PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)

CAPÍTULO 24

PATRICK TOREES

NÃO REVISADO

Eu nunca quis cuidar de ninguém que não fosse da minha família, nunca tinha sonhado em ter filhos ou uma mulher para chamar de minha e agora aqui estou eu cuidando de uma garota com febre que me olha como se nenhum homem tivesse feio isso por ela, o que me deixa com um pé atrás sobre nosso envolvimento já que está bem explícito que ela era uma moça carente de atenção.

Mas o termômetro apitou indicando que eu deveria removê-lo do seu braço e, tenho que desviar os olhos dos seus para ver a sua temperatura e me espanto quando vejo que ela está com 39° de febre.

— Levante da cama você precisa de um banho frio.-ela me olha de cenho franzido se escondendo nas cobertas.

— Não vou tomar banho, estou com frio e mesmo assim eu já tomei um antes de descer para a cozinha.-fala em protesto não querendo levantar.

— Temos que abaixar essa febre ou você quer ir ao médico?.-ameaço fazendo com que a mesma bufe em um gesto fofo para mim.

— Você não pode me obrigar a tomar banho.-diz emburrada como uma criança que no fundo eu saiba que ela era.

— Não posso mais vou, vamos levante.-puxo as cobertas do seu corpo e me esforço ao máximo para não olhar para ela com um olhar de cobiça, já que eu estava ali com ela para ajudar e não para tirar proveito daquela  situação.

— Você é muito mandão, já lhe disseram isso?.-pergunta ainda sem querer levantar.

— Sim, já me disseram, agora levante logo pois vou trazer sua sopa que eu pedi para que Mariana fizesse, já que a senhorita não comeu nada hoje pelo que sei.-espero ela levantar ainda um pouco relutante entrar no banheiro ligar o chuveiro para assim eu sair e descer para buscar a sopa como havia dito.

Já na cozinha encontro Mariana colocando a canja de galinha em uma tigela.

— Como ela está? Hoje mais cedo quando conversamos ela parecia bem e agora isso?.-pergunta depositado o prato com a sopa deliciosa em uma bandeja.

— Não, ela não está bem, mesmo que ela fique dizendo que está ótima!.-digo irônico já que aparentemente ela não estava nada bem.

— Menina cabeça dura Patrick, ela passou a semana toda tossindo e eu fazendo remédio para ela, agora vejo que não deu muito certo.-diz colocando um copo de suco de laranja na bandeja antes de voltar toda a sua atenção para mim.

— Mais me diga uma coisa Patrick, você está fazendo isso por que?.-ela me perguntou séria como se eu não fizesse qualquer favor para alguém.

— Caridade? .-minto pois lá no fundo bem no fundo mesmo eu só queria cuidar dela.

— Isso não está me parecendo caridade, e como sua amiga viu lhe pedir uma coisa, não a magoe como você sempre faz com as outras tá? Ela é uma boa moça.-ela pede como se eu já tivesse magoado alguém.

Que dizer talvez, mais nenhuma saia comigo enganada que eu levaria rosas na manhã seguinte.

— Não sei do que você está falando Mariana, só estou cuidando da menina já que sua prima não está aqui para fazer isso.-digo outra mentira agora olhando em seus olhos amigáveis que eu tanto confiava.

— Você não me engana Patrick.-dou de ombros não falando mas nada e pego a tigela com o caldo e vou para o quarto de belinha, chegando lá ela já tinha tomado banho e estava em outro pijama fofo cor de rosa.

— Não quero comer nada.-já rejeita a comida logo de primeira quando me ver.

— Mariana fez com todo carinho você vai mesmo rejeitar? .-ela suspira e senta.

— Vou comer só porque foi dona Mariana que fez e não quero fazer desfeita com ela.-sento ao lado dela e lhe entrego a bandeja com o suco e a tigela.

Então quando ela se esforça para engolir sua comida, toco em sua testa e noto que ela já não está mais tão quente, o que era uma coisa boa é fico a observando saboreando sua comida devagar se esforçando para comer.

— Obrigada, estou satisfeita.-me entrega a bandeja com a sopa pela metade e seu suco só com alguns goles tomados.

— Só mais um pouquinho pequena, vamos.-ela tampa a boca e balança a cabeça que não.

— Tá não vou insistir.-ela deita e se cobri novamente parecendo sonolenta.

— Obrigada por cuidar de mim, te daria um beijo agora se não fosse deixar você também doente.-sorri toda encolhida nas suas cobertas.

— Não seja por isso, temos a outra semana toda para trocar salivas, agora durma um pouco e não se esqueça de sonhar  comigo.-me inclino e beijo sua bochecha que ainda estava um pouquinho quente.

— Tá bom seu mandão convencido.-ela suspira e fecha os olhos e em segundos sua respiração se torna calma me fazendo acreditar que ela tinha dormido. 

Seu cabelo tinha caído em seu rosto quando em seu sono ela se virou é sem me conter tirou o fio loiro e o coloco para trás da sua orelha assim dando para ver melhor seu rosto de anjo todo delicado.

— Ela dormiu?.-perguntou uma voz feminina da porta do quarto.

— Sim, Mariana.-levanto da cama dando mais uma olhada para ela antes de me colocar de pé.

— Vá meu menino, eu cuido dela agora.-eu estava meio relutante em deixá-la, mais ela estava em boas mãos.

— Obrigado.-saio do quarto ainda não querendo deixar ela, mais que era preciso, já que Isa não queria que ninguém soubesse da gente é Mariana pelo jeito tinha desconfiado dos meus cuidados com a mesma e para não deixar ainda mas óbvio resolvi sair.