CAPÍTULO 55

5.8K 591 35
                                    

BELINHA

NÃO REVISADO

A recepção de Patrick em minha casa não foi a das melhores, e vocês poderiam adivinhar o por que né? Mas meus pais aceitaram conversar com ele apesar de que no momento estávamos levando mais um sermão do que tivéssemos tendo uma conversa normal.

— O que houve com a camisinha minha gente? Eu sempre te ensinei a usar minha filha. É você senhor Patrick já tem idade suficiente pra saber que sexo sem preservativo acaba com uma moça grávida, seus pais não conversaram isso com você não? Por que eu conversei isso com a minha filha mas parece não ter servido de nada. Não é Isabel Cristina? .-eu queria enterrar meu rosto na almofada que estava em minhas pernas para me livrar dessa conversa.

Estávamos parecendo dois adolescentes levando o maior sermão por termos sido pegos transado, mas a gente não tinha passado dessa face não? O que a fez voltar para isso de novo?

— Sim senhora Dorinha meu pai teve essa conversa comigo há alguns anos atrás, mas saiba que não foi um esquecimento proposital, fui irresponsável eu sei disso mas estou disposto a me responsabilizar por Isa e nossa filha de agora em diante.-dona Dorinha levanta do sofá com as mãos na cintura e caminha em nossa frente.

Apesar de aparentar ser a mais calma dos meus pais ela não tinha nada de calma, tanto que era ela que estava nos dando sermão em vez do seu Felipe. 

— Não é mais do que sua obrigação senhor Patrick, minha filha não pode criar uma criança sozinha se não a fez sozinha, foi muita irresponsabilidade sua quando a deixou para ir sei lá pra onde e ainda a acusou de coisas que não se deve falar para uma moça de família, ainda mais a minha que ainda tem pai e mãe que a defenda.-olhei Patrick de canto de olho e o vi abaixar a cabeça com as coisas que minha mãe estava jogando na cara dele.

Papai ainda não tinha se manifestado, mas sua expressão já dizia tudo o que ele estava querendo fazer com Patrick e  pelo seu olhar de raiva não era só conversar. 

— Peço desculpas por tudo o que fiz ou falei, eu estou profundamente arrependido e lhe digo que daqui em diante farei o meu melhor para ser um bom pai para Valentina.-Patrick segura minha mão me fazendo desviar os olhos do meu pai pelo seu gesto.

— É quem nos garante que você não vai sumir de novo e deixar nossa filha com uma criança no colo?.-seu Felipe se manifesta pela primeira vez depois que entramos e sentamos para conversar.

— Para isso tem justiça né meu pai? Se ele tentar sair fora mais uma vez eu juro que dessa vez eu lhe taco na justiça para pagar pensão, não vou ser mais besta em relação a isso.-tento brincar em meio a tensão da sala mesmo que isso seja seja verdade.

— Não é tão fácil assim minha filha, ele é um homem rico, você acha que isso iria resolver alguma coisa? .-pergunta mamãe.

— Claro que sim.-digo olhando séria para ele antes de continuar.

— Eu estou disposta a dar mais uma chance para ele por causa da Valentina mamãe, é essa e a última que ele receberá, se ele sumir de novo ele nunca mais verá Valentina e muito menos eu.-dou de ombros como se esse pensamento não me machucasse tanto caso ele fizesse isso novamente.

— Isso não irá acontecer, pretendo casar com belinha antes que nossa filha nasça.-agora ele quer casar? Me desculpe Patrick, mas não vou facilitar para você.

— Não quero casar.-solto sua mão como se me queimasse.

— Como assim Isa? Você não quer casar comigo?-pergunta sem acreditar na minha recusa.

— Não quero, não é por que vou ter uma filha sua que vou casar com você Patrick, sou nova demais para me prender a um só homem, quero saber e conhecer outras pessoas sabe?.-o homem revoltou minha gente, levantou do sofá furioso pela minha pequena provocação.

— É por causa daquele merdinha né? Pensei que estávamos bem o que aconteceu.-pergunta ainda com sangue nos olhos.

— Não fale assim do Rafa, ele é um ótimo amigo é...-ele me interrompe.

— Está vendo, sempre o defende por isso que....-ele se cala mas não antes de suas palavras sair cheia de desdém e raiva e eu entender o que ele queria dizer. 

— Por isso o que? Que você pensou que a criança que eu estava esperando era dele? Que eu dormia com você e ele é sei lá mais quantos? Faça me favor Patrick você sabia muito bem que nunca tivemos nada, mesmo que por um momento eu até tenha considerado dormir com ele...talvez até teria sido melhor.-não sei porque mas eu queria machucar ele nem que fosse só com palavras.

— Não seja por isso ainda dá tempo de você fazer tudo o que quiser com ele, aposto que o fato de está grávida não vai o incomodar, já que ele parece sempre está correndo atrás do que não lhe pertence e nunca irá pertencer porque Isabel Cristina você é minha queira você ou não.-ele parecia calmo enquanto fala, não parecendo nem um pouco afetado com o que tinha lhe dito o que me deixou com mais ódio por ele está me nomeado dele como se eu fosse um objeto.

— Quem disse que ele não pode ter o que ele quer? Isso não é você que decide e pare de falar que sou SUA por que não sou Patrick, nunca fui e não serei agora.-meus pais tinham saído assim que eu tinha explodido deixando a gente só para brigamos como agora sempre estávamos fazendo.

— Você está certa, não sou eu que decido, mas não vá se arrepender depois quando ele largar sozinha para correr atrás de um rabo de saia qualquer.-meus olhos se encheram de lágrimas mas mesmo assim abri um sorriso falso. 

— Não foi exatamente o que você fez? Talvez ele tenha aprendido com você e consequentemente eu também.-o olhei séria tentando detectar qualquer emoção no seu rosto mas ele parecia desprovido delas no momento.

— Quem bom que fui um bom professor para você então, aposto que ele irá apreciar tudo o que lhe ensinei.-um rubor me atingiu com suas palavras mas não me deixei derrotar com o que ele disse e me mantive de queixo erguido.

— Não tão bom assim, mais obrigada pelos ensinamentos aposto que com ele vou aprender bem mais...-nem acabei de fechar a boca e Patrick estava cara a cara comigo, em seu rosto uma carranca.

— Não brinque comigo Isabel ou você irá se arrepender.-seus olhos brilhavam em advertência e raiva contida.

Mas em momento algum ele me tocou além da sua proximidade.

— Me arrepender? Do que? Não devo nada a você e que eu saiba também não temais nada então não venha querer me ameaçar seu idiota.-enpurrei seu peito mas ele não se moveu para muito longe de me.

— Não é uma ameaça, só estou avisando para não me provocar porra...-ele se afastou parecendo que tinha perdido o controle e quando ele virou as costas e saiu fiquei atordoada.

Mas não fui atrás dele, fiquei lá parada na sala com uma vontade de fazê-lo ficar e me explicar se aquilo não era uma ameaça então era o que?. 

PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora