, afinal não era da minha conta que os dois passaram a noite juntos.

— Foi sim morena, mais como havia dito a Maria quando conversarmos, só tem uma vaga para assistente, pois a moça que me ajuda nas reuniões e outras coisas no hotel vai entrar de licença maternidade em breve, e a outra vaga e para ajudar no restaurante como garçonete.-explica Pedro pra gente.

— Como garçonete? Posso ficar com essa função, sou boa em servir meses e organizar.-era uma mentirinha? Era, mais o que não fazemos para conseguir um emprego né minha gente.

— A não belinha, desde quando você gosta de servir alguma coisa para alguém? E que história é essa de saber organizar uma mesa? Você odiava quando a tia pedia isso pra você e, por que agora está falando que gosta?. Acho melhor você ficar com o estágio de assistente, pois não sei mexer em nada de computador e também é bem capaz de você acabar se  irritado com algum cliente e tacar a bandeja nele.

—Maria! não me descobri mulher. É claro que eu gosto de organizar uma mesa e,pode ficar tranquila, eu não vou me irritar com ninguém, tá? eu até prometo a você Pedro, é você senhorita pode ficar com o outro estágio tá? Pois se você que é a nerd da família não sabe mexer em um computador muito menos eu.-digo a verdade pois a gente não tinha esse luxo de ter uma notebook em casa apesar de que hoje em dia todo mundo tem a disposição um.

 — Calma moças, não precisa se preocupar com nada vai ser como uma experiência boa para vocês, pois com isso podem até tirar alguns aprendizados disso.-eu não sabia que experiência se podia tirar de garçonete, além de sorrir e ser educada.

Já Maria pelo olhar de desejo de Pedro eu garanto que as experiências e aprendizagem dela, seriam bem diferentes das minhas.

Nega de sorte!

— Mas amor eu vou ser demitida  no primeiro dia, do jeito que não sei fazer nada, porque você sabe que nunca trabalhamos em hotéis ou em outros locais além de ajudarmos na fazenda.-diz Maria com um beicinho para Pedro.

Claro que com receio de aceitar trabalhar como sua assistente temporariamente, e fazendo um pouco de charme também.

— Você não vai ser demitida morena...E sabe por que? .-vejo Maria balançar a cabeça que não, é Pedro se inclina para mais perto dela quase a tocando com seus lábios nos dela.

Enquanto isso, nós meros expectadores do amor deles assistimos calados aquela tensão no ar entre o casal.

— Por que você é a mulher do chefe, e como minha mulher um dia aquilo tudo será seu também, então não se preocupe com isso, e além do mais sou eu que decido quem entra e quem sai do meu hotel.-Maria cora como sempre com as palavras de Pedro e esconde o rosto em seu pescoço.

— Espero ter esse mesmo privilégio que minha prima em Pedro.-tento descontrair um pouco enquanto Maria se recupera, só que diferente dela recebi uma resposta que eu não esperava.

— Desculpe, Belinha, aí já não posso prometer nada.-abro a boca chocada com sua resposta colocando dramaticamente a mão no coração.

— Como assim Pedro? Eu pensei que éramos amigos cara! Que decepção.-balanço a cabeça sem poder esconder o sorriso que me vem aos lábios.

Esquecendo um pouco Patrick sentado na minha frente calado além do comum.

— Estava brincado, pode fechar a boca agora belinha.-ele riu da nossa brincadeira e voltou para a nossa conversa anterior.

— Então vocês podem começar nessa semana ou na outra, mas acho melhor na outra já que vocês precisam de roupas novas.-Maria iria protestar mais Pedro a cala com um beijo além de demorado.

— Morena , eu sei que você não quer meu dinheiro e respeito isso, mas vocês também precisam de roupas novas, estou mentindo Patrick?.

— Meu irmão está certo meninas, aproveitem a boca livre que ele está oferecendo e comprem tudo o que vocês têm direito.-ele fala sem prestar muita atenção na conversa concentrada na xícara em sua frente.

Ana com sua falta de interesse foi logo saindo emburrada, estragando seu bom humor.

— Mais que tipo de roupa podemos comprar?.-perguntou a Pedro.

— Esse negócio de roupas deixarei a critério de Rosa para ajudar a vocês quanto a isso, vou falar com a mesma essa semana sobre quando ela pode auxiliar você amor e, belinha nas roupas e já começar a ensinar a morena o básico sobre como tudo funciona.

— Tá amor, vou tentar mas não garanto que eu vou conseguir ajudar você.

— Aposto que você vai se sair muito bem morena, mas agora tenho que ir você me acompanhar até a porta bebê?.-ela balança a cabeça que sim e sai de mãos dadas com ele.

Observo os dois saírem e termino meu café em silêncio, olho por canto de olho e vejo Gabriel entrando coçando os olhos parecendo que acabou de acordar já que ainda estava com o rosto amassado e marcado.

Deu um "bom dia" ainda bocejando que respondemos juntos, para logo em seguida eu sair deixado o tio e sobrinho na mesa para terminar suas refeições.

PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora