BELINHA
NÃO REVISADO
Um dia após minha discussão com Patrick ele voltou para São Paulo, pelo menos foi o que eu soube no dia seguinte quando a curiosidade me venceu e perguntei como quem não quer nada para minha mãe enquanto preparamos a janta.
— Você soube alguma notícia de Patrick mãe? -perguntei cortando algumas verduras para colocar na sopa que estávamos fazendo,tentando parecer distraída e não agoniada sem saber se Patrick estava bem pois ontem a noite choveu como nunca é isso me deixou aflita.
Pois do jeito que ele saiu bufando de raiva e em alta velocidade, nada de bom poderia acontecer com ele tão transtornado daquele jeito.
— Não minha filha, mais a conversa que ele voltou para São Paulo ontem, mas conversei com sua tia e ela me contou que ele não voltou desde ontem para a fazenda deles e, que ele só tinha aparecido por lá para deixar umas roupas e depois ele veio para cá.
Uma onda de preocupação e desespero me atingiu quando comecei a pensar em todos os cenários horríveis que poderiam acontecer com ele naquele estado de temperamento.
Meu rosto deve ter mostrado minha preocupação pois mamãe colocou a mão no meu ombro.
— Ei, minha filha não deve ter acontecido nada com ele, por que você não liga para Maria e tira essa dúvida se você não quer ligar para Patrick? Ela deve saber se ele voltou para São Paulo ou não.-mamãe sugere pegando a faca que eu estava usando.
— É acho que vou fazer isso, você termina sem me?.-pergunto apontando para os preparativos, mas mamãe só acena com a cabeça e eu saio quase correndo para o meu quarto a procura do meu celular, mas depois de caçar por alguns minutos o vejo sem bateria debaixo da minha cama.
Aí eu me pergunto como é que ele foi parar lá? Mas depois eu pensaria nisso, antes eu tinha que encontra um celular com carga, fui atrás do celular do meu pai o dele sempre estava carregado então não foi difícil o encontrar ao lado da cama com a bateria cheia, meus dedos foram eficientes para encontrar o número de Maria e no momento seguinte eu já estava com o celular no ouvido fazendo a ligação.
Mais para o meu desespero o celular chamou e chamou até que parecia que cairia na caixa postal mais pela força do divino espírito santo uma voz ofegante e arrastada atendeu.
Será que eu tinha ligado errado? Mais uma rápida checagem na tela do telefone constatei que era mesmo o número dela.
— Tio? .-era Maria óbvio, mas sua voz estava diferente como se ela...ah não merda.
Não queria nem pensar no que ela estava fazendo e que eu tinha acabado de atrapalhar.
— Não é a belinha.-falei um pouco envergonhada de está atrapalhando ela e Pedro no que seja lá o que eles estivessem fazendo.
— Ah oi...belinha.-sua voz era um gemido abafado e trêmulo como se ela estivesse tentando se conter.
Será o Benedito mesmo? Não foi nem um dia que eu peguei meus pais na maior pegação agora Maria, isso estava se tornando costume eu acabar atrapalhando as coisas dos outros.
— Desculpe se eu estiver atrapalhando você e Pedro parecia que vocês estava acupados com algo.-ouvi alguém bufa e me chamar de "empata foda" no fundo e eu quase rir da indignação que eu pude perceber na faz do fundo.
Eu também estaria indignado se eu também fosse atrapalhada em um momento desse, mas eu estava realmente querendo saber como Patrick estava.
— Não...claro que não pode falar aconteceu algo? Você está bem? E mamãe, e papai e os seus pais também? .-suas voz tinha quase voltado ao normal tirando as falhas nela.
— Não é nada demais, só queria saber se...Patrick apareceu por aí hoje, mas estamos todos bem.-ouvi seu suspira de alívio e outro barulho no fundo que eu não consegui identificar.
— Ah Patrick, ele apareceu sim por aqui, esteve sumido o dia todo, mas ontem de madrugada ele apareceu, estava calado, não quis falar com ninguém e cheirava a bebida, não sei nem como ele conseguiu chegar até em casa.-diz Maria parecendo tentar afastar alguém enquanto esse alguém sussurrava para ela desligar o celular.
— Ah que bom que ele está bem, obrigada estava um pouco preocupada...Mais em fim quando eu chegar aí amanhã conversamos melhor agora vou deixar vocês com os seus exercícios.‐brinquei tentando descontrair já que eu estava sendo uma empata foda como Pedro havia dito.
— Claro conversamos depois.. mas eu e Pedro não estávamos fazendo nada demais.- ouvi uma pausa e eu poderia jurar que Maria estava vermelha só de saber que eu tinha estado o tempo todo ciente das atividades deles.
— Humm sei.-soltei um risinho e desliguei depois de escutar Pedro pedir para ela voltar pra cama.
E eu não sei por que mais uma tristeza me invadiu, fazia meses que eu não era tocada por alguém ou sentir mãos fortes pelo meu corpo e eu não queria qualquer mãos ou corpo, eu queria Patrick, mesmo tendo jogado na cara dele que queria outros, claro que era mentira nunca desejei mais ninguém além dele.
Só que me deu a louca ontem me fazendo falar coisas que não era verdade é que nunca seria, o peste tinha me estragado para todos os homens e nem sabia disso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)
RomanceIsabel Cristina ou melhor belinha como é conhecida por seus amigos e familiares, e uma garota extrovertida alegre e muito divertida que saiu da pequena cidade de onde morava com seus pais é veio com a prima para a grande cidade de São Paulo com o so...