BELINHA
NÃO REVISADO
Depois da confusão, Maria queria ir embora a todo custo mas a convenci a ficar mais um pouco e assim voltamos para a pista de dança, a boate estava ficando cada vez mais lotada onde estávamos dançando e vi de longe Pedro junto de outro homem que não conheci entrando e parecia nós caçar com os olhos, cutuquei Maria e apontei o mesmo para ela.
A mesma me deixou sozinha e foi logo correndo ou quase isso até o namorado, já eu continuei dançando até que eu senti dedos fortes em meus antebraço e um corpo quente e forte nas minhas costas.
Meu corpo ficou em alerta na hora pensando que fosse algum engraçadinho querendo tirar uma casquinha. Por isso tentei puxar o braço do aperto mais a voz que murmurou no meu ouvido me fez relaxar.
— Sou eu, dance comigo loirinha.-relaxei totalmente nos braços de Rafael suspirando em contentamento por ser ele.
Assim dançamos em uma distância razoavelmente adequada, mas apesar disso eu ainda podia sentir suas "coisas" nas minhas costas.
— Animado Rafa? .-perguntei roçando levemente a bunda em sua ereção não por maldade mas só confirmando para ver o que estava me cutucando ali.
— Não tem como não ficar com você dançando tão perto do meu corpo.-viro de frente para ele e colocou os braços em seu pescoço assim também como minha cabeça em seu peito, já que agora a música tinha mudado para uma mais lenta.
— É a transa de hoje a noite, você já está de olho em alguém? .-pergunto me sentindo já cansada e com as pernas doendo de tanto dançar.
— Não, hoje vou para casa sozinho a não ser que você resolva vir comigo.-ele não desistia.
— Deus que me livre, você não sabe dormir com ninguém não homem.-até estremeço só de pensar na noite mal dormida da última vez que dormi na mesma cama que ele.
— E mais dessa vez não iríamos dormir.-sussurra no meu ouvido antes de dar uma mordidinha de forma provocativa no lombo da minha orelha.
— É, um de nós com certeza iria ficar a noite inteira acordado.-bato no seu peito e dou um passo para trás quando a música acaba.
Nem me afasto dele direito e sinto ser pega em outros braços, só que mais musculosos e um corpo que fez com que o meu ficasse em alerta imediatamente.
— Minha vez.-aquela voz rouca e baixa sussurrada em meus cabelos eu conhecia de cor.
É não sei dizer, mas um misto de raiva,tristeza e rancor além de uma saudade sem fundamento me atingiu com tanta força que não consegui sair de onde me encontrava.
Até tentei sair do aperto dos seus braços de imediato mas isso só aconteceu na minha mente pois meu corpo não obedecia minhas ordens para correr longe daquele ser.
— Isabel. Minha menina.-minhas pernas estavam moles meu corpo todo estava na verdade, meu coração descompassado e minha mente trabalhava a mil, a raiva, e suas palavras duras me voltando a memória em um turbilhão de pensamentos junto com sentimentos de ódio me fizeram retomar minha consciência de onde eu me encontrava.
— Não sou a menina de ninguém, e muito menos a de um homem falecido.-meu corpo reagir se encolhendo quando suas mãos grandes cobriram meu ventre não parecendo afetado pelo que eu disse.
As minhas mãos de imediato vão também para lá, mais para tirar as suas da minha barriga e quando as tirei caminhei para frente ainda trêmula e meio cega e acabo esbarrando em Rafa que estava ainda no mesmo lugar parecendo meio confuso com tudo.
— Você está bem belinha? .-não dava para ver muita coisa por causa dos jogos de luzes da boate, mas acho que estava tremendo quando Rafa me abraçou.
— Estou sim...você pode por favor me levar para casa agora? quero ir embora.-peço baixo sem olhar uma segunda vez por cima dos ombros e ver Patrick ali atrás de mim.
— Não precisa Isa, eu levo você, vamos.-Patrick fala como se eu fosse com ele para casa e, só o som da sua voz me faz me encolher ainda mais no peito de Rafa.
— Valeu aí senhor Patrick mas ela tá comigo e eu a levarei.-Rafa aperta seus braços ainda mais em minha volta fazendo com que eu me sinta forte o suficiente para olhar para Patrick por cima dos ombros.
— Pequena? Venha comigo por favor.-ele estende uma das mãos para me tocar, mas o irmão vendo que podia acontecer merda se ele insistisse demais chegou perto dele e falou alguma coisa em seu ouvido que o fez se afastar e me lançar um olhar de cão arrependido, que não me comoveu nem um pouco só me fez querer sumir do mapa para ele não me achar nunca mais.
— Você está bem belinha? Parece trêmula.-Maria vem para o meu lado tocando em meus braços com carinho.
— Só preciso de um tempo, posso dormir na sua casa hoje, Rafa? .-as perguntas e respostas eram gritadas ou faladas no ouvido um do outro pois a música ainda continuava bastante alta,mas eu estava praticamente agindo no piloto automático sem acreditar no que eu tinha visto.
— Com certeza vamos.-nos despedimos de Maria que me olhava preocupada e de Pedro que parecia sério demais e saímos para noite fria diferente do calor dos corpos na boate.
— Ele é o tal homem misterioso que engravidou você?.-perguntou quando entramos em seu carro tinha até esquecido que ele tinha consumido álcool quando concordei ir com ele para sua casa.
Mas concordei com a cabeça sem olhar para ele.
— Merda belinha, porque você escondeu isso de todos? .-não respondi.
Por que eu não queria conversar com ninguém sobre ele, eu só queria um cantinho para deitar e ficar longe do suposto falecido até colocar minhas emoções em ordem e me recuperar do baque que foi ver ele novamente.
— Belinha?.-dessa vez o olho pedindo, suplicando com um olhar que ele não insista nisso.
— Desculpe, pareço um insensível tentando tirar respostas suas. Você estando nesse estado.-ele tira uma das mãos do volante e aperta uma das minhas que estão no meu colo.
— Você pode me falar quando se sentir à vontade ou simplesmente não diga nada, mas mesmo assim hoje e quando você precisar cuidarei de vocês duas.-sorrio triste para ele e aperto sua mão de volta.
Porque eu não tinha me apaixonado por ele? Seria tão mais fácil.
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PATRICK: DUOLOGIA IRMÃOS TORRES-(LIVRO 2)
RomanceIsabel Cristina ou melhor belinha como é conhecida por seus amigos e familiares, e uma garota extrovertida alegre e muito divertida que saiu da pequena cidade de onde morava com seus pais é veio com a prima para a grande cidade de São Paulo com o so...