CAPÍTULO 44

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BELINHA

NÃO REVISADO

Nessa de procurar uma roupa fiquei mais de meia hora procurando um vestido que não marcasse demais minha barriga e, achei um perdido no meio das outras roupas na cor preta de mangas com um decote em V bastante generoso para o meu gosto no momento.

Queria algo mais reservado mas com as roupas que eu tinha era difícil achar um vestido decente, só se eu fosse com um de Maria. 

— Não quero mais ir, parece que todas as minhas roupas agora não combinam mais comigo ou não servem.-digo sentando na cama olhando Maria já com o seu look todo montado em cima da minha cama.

— Mas também só tem roupa de piriguete minha prima, olha isso, você precisa de umas roupas mais frouxas.-mexe no meu closet tentando me ajudar a encontrar uma roupa que eu goste.

— Não dá para ir em uma boate com roupas folgadas Maria.-ela coloca a mão na cintura e me olha.

— E aquele seu vestido preto tomara que caia? Ele é perfeito.-me lembra de um vestido que só vesti algumas vezes mas não gostei tanto assim pois ele era um pouco abaixo das coxas.

Mas agora era perfeito para mim, já que não me sentia mais confortável em andar quase nua.

— Está aí dentro, mas acho que ele também não serve em mim, nada parece servir.-suspiro cansada de colocar e tirar roupa. 

— Tenha fé mulher que dessa vez vai dar certo.-ela procura para mim.

— Você diz isso porque sua barriga ainda continua toda chapada.-acaricio a minha ainda bem pequena. 

—Deixa disso, você também quase não tem barriga, o que é impressionante já que tem mulheres que fazem um barrigão enorme.-ela acha o vestido.

— Aqui está.-ela joga em minha direção mas não sou rápida o suficiente e o vestido acaba batendo em meu rosto.

— Não sabe entregar na mão não?-perguntei pegando o vestido no chão.

— Desculpe, pensei que você conseguiria pegar.-solta uma risadinha da minha falta de rapidez.

— Não se faz isso com uma pessoa grávida, eu podia jogar de volta nessa sua cara lisa.-enrolo o vestido na mão e aponto em sua direção.

— Desculpe, não joga, Belinha vai amassar.-ela se protege com as mãos em frente o rosto ainda rindo.

— Você tem sorte que eu estou com preguiça de passar o ferro de novo, se não você iria ver.-desenrolo o vestida da minha mão e coloco na frente do meu corpo antes de passá-lo por minha cabeça e descer por meu corpo.

— Ficou perfeito.-ela bate palmadinhas.

— Espero mesmo porque esse é o último que vou experimentar.-digo e caminho para frente do espelho me olhando e até que ficou legalzinho.

— É até que ficou bom.-dou uma rodadinha me olhando.

— Não ficou só bom, ficou simplesmente perfeito, você está ficando cada dia mais fofa.-ela me abraçou pelos ombros.

— Você que dizer gorda não?.

— Não linda, olha esses quadris e essa bunda se eu gostasse de mulher eu me casaria com você só por essa bunda.-ela aperta a mesma me fazendo olhar feio para ela pelo espelho.

— Não me culpe, não consegui resistir.-ela rir e sai do meu lado.

— E Pedro ele não quis vim com a gente? Que milagre! ele não deixa você ir sozinha para lugar nenhum e deixou você só comigo e Rafa em uma boate cheia de homens gatos? .-pergunto.

— Querer ir ele até queria, mas tinha um assunto para resolver e acabou que não pode ir com a gente, e essa parte que ele não me deixa sair só é mentira né belinha?.-diz colocando também sua roupa e dando uma desculpa para a super proteção do noivo.

— Não, não é Maria mais me diga, ele não disse nada sobre você ir com Rafael e comigo para uma boate qualquer.-pergunto de novo curiosa pela resposta mais Maria me olha e passa distraidamente a língua nos lábios vermelhos sangue.

— Ele sabe que só tenho olhos para ele e antes disso o deixei bem calminho.-sorri sapeca.

— A sua safada, acalmou a fera com uma surra de boceta? Ou um boquete bem feito? .-ela cora fazendo minhas palavras serem verdadeira diante da sua vergonha mais não revela qual dos dois.

— Quem nunca?.-diz ainda corada mais sem deixar de parecer uma mulher confiante.

— Eu nunca.-digo e dou de ombros.

— Nei com Patrick?...-a olho com dor por escutar aquele nome.

— O falecido? Nem lembro.-desvio os olhos dos seus e olho destrainda para os meus pés descalços. 

— Desculpe por ter tocado nesse assunto, sei que é doloroso para você.-ela vem até onde estou e me abraça.

— Sem problema nem lembro mais dele.-minto.

— E as mensagens? Ele ainda continua mandando?-pergunta ainda me mantendo nos seus braços finos.

— Por incrível que pareça sim, e sabe o que é mais incrível? .-pergunto me afastado dela para olhar em seu olhos.

— O que?.

— Que ele sempre descobre o número do meu celular, fico pensando se ele é algum tipo de rack ou tem alguém além de mim e você quer saber que ele é o pai da minha filha.-ela desvia os olhos dos meus parecendo culpada.

— Maria...-ela não me olha.

— Pedro sabe.-seu olho levanta cheios de culpa.

—Como assim ele sabe? Seu namorado descobriu por acaso? Ou você falou?.-pergunto não em um tom acusador pois eu não a culpava por ter dividido meu segredo com o namorado.

— Claro que não belinha, mas você acha que esconderia as escapadas de vocês até quando? Pedro cansou de pegar Patrick saindo do seu quarto de manhã, só não desconfiar quem era doido.-como aquele desgraçado não tinha me dito?.

— Por que você não me disse que ele sabia? .-perguntei com vergonha, o que Pedro poderia achar de me fazendo sua casa de motel?.

— Porque ele me prometeu manter segredo, mas você sabe que as crianças dessa família costumam nascer cágado e cuspido o pai né? Mesmo que Pedro nunca tivesse visto o irmão saindo do seu quarto era certeza ele saber de quem era a criança.

— Tenho fé em Deus que ela vai puxar nossa família.

— Ela pode até puxar, mas quando ela crescer e perguntar sobre o pai, o que você vai dizer? .-pergunta.

Eu já tinha pensado nisso, ou diria que não sabia quem era o seu pai ou diria que ele tinha morrido, pronto, fim da história.

— Direi que não sei quem é, que foi só um caso de uma noite e acabei engravidando dela.

— Não acho certo isso belinha, ela tem tio,primos e avós que ficaria muito feliz em saber da existência dela.

— Sim ela tem, que são meus pais e os seus e ainda tem você como prima.-ela balança a cabeça.

— Não é deles que estou falando belinha, e sim da dona Alice e seu Miguel.-ela pega minha mão.

— Patrick tirou esse direito deles quando disse que Valentina não era filha dele.

— E mais eles não tem culpa...-soltei suas mãos com raiva.

— Não quero saber, minha filha já tem avós e tios que a ama muito e não precisa de mais ninguém além de mim e da minha família.-ela abriu a boca para falar mas alguma coisa só que me avaliando soube que eu não queria falarmos sobre aquele assunto pois estava decidido.

— Vamos terminar de nos arrumar então.-foi silenciado aquele assunto por enquanto. 

Mas depois daquela conversa eu já não estava mais no clima de festa.

PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora